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Boletim de Pneumologia Sanitária
versão impressa ISSN 0103-460X
Resumo
RAMALHO, Rejane Andrea et al. Avaliação nutricional de pacientes com tuberculose pulmonar atendidos na UISHL. Bol. Pneumol. Sanit. [online]. 2000, vol.8, n.2, pp.13-20. ISSN 0103-460X.
Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes portadores de tuberculose (TB), em uma Unidade de Saúde do município do Rio de Janeiro, como parte do Plano Nacional de Combate da Tuberculose. Metodologia: Foram avaliados 40 pacientes diagnosticados com TB, na faixa etária de 16 a 50 anos, de ambos os sexos (43,6% mulheres e 56,4% homens), no período de novembro de 1999 a junho de 2000, na Unidade Integrada de Saúde (UIS) Hamilton Land. Foram avaliados indicadores sócio-demográficos, medidas antropométricas (peso e altura), avaliação da concentração sérica de retinol e consumo alimentar (questionário semi-quantitativo). Para avaliação do estado nutricional, foi utilizado o Índice de Massa Corporal [peso(Kg)/altura(m)2], tendo como pontos de corte os valores adotados pela Organização Mundial de Saúde. A determinação dos níveis de retinol sérico foi feita através de dosagem espectrofotométrica pelo método Bessey-Lowry modificado e o ponto de corte utilizado para identificar a hipovitaminose A foi < 1,05 µmol/L. Resultados: Quanto à escolaridade dos pacientes, foi possível observar que cerca de 69% da amostra não concluiu o primeiro grau e 13% apresentava curso técnico ou segundo grau incompleto. Com relação às características dos domicílios, cerca de 97% dos pacientes referiram ter água encanada, 87,2% sistema de esgoto e 94,7% luz elétrica. A média de cômodos por domicílio foi de 1,9, sendo 3,7 pessoas por domicílio. Com relação ao estado nutricional dos pacientes, 33,3% das mulheres e 31,3% dos homens avaliados apresentaram baixo peso. Entre as mulheres foi observada uma prevalência de 22% de sobrepeso. Foi encontrada uma prevalência de 17,8% de hipovitaminose A na amostra. Na análise qualitativa da freqüência de consumo de alimentos, foi possível observar baixo consumo de proteínas de origem animal, um consumo elevado de frituras e de carboidratos (farinhas) e um baixo consumo de fontes alimentares de vitamina A. Conclusão: Com base nos resultados encontrados, torna-se necessária a intervenção nutricional associada ao tratamento clínico dos pacientes portadores de TB, como também identificar a associação de deficiências nutricionais específicas, como a hipovitaminose A, como possíveis fatores de risco para a TB
Palavras-chave : Tuberculose; estado nutricional; vitamina A.