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Revista Paraense de Medicina
versão impressa ISSN 0101-5907
Rev. Para. Med. v.21 n.2 Belém jun. 2007
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Perfil sócio-econômico de adolescentes grávidas e puérperas em Belém do Pará, atendidas pelo Pré-Natal do "Programa Saúde da Família"
Jorge Luiz Andrade Coêlho; Danielle Dias da Silva; Felipe Oliveira de Sousa; Hirlana Gomes Almeida; Max Guilherme Nacimento Júnior; Walda Helena Alves Gonçalves Coêlho
Universidade do Estado do Pará. Casa Família Mangueirão
INTRODUÇÃO: segundo dados da Organização Mundial de Saúde, adolescentes de 15 a 19 anos tornam-se mães de cerca de 15 milhões de crianças, anualmente. No ano de 1996, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde mostrou que 18% das adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos já tinham pelo menos um filho ou estavam grávidas.
OBJETIVO: traçar o perfil sócio-econômico de adolescentes grávidas e puérperas em Belém do Pará, atendidas pelo Pré-Natal do Programa Saúde da Família-Mangueirão.
MÉTODO: estudo transversal realizado através da aplicação de um protocolo que possuía informações referentes à realidade sócio-econômica e biológica das 53 adolescentes, faixa etária de 13 a 19 anos, sendo 17 grávidas e 36 puérperas, assistidas pelo Pré-Natal do PFS-Mangueirão, de janeiro a outubro de 2006. Todas as adolescentes foram entrevistadas após aprovação dos respectivos responsáveis ou por elas, se já alcançada a maior idade, por meio de um termo de consentimento livre e esclarecido. Os resultados obtidos foram submetidos a uma análise estatística descritiva e a uma inferencial.
RESULTADOS: das 53 adolescentes entrevistadas, 68% eram puérperas, 49% solteiras, 67,9 % não freqüentavam a escola, 64,15% com renda familiar menor que um salário mínimo, 91% não planejaram a gravidez, 64% tinham informações sobre métodos contraceptivos, 64,29% utilizavam o preservativo masculino, 59% não tinham acesso aos métodos anticoncepcionais, 85% contaram com o apoio familiar e 76% com o apoio do pai da criança.
CONCLUSÃO: a maioria das entrevistadas era puérpera, solteira, não freqüentava a escola, com renda familiar menor que um salário mínimo, não planejou a gravidez, possuía informações sobre métodos contraceptivos, utilizava o preservativo masculino, não tinha acesso aos métodos anticoncepcionais, contou com o apoio familiar e do pai da criança.
Descritores: adolescência; gravidez; perfil de saúde.
Trabalho apresentado na VI Jornada de Trabalho Científico do Curso de Medicina/UEPA, 21.12.2006.