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Boletim de Pneumologia Sanitária

versão impressa ISSN 0103-460X

Resumo

BENGUIGUI, Yehuda. As infecções respiratórias agudas na infância como problema de saúde pública. Bol. Pneumol. Sanit. [online]. 2002, vol.10, n.1, pp.13-22. ISSN 0103-460X.

As infecções respiratórias agudas (IRA) na infância continuam sendo um importante problema de saúde pública. Em fins da década de 90, as estimativas disponíveis indicavam que mais de 80.000 crianças com menos de cinco anos de idade morriam anualmente, nos países das Américas, em decorrência dessas doenças. Embora essa cifra tivesse sido cerca de 41% mais baixa que aquela estimada em fins dos anos 90, essas doenças continuaram sendo responsáveis por 15% do total de mortes de crianças com menos de cinco anos. Além disso, a distribuição dessas mortes nos diferentes países que compõem a Região, não foi homogênea: enquanto se estima que nos países da área andina ocorra quase uma terça parte do total de mortes de crianças com menos de cinco anos em decorrência da IRA, na América do Norte somente 1% de todas as mortes ocorre por esta causa. Nos países da área andina, essas doenças representam 19% das mortes de crianças de 0 a 5 anos, enquanto que na América do Norte só são responsáveis por 2,5%. As infecções respiratórias agudas também são uma causa importante de enfermidade infantil, e são reconhecidas como sendo a causa mais frequente pela qual uma criança perde sua saúde. Isto é um problema, não só pelo dano direto para a saúde infantil, mas por necessitar um esforço adicional de parte da família quanto ao cuidado e a atenção da criança, que nem sempre são prestados da forma adequada. A falta de reconhecimento dos sinais precoces de alarma, assim como a utilização de tratamentos desnecessários, e inclusive, prejudiciais para criança, já foram descritos como fatores importantes para a deterioração da qualidade do atendimento à infância e põem em maior risco a saúde das crianças com menos de cinco anos. Por todas as razões acima, o controle das IRA na infância representou e continua a representar uma prioridade para a saúde pública. A existência de estratégias e intervenções bem-sucedidas para reduzir os danos causados pelas IRA à no grupo de crianças de cinco anos, em termos de mortalidade e de morbidade grave, bem como para melhorar as práticas de assistência e cuidado das crianças que sofrem dessas doenças, abriu, há alguns anos, uma perspectiva mais favorável para o controle desse problema. Por isso, aumentar a população que possa usufruir desses beneficios aparece como sendo a principal prioridade para o adequado controle do problema e reduzir a mortalidade associada com as IRA na infância. A OPS/OMS juntamente com as Agencias Internacionais e bilaterais apoia a implementação de estratégia AIDPI- Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância, que neste momento é considerada a intervenção mais abrangente para conseguir-se a redução da mortalidade em crianças menores de cinco anos pelas doenças mais prevalentes neste grupo de idade, pelo que as organizações internacionais, em conjunto com os Ministérios da Saúde dos países da Região das Américas, lançam a iniciativa "Crianças Saudáveis: a Meta de 2002", que prevê reduzir pelo menos 100.000 mortes adicionais, em crianças menores de cinco anos nos países da Região

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