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Revista Pan-Amazônica de Saúde
Print version ISSN 2176-6215On-line version ISSN 2176-6223
Rev Pan-Amaz Saude vol.2 no.2 Ananindeua June 2011
http://dx.doi.org/10.5123/S2176-62232011000200007
ARTIGO ORIGINAL | ORIGINAL ARTICLE | ARTÍCULO ORIGINAL
Fatores que influenciam a realização do exame preventivo do câncer cérvico-uterino em Porto Velho, Estado de Rondônia, Brasil*
Factors influencing the implementation of cervical cancer screening in Porto Velho, Rondônia State, Brazil
Factores que influyen en la realización del examen preventivo de cáncer cervicouterino en Porto Velho, Estado de Rondônia, Brasil
Lorena Tourinho de Lucena; Diógenes Guimarães Zãn; Pedro di Tárique Barreto Crispim; José Odair Ferrari
Departamento de Medicina, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, Rondônia, Brasil
Endereço para correspondência
Correspondence
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RESUMO
O câncer do colo uterino é um importante problema de saúde pública no Brasil e sua identificação precoce aumenta consideravelmente a probabilidade de cura. O principal instrumento utilizado na detecção precoce deste câncer é o exame Papanicolau. O objetivo deste estudo foi analisar fatores biopsicossociais que interferem na realização do exame preventivo do câncer do colo do útero entre mulheres do Município de Porto Velho, Estado de Rondônia, com ênfase na prática religiosa. Aplicou-se questionário individual mediante visita domiciliar e realizaram-se entrevistas semiestruturadas em igrejas locais onde são realizados exames preventivos mensalmente. A amostra foi de 227 mulheres, dentre as quais 82,8% declararam já ter realizado alguma vez o exame. A etnia, o estado civil, o grau de instrução, a profissão e a religião não foram detectados como significativos para a não realização do exame preventivo. Há preferência entre as participantes pela realização do exame preventivo nas igrejas, pois estas oferecem um espaço físico e social de acolhimento. Políticas intersetoriais neste sentido podem ser desenvolvidas para aumentar as taxas de cobertura do exame.
Palavras-chave: Câncer do Colo do Útero; Exame Papanicolau; Saúde da Mulher; Fatores de risco.
ABSTRACT
Cervical cancer is a major public health problem in Brazil, and its early detection greatly increases the likelihood of cure. The main tool for the early detection of cervical cancer is the Papanicolaou smear (Pap smear). The aim of the present study was to analyze the biopsychosocial factors that affect the performance of cervical cancer screening tests among women in the municipality of Porto Velho, Rondônia State, Brazil, with an emphasis on religious practices. An individual questionnaire was applied during home visits, and semi-structured interviews were conducted in local churches where preventive screening is performed monthly. The sample consisted of 227 women of whom 82.8% had previously undergone the test. Ethnicity, marital status, schooling, occupation and religion were not considered significant factors for the execution of preventive screening in the women. There was a preference among the participants towards performing the screening tests at the churches because they offer a physically and socially welcoming space. Therefore, intersectoral policies can be developed to increase the test's coverage rates.
Keywords: Cervical Cancer; Pap Test; Women's Health; Risk Factors.
RESUMEN
El cáncer de cuello de útero es un importante problema de salud pública en Brasil y su identificación precoz aumenta considerablemente la probabilidad de cura. El principal instrumento utilizado en la detección precoz de este tipo de cáncer es la prueba de Papanicolau. El objetivo de este estudio fue el de analizar factores biopsicosociales que interfieren en la realización del examen preventivo de cáncer de cuello de útero entre mujeres del Municipio de Porto Velho (RO), con énfasis en la práctica religiosa. Se aplicó un cuestionario individual mediante visita domiciliar y se realizaron entrevistas semiestructuradas en iglesias locales en donde se realizan mensualmente exámenes preventivos. La muestra fue de 227 mujeres, entre las cuales un 82,8% declaró haber realizado alguna vez el examen. La etnia, el estado civil, el grado de instrucción, la profesión y la religión no se detectaron como significativos para la no realización del examen preventivo. Existe preferencia entre las participantes por la realización del examen preventivo en las iglesias, pues estas ofrecen un espacio físico y social para acoger a las pacientes. Pueden ser desarrolladas políticas intersectoriales en este sentido para aumentar las tasas de cobertura del examen.
Palabras clave: Cáncer de Cuello de Útero; Prueba de Papanicolau; Salud de la Mujer; Factores de riesgo.
INTRODUÇÃO
O câncer cérvico-uterino é um importante problema de saúde pública no Brasil e em outros países em desenvolvimento1. É o terceiro tipo de câncer mais prevalente no mundo e estima-se o diagnóstico de 471 mil novos casos anuais, dos quais 80% ocorrem em países em desenvolvimento2.
No Brasil, o câncer cérvico-uterino tem incidência anual de 18 casos para cada 100 mil mulheres. Excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer cérvico-uterino é o mais incidente na Região Norte, o segundo mais incidente nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste e corresponde ao terceiro câncer com maior incidência nas Regiões Sul e Sudeste3.
A história natural do câncer do colo do útero demonstra que esta patologia tem um longo período de instalação, desde a doença pré-invasiva até a metastatização e o papel do Papilomavírus humano (HPV) na etiologia da doença é de fundamental importância4,5,6. A associação entre o HPV e o desenvolvimento da neoplasia está presente em praticamente todos os casos de câncer cervical do mundo7,8.
O estudo e conhecimento aprofundado dos fatores de risco ligados ao câncer do colo do útero permitiram o desenvolvimento de estratégias de prevenção primária e secundária, visando à proteção da população suscetível ao desenvolvimento desta patologia4,5,6. Entre os diversos fatores de risco já identificados citam-se o tabagismo9, o déficit vitamínico e fatores ligados ao relacionamento sexual, como sexarquia precoce, multiplicidade de parceiros, multiparidade e a infecção por agentes transmitidos por via sexual como, por exemplo, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e Chamydiatrachomatis3.
O desenvolvimento do exame preventivo do câncer do colo do útero por Papanicolaou & Traut tornou-se um marco importante no rastreamento e detecção precoce do câncer do colo uterino. Este exame, simples, não invasivo e de baixo custo, permite a detecção de células neoplásicas presentes no esfregaço vaginal6. É um método bastante efetivo, eficiente e de baixo custo utilizado em programas de rastreamento10, sendo a principal ferramenta para o rastreamento da doença na população de vários países do mundo6.
O objetivo de um programa de rastreamento é identificar a doença em uma fase pré-clínica, na qual um tratamento possa ser estabelecido com o objetivo de cura ou diminuição da morbidade. A primeira referência histórica a um programa de rastreamento para o câncer do colo do útero data de 1937, em Nova Iorque (EUA). Hoje, após mais de 70 anos, o rastreamento deste câncer é considerado modelar, por ter reduzido significativamente a mortalidade por essa doença nos países onde foi implantado11.
Em 1988, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), definiu que, no Brasil, o exame preventivo deveria ser realizado em mulheres de 25 a 59 anos de idade ou que já tivessem iniciado atividade sexual mesmo antes desta faixa etária. Recomenda-se sua realização uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos12.
Recentes estudos sobre a acurácia do exame preventivo do câncer do colo do útero nos países em desenvolvimento estimam que sua sensibilidade varie de 44% a 78% e sua especificidade, de 91% a 99%13. Estima-se que o rastreamento de mulheres por meio do exame preventivo reduz aproximadamente 80% da mortalidade pelo câncer3. Para tanto, é necessário garantir o acesso das mulheres a este exame.
Elevadas taxas de incidência e mortalidade do câncer cérvico-uterino14 propiciaram a elaboração e execução de programas em âmbito nacional com vistas ao controle dessa doença no Brasil, entre eles o Programa Saúde da Mulher, em 198415, e o projeto Viva Mulher, em 199712. A despeito da ampla divulgação destes programas e da ampliação da cobertura do exame preventivo do câncer do colo do útero, sua realização ainda não é uma prática rotineira entre as mulheres no país16. Esse quadro ressalta os dados do MS que estimam que 40% das mulheres brasileiras nunca fizeram o exame preventivo17.
A literatura demonstra que fatores como idade avançada, baixo nível sócioeconômico, pertencer à raça negra ou parda e ser solteira, identificam grupos associados à não realização do exame preventivo do câncer do colo uterino6,18,19.
Um estudo realizado em Campinas, Estado de São Paulo, do tipo transversal, de base populacional, detectou que a não realização do exame preventivo do câncer do colo uterino está associada à idade, etnia, grau de instrução e renda18. Outro estudo realizado em Propriá, Estado de Sergipe, detectou relação entre o grau de instrução, renda e tipo de profissão com a realização do exame preventivo, mas não os caracterizou como fatores de risco para o câncer do colo do útero, já que, nesse estudo, a diferença entre casos e controles não foi significativa20.
As principais causas de resistência para realização do exame preventivo estão ligadas a questões culturais como o receio da dor, vergonha, desconhecimento do procedimento, local de realização e a não permissão do parceiro para que a mulher realize o exame21.
No tocante à relação entre a religião e a realização de medidas preventivas, vários estudos apontam que mulheres que frequentam instituições religiosas estão mais propensas a se submeterem a ações de medidas preventivas, como o exame preventivo do câncer do colo do útero22,23,24,25. Esta relação é de especial importância para o campo da saúde pública, pois fornece informações sobre os fatores que influenciam a utilização de serviços preventivos.
O presente artigo tem o objetivo de analisar os fatores que interferem na realização do exame preventivo do câncer do colo do útero entre mulheres cadastradas em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Porto Velho, Rondónia, com ênfase na relação entre a prática religiosa e a realização do exame preventivo.
METODOLOGIA
A presente pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia no dia 08 de junho de 2009 (FR: 265502 e CAAE: 0041.0.047.000-09) e foi realizada em duas Unidades Básicas de Saúde da Região Amazônica, a UBS Pedacinho de Chão e a UBS Aponiã, ambas localizadas no Município de Porto Velho, Estado de Rondônia.
A população-alvo foi composta por mulheres cadastradas nas UBS com residência nas respectivas áreas adstritas. Em companhia dos agentes comunitários de saúde (ACS) as usuárias foram contatadas em suas residências e lhes foi proposta a participação na pesquisa. Aquelas com idade superior a 18 anos e que concordaram em participar da pesquisa, mediante a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foram selecionadas. Trata-se, portanto, de um inquérito de base populacional que utiliza uma amostra aleatória.
Para o levantamento e registro dos dados, foi utilizado um questionário estruturado com informações socioeconômicas, frequência de realização do exame preventivo e sobre o conhecimento do procedimento. Na abordagem, indagou-se da entrevistada se esta já havia realizado alguma vez o exame preventivo do câncer do colo do útero, se é adepta ou não de alguma religião, sua etnia, estado civil, grau de instrução e sua profissão. O questionário foi aplicado por estudantes do curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), previamente selecionados e treinados.
Foram ainda acompanhadas atividades promovidas pelas equipes das UBS, realizadas em igrejas locais que com elas promovem parcerias, a fim de observar as práticas intersetoriais desenvolvidas para promoção do programa de rastreamento do câncer do colo do útero. Durante a realização do exame preventivo nas dependências das igrejas, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as mulheres presentes.
A amostra foi de 227 mulheres, as quais responderam ao questionário em visitas domiciliares realizadas pelos acadêmicos, junto aos ACS, no período de março de 2009 a dezembro de 2010.
Os dados obtidos foram digitalizados em planilhas do software de informática SPSS (Statistical Package for Social Sciences), versão 16.0, no qual foram processados e analisados pelo teste Qui-quadrado com correção de Yates.
RESULTADOS
Da amostra total analisada (n = 227), 82,8% das mulheres declararam já ter realizado alguma vez o exame de prevenção do câncer do colo uterino. Das mulheres entrevistadas, 56,4% declararam-se praticantes de alguma religião, enquanto 43,6% declararam não participar de nenhuma instituição religiosa (χ2 = 0,2582; valor-p = 0,630). Em relação à etnia, 18,9% das mulheres entrevistadas declararam-se brancas; 48%, pardas; 10,1%, indígenas; 9,6%, amarelas; e 13,2%, negras (χ2 = 0,955; valor-p = 0,917) (Tabela 1).
Sobre o estado civil, 32,1% das mulheres declararam-se solteiras; 34,4%, em união estável; 19,3%, casadas; 3,9%, viúvas; e 10,1%, separadas (χ2 = 0,861; valor-p = 0,930). Em relação ao grau de instrução, 22% das mulheres entrevistadas declararam-se analfabetas; 18,4%, com o ensino fundamental incompleto; 11,9%, com o ensino fundamental completo; 13,2%, com o ensino médio incompleto; 27,2%, com o ensino médio completo; 4,4%, com o ensino superior incompleto; e 2,5%, com o ensino superior completo (χ2 = 9,808; valor-p = 0,133).
Quanto à profissão, 39,7% declararam trabalhar no lar; 19,8%, serem estudantes; 7,8%, empregadas domésticas; 15,4%, ter trabalho formal e 17,1%, trabalho informal (χ2 = 4,408; valor-p = 0,354). Na categoria empregadas domésticas foram incluídas mulheres que trabalham em casas de família e não foi questionado se esta possui carteira assinada ou não.
A análise estatística por meio do teste Qui-quadrado com correção de Yates demonstrou que não há uma associação significativa entre os fatores socioeconômicos e culturais analisados e a realização do exame preventivo do câncer do colo do útero.
DISCUSSÃO
A presente pesquisa verificou que 82,8% das mulheres residentes nas duas localidades pesquisadas em Porto Velho realizaram o exame preventivo do câncer do colo do útero em alguma época de suas vidas.
Verificou-se que a etnia não configura um fator para a não realização do exame preventivo, diferentemente de outras pesquisas, que concluíram que mulheres que se declararam negras ou pardas apresentam maior prevalência de não realização deste exame19,18,10.
O estado civil também não configura um fator para a não realização do exame preventivo, ao contrário do que concluiu uma pesquisa realizada no Município de Rio Grande, no sul do Brasil, que detectou que mulheres sem companheiro fixo apresentam maiores prevalências em relação à não realização do exame preventivo do câncer do colo do útero19.
O grau de instrução das mulheres entrevistadas não interfere na realização do exame preventivo do câncer do colo do útero em Porto Velho, Estado de Rondônia. Dados da literatura relatam que a realização do exame está positivamente relacionada ao maior nível de instrução18.
Relatos da literatura indicam que, quanto menor é o nível socioeconômico da população, maior a diminuição na cobertura do exame preventivo do câncer do colo do útero, isto é, há aumento significativo na prevalência de mulheres que não realizam o rastreamento19,6,18. Além disso, a baixa escolaridade se relaciona diretamente com atividades profissionais menos qualificadas. Estas constatações demonstram a necessidade de ação dos serviços públicos de saúde no sentido de intervir com mais efetividade nos segmentos da população mais vulneráveis ao desenvolvimento do câncer do colo uterino, visando assegurar a cobertura dessa população pelo exame preventivo18.
Em relação à prática religiosa, o presente estudo detectou que esse fator não interfere na realização do exame preventivo do câncer do colo do útero, demonstrando que, ao contrário de outros, o fator religião não configura um empecilho na realização do exame.
Dados da literatura nacional e internacional não são expressivos acerca da relação entre o fator religião e a realização do exame preventivo do câncer cérvico-uterino. Dentre os estudos que investigaram essa relação, verificou-se associação positiva entre praticar alguma religião e realizar medidas preventivas22,23,24,25, fato também observado na presente pesquisa.
Entre os fatores pelos quais a religião pode influenciar em práticas de saúde estão incluídos o incentivo aos hábitos de vida saudáveis, apoio social e psicológico, reforço da autoestima e o fornecimento de uma estrutura para suportar os eventos da vida. Além disso, algumas instituições religiosas oferecem atividades ou informações relacionadas à saúde que podem levar, direta ou indiretamente, a uma maior utilização dos serviços de saúde pelos membros expostos a estes recursos26.
As UBS participantes deste estudo promovem atividades de saúde nas dependências de igrejas locais a fim de realizar o programa de rastreamento para o câncer do colo do útero. Tal atividade é realizada mensalmente, com a coleta de material vaginal e com palestras educativas, com grande aceitação por parte das usuárias.
De acordo com as próprias participantes, a igreja apresenta um ambiente agradável, onde elas se sentem mais à vontade para a realização da coleta. Além do que são realizadas palestras e debates com o objetivo de instruir a população presente.
Dessa forma, observa-se que a participação da mulher em uma instituição religiosa cria condições favoráveis à realização do exame preventivo, pois elas encontram um espaço físico e social de acolhimento, o que contribui para a melhora da cobertura de programas de rastreamento nacionais.
CONCLUSÃO
A atenção integral à saúde da mulher abrange aspectos da biologia e anatomia do corpo feminino e envolve, além disso, questões relacionadas aos direitos humanos e cidadania. Neste contexto, devem ser respeitados seu contexto de vida, sua singularidade e sua capacidade de escolha.
De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, os serviços de saúde devem oferecer assistência clínico-ginecológica, controle de doenças sexualmente transmissíveis e do câncer do colo uterino e assistência para concepção e contracepção. A oferta de tais serviços está diretamente ligada ao controle de diversos fatores relacionados àquele câncer. Entretanto, as barreiras para o seu controle estão relacionadas principalmente às falhas nos programas de rastreamento e na dificuldade de acesso aos procedimentos de saúde.
Para o controle do câncer cérvico-uterino, é necessário que mulheres que têm ou que tiveram atividade sexual sejam informadas sobre a importância e a necessidade de se realizar o exame preventivo e que haja garantia, por parte dos serviços de saúde, do seu acesso a instrumentos de prevenção e rastreamento na sua própria comunidade.
É necessário ainda o desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais que objetivem a melhoria das condições do sistema de saúde e a oferta e acesso da população a exames preventivos, visando sempre ao atendimento integral e ao aumento da qualidade de vida das mulheres.
Um exemplo dessas políticas foi observado no Município de Porto Velho, Rondônia, onde algumas unidades do sistema básico de saúde desenvolvem parcerias com igrejas locais, com o objetivo de melhorar o acesso da população às ações e aos serviços de saúde.
A relação entre religião e hábitos de saúde está sendo cada vez mais explorada e têm sido demonstradas associações positivas entre esses fatores. Dessa forma, torna-se importante a realização de estudos futuros que possam melhor explicar a forma pela qual a religião influencia as práticas de saúde.
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Correspondência / Correspondence / Correspondencia:
Lorena Tourinho de Lucena
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Email:lorena.tourinho@hotmail.com
Recebido em / Received / Recibido en: //2011
Aceito em / Accepted / Aceito en: //2011
*Este trabalho é uma das resultantes do projeto "Estudo das patologias cérvico-vaginais nas mulheres atendidas nas Unidades de Saúde da Família Pedacinho de Chão e Aponiã, no Município de Porto Velho, Rondônia", vinculado ao Programa de Ensino Tutorial em Saúde (PET-Saúde), e foi financiado com recursos dos próprios autores.