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Informe Epidemiológico do Sus
versão impressa ISSN 0104-1673
Resumo
LAURENTI, Ruy; JORGE, Maria Helena Prado de Mello e GOTLIEB, Sabina Léa Davidson. Mortes maternas no Brasil: análise do preenchimento de variável da declaração de óbito. Inf. Epidemiol. Sus [online]. 2000, vol.9, n.1, pp.43-50. ISSN 0104-1673. http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732000000100004.
A importância dos dados relativos à mortalidade materna é inegável. É conhecido o fato de que as causas de morte decorrentes da gravidez, parto e puerpério são, talvez, umas das mais mal informadas nas declarações de óbito (DO). Visando à melhoria da qualidade dessa informação, o Ministério da Saúde (MS) introduziu, nesse documento, item a ser preenchido pelo médico relativo à presença de gravidez no momento da morte ou nos 12 meses anteriores à mesma. O objetivo deste trabalho é avaliar esse item nas DO referentes ao Brasil, em 1996 e 1997. Os resultados mostram o mau preenchimento, com resposta "ignorado" para gravidez no momento da morte em 89,3% e 87,4% dos casos e em 91,4% e 90,4% para gravidez 12 meses antes, respectivamente em 1996 e 1997. Analisando as causas básicas de morte das mulheres que estavam ou estiveram grávidas, 19,4% e 38,1% de óbitos foram por causas maternas, em 1996, valores considerados baixos. Das mortes maternas (Capítulo XV da CID-10), em 30,7% e 45,3% havia informação de que "estavam" ou "estiveram" grávidas, em 1996 e 1997. Considerando a elevada freqüência de "ignorado" e a falta de clareza do item, sugere-se que o MS reveja a sua formulação e reforce, junto aos médicos, a importância do adequado preenchimento da DO.
Palavras-chave : Declaração de Óbito; Avaliação do Sistema de Informação; Mortalidade Materna.