Scielo RSS <![CDATA[Epidemiologia e Serviços de Saúde]]> http://scielo.iec.gov.br/rss.php?pid=1679-497420050004&lang=en vol. 14 num. 4 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://scielo.iec.gov.br/img/en/fbpelogp.gif http://scielo.iec.gov.br <![CDATA[<b>Avaliação das ações descentralizadas em saúde</b>]]> http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742005000400001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b><b>Reducible gaps in mortality in State Capitals, Brazil (1980 - 1998)</b></b>]]> http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742005000400002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Foi realizado um estudo descritivo de agregados espaço-temporais abordando causas selecionadas de mortalidade evitável, no período compreendido entre 1980 e 1998. O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) foram as fontes de dados utilizadas. Para a análise desses dados, foram calculados os coeficientes de mortalidade padronizados para tuberculose e doença cerebrovascular, além dos coeficientes de mortalidade infantil por diarréia e infecção respiratória aguda. A estratificação das capitais segundo condições de vida foi feita mediante técnica estatística da análise de componentes principais. Para cada uma das capitais, foram calculadas as brechas redutíveis de mortalidade (BRM) em relação ao estrato (BRE) e ao País (BRP), o percentual da redução anual e a razão de desigualdade entre as capitais. Verificou-se tendência majoritária de decréscimo dos indicadores na maioria das capitais brasileiras, tanto da mortalidade infantil por diarréia (entre -77,4% e -5,3%) como pelas infecções respiratórias agudas (entre -69,9% e -7,1%). A redução do valor médio das BRE para ambas as causas, em todo o período estudado, revela possível efeito dos programas específicos voltados para o controle desses agravos. Já em relação à mortalidade por tuberculose e doença cerebrovascular, embora houvesse ocorrido redução das médias qüinqüenais dos coeficientes de mortalidade na maioria das capitais, verificou-se aumento em diversas delas, o que indica problemas nas estratégias de controle. Por sua vez, o registro de valores elevados das BRP, ao lado das razões de desigualdade - que variaram entre 0,4 e 11,0 -, revela a persistência de desigualdades regionais e sociais.<hr/>A descriptive ecological study was carried out on avoidable deaths in Brazilian urban settings from 1980 to 1998. The Mortality Information System (SIM), the Brazilian Institute of Geography and Statistics Foundation (IBGE) and the United Nations Development Programme (UNDP) were utilized as data sources. Standardized mortality rates were estimated for tuberculosis and cerebrovascular disease. Infant mortality rates for diarrhea and acute respiratory infection were also calculated. Stratification by city was done through principal component analysis. For each capital, the following were calculated: reducible mortality gaps (BRM), in relation to stratum (BRE), annual rate of reduction, and ratio of inequality between capitals. Decreases in infant mortality rates for diarrhea (between -77.4% and -5.3%) and acute respiratory infection (between -69.9% and -7.1%) were observed in most of the cities studied. There were also decreases in the attributable risk (BRE) related to both diseases during the study period. Those trends are compatible with the success of the programs directed to control both health problems. With respect to tuberculosis and cerebrovascular mortality, despite a decline in the majority of the cities studied, there was an upward trend in several cities for at least one disease, indicating problems with control measures. The elevated relative risks (BRP) found and the inequality ratios, which varied from 0.4 to 11.0, refiect the persistence of social health inequalities in Brazil. <![CDATA[<b>The family health care program</b>: <b>the experience of implantation in two municipalities in Bahia State, Brazil</b>]]> http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742005000400003&lng=en&nrm=iso&tlng=en O Programa Saúde da Família (PSF) tem sido divulgado pelo Ministério da Saúde como principal estratégia de reorganização do modelo de atenção à saúde no País. Identificam-se, não obstante, as mais diversas configurações que podem estar condicionadas, entre outros fatores, pelas características de gestão e organização dos sistemas locais. O presente estudo analisa a experiência de implantação do PSF em dois Municípios baianos. Utilizaram-se a organização-gestão, o perfil de práticas e a cobertura como descritores para discutir três possibilidades de cenários de configuração: incipiente; intermediário; e avançado. A dificuldade de articulação entre os diversos níveis do sistema, o financiamento e a precariedade das condições de vida aparecem como obstáculos ao seu desenvolvimento. A priorização do Programa pela gestão municipal e o comprometimento das equipes, associados ao modelo de gestão participativa, são fatores que influenciam, de forma positiva, na construção da proposta.<hr/>The Family Health Care Program (PSF) has been advertised as the main strategy for reorganizing Brazil´s new National model for health care. However, due to the actual administration and local organizational systems, very unique experiences of PSF implantation are observed. From this perspective, the current article analyzes the PSF experience by observing two municipalities in Bahia State, Brazil. Descriptions of the organization and administration of the Program, practices profile and coverage served to discuss three different possible scenarios on the format of the PSF model: incipient; intermediate; and advanced. The difficulty articulating between different levels of the system, the financing and the precarious living conditions appear as obstacles to the Program’s development. On the other hand, characteristics such as the municipal management´s capacity to prioritize the Program attitude and the commitment of the groups associated with a new model of participatory administration are factors that have a positive influence on the building of this proposal. <![CDATA[<b><b>The first drug injection and hepatitis C</b></b>: <b><b>preliminary findings</b></b>]]> http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742005000400004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Investigou-se o contexto da primeira injeção de drogas e sua possível associação com a infecção pelo vírus da hepatite C (HCV). Usuários de drogas injetáveis (UDI) - N=606 - foram recrutados em "cenas de uso" no Rio de Janeiro, Brasil. Os voluntários foram entrevistados e testados para a presença de anti-HCV. A utilização anterior, não injetável, da mesma droga injetada (basicamente cocaína) foi relatada por 92,0% dos UDI (último mês), administrada semanal/diariamente (86,2%). O primeiro injetador foi um amigo próximo (51,7%), utilizando uma seringa/agulha usada (51,5%), e as drogas foram obtidas como "presente" em 40,0% dos casos. Cerca de 68,0% dos UDI introduziram novos usuários: 88,1% iniciaram um a cinco outros indivíduos. A prevalência de anti-HCV foi menor entre injetadores que iniciaram o uso de drogas após 1980. Visando controlar a infecção pelo HCV nessa população, as estratégias voltadas à prevenção/redução de danos deveriam considerar distintos cenários e gerações de usuários, desde a primeira injeção.<hr/>The study investigated the context of first drug injection, and its possible relationship with Hepatitis C Virus (HCV) infection. Injection drug users (IDUs) - N=606 - were recruited in "drug scenes" in Rio de Janeiro, Brazil. After signing informed consent, individuals were interviewed and tested for HCV infection. Previous non-injectable use of the same drug (basically cocaine) was reported by 92.0% of IDUs, who currently inject it on a weekly/daily basis (86.2%). In 51.7% of subjects, the first injector was a friend, and use of a dirty syringe/needle was reported by 51.5%. Drug was obtained as a "gift" in 40.0% of cases. More experienced IDUs (68.0%) introduced others to injections: 88.1% reported initiation of from 1 to 5 persons. HCV infection was significantly less prevalent among subjects who started injecting after 1980. To effectively curb HCV spread in this population, prevention strategies need to be tailored to distinct scenarios, including social networks and generations of IDUs beginning with the very first injection