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Revista Paraense de Medicina
versión impresa ISSN 0101-5907
Rev. Para. Med. v.20 n.1 Belém mar. 2006
Variações anatômicas da artéria hepática comum em indivíduos adultos.1
Anatomics variations of hepatic artery in adult individual.1
Robson José de Sousa Domingues; Raelson Rodrigues Miranda; Marcelo Vieira Corrêa; Nilton Rocha da Silva Júnior; Rui Wanderley Mascarenhas Júnior; Fernando William Figueiredo da Rosa
INTRODUÇÃO: A Amazônia apresenta alta endemicidade de hepatites C e D que, em alguns casos, podem evoluir para cirrose, insuficiência hepática e morte, sendo o transplante hepático uma das formas de tratamento. Novas técnicas de segmentação hepática estão sendo desenvolvidas com o objetivo de realizar o transplante hepático com o fígado de doador vivo, o que reduziria a espera por um órgão na fila de transplante, diminuindo assim a sua mortalidade. Com o desenvolvimento da técnica de bipartição do fígado foi verificado que, em 5% dos casos, o transplante hepático não pode ser realizado devido às variações anatômicas; sendo que a artéria hepática (AH) pode apresentar de 25% a 40% de variações anatômicas na sua origem e nos seus ramos.
OBJETIVO: Estudar a disposição anatômica e as possíveis variações da artéria hepática comum e de seus ramos em cadáveres humanos.
MÉTODO: Utilizadas 12 peças em monobloco contendo esôfago, estômago, pâncreas, artéria aorta abdominal, fígado e seus vasos, de cadáveres provenientes do Instituto Médico Legal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Belém-Pará, removidos pela técnica de retirada de fígado para transplante ortotópico, seguida de dissecação da AH desde sua origem até o hilo hepático e catalogação fotográfica.
RESULTADOS: Mostraram que a AH se originou do tronco celíaco em 91,7% e em 8,3% dos casos do tronco hepato-esplênico. A artéria gástrica direita originava-se direto da artéria gastroduodenal em 8,3% dos casos.
CONCLUSÃO: As principais variações anatômicas da artéria hepática comum encontradas foram: a presença, em sua origem, de tronco hepato-esplênico e a artéria gástrica direita como ramo da artéria gastroduodenal.
Descritores: Artéria hepática, variações anatômicas, transplante hepático.
1Trabalho de Iniciação Científica financiado pela PROPESP/UEPA, realizado no Instituto Médico Legal do CPCRC, Belém-PA.