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Informe Epidemiológico do Sus
versão impressa ISSN 0104-1673
Inf. Epidemiol. Sus v.10 supl.1 Brasília 2001
http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732001000500006
Utilização do geoprocessamento para análise de inquérito soro-epidemiológico para dengue, Campinas, São Paulo, 1998
Virgília Luna Castor de LimaI; Valmir Roberto AndradeI; Luis Tadeu M. FigueiredoII; Roberto Luiz do CarmoIII; Maria Cristina RestituttiIV
ISuperintendência de Controle de Endemias-SUCEN
IIUniversidade de São Paulo-USP - Ribeirão Preto
IIINúcleo de Estudos de População-NEPO / UNICAMP
IVPrefeitura Municipal de Campinas
Delineamento do Problema
O controle do dengue é complexo e a implementação das atividades, com este objetivo, tem representado um desafio. Dessa maneira, novos instrumentos de abordagem da doença estão sendo buscados. O geoprocessamento apresentase como uma contribuição importante, dentro desta perspectiva. O presente estudo tem como objetivo utilizar o geoprocessamento na análise de inquérito soroepidemiológico com a finalidade de fazer uma avaliação das potencialidades e dificuldades apresentadas pelo método e apresentar propostas para a sua utilização em avaliações epidemiológicas e em atividades de controle da dengue na rotina do programa de controle.
Metodologia
Foi realizado inquérito sorológico no município de Campinas, São Paulo, quatro meses após epidemia de dezembro de 1997 a maio de 1998. Foi colhida amostra aleatória por conglomerados e estratificada proporcionalmente. Foram testadas 1.322 amostras por meio do teste de imunoensaio enzimático com células cultivadas infectadas. Utilizou-se o programa Arc/Info na digitalização da planta da cidade com escala 1:5000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a localização dos setores censitários e, posteriormente, com o eixo de ruas. O programa Arc View GIS 3.2 foi utilizado para processamento das informações e elaboração do layout e gráficos, enquanto o programa Excel para elaboração das tabelas.
Resultados
Observou-se que a amostra se distribuiu homogeneamente por toda a área povoada do município e que os casos reagentes estavam distribuídos mais amplamente do que os casos notificados na epidemia. As dificuldades encontradas para utilização do geoprocessamento foram a obtenção da base de dados espaciais correspondentes à planta do município, a compatibilização dos endereços da base de dados espaciais com aqueles trazidos pelo trabalho de campo e a ausência nesta base das áreas de invasão e de favelas. Evidenciou-se como valiosa para as atividades do programa rotineiro de controle do dengue a capacidade de delimitar e imprimir facilmente uma área em torno de um caso para ser trabalhada no campo. Este trabalho, hoje em dia, é feito através de ampliações em xerox de mapas dobrados. O fato de o programa informatizado permitir que grande quantidade de informação fique armazenada e relacionada a um determinado endereço, para ser acessada a qualquer momento que se fizer necessário, é, também, muito útil para o acompanhamento de um local de transmissão e para a decisão de repetir ou não medidas de controle na área.
Conclusões
Com este projeto de pesquisa, atingiram-se as primeiras etapas da implantação do geoprocessamento em uma unidade prestadora de serviço, que são o investimento em equipamento e programas e treinamento de pessoal e a implantação progressiva do método. Além disso, pôde-se verificar as suas potencialidades para facilitar as medidas de controle e as avaliações epidemiológicas do dengue. Foi elaborada proposta para implantação do método na rotina do programa de controle em conjunto com a Prefeitura Municipal de Campinas.
Correspondência para:
Virgília Luna Castor de Lima
Rua São Carlos, 546
Parque Itália - Campinas - SP
CEP: 13.035-420
E-mail: vlima@mpc.com.br