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Epidemiologia e Serviços de Saúde
versão impressa ISSN 1679-4974versão On-line ISSN 2337-9622
Resumo
CABRAL, Cibelle Mendes et al. Descrição clínico-epidemiológica dos nascidos vivos com microcefalia no estado de Sergipe, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2017, vol.26, n.2, pp.245-254. ISSN 1679-4974. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742017000200002.
OBJETIVO:
descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de microcefalia em nascidos vivos no estado de Sergipe, Brasil, e calcular as prevalências em seus municípios.
MÉTODOS:
estudo descritivo sobre nascidos vivos no período de 1o/set a 30/nov de 2015, com dados de prontuários e entrevistas com as mães.
RESULTADOS:
confirmaram-se 83 casos de microcefalia, com três óbitos; a prevalência nos 26 municípios com casos confirmados variou de 18 a 185/10.000 nascidos vivos; a mediana do perímetro cefálico foi de 31cm (amplitude: 22,5 a 33,0cm); na ultrassonografia transfontanelar, observou-se agenesia de corpo caloso (26/43), lisencefalia (12/43), ausência de linha média (10/43) e ventriculomegalia (8/43); 40 mães referiram exantema na gestação, 23 no primeiro trimestre, com prurido, artralgia e cefaleia; sete foram positivas para infecções potencialmente causadoras de malformações.
CONCLUSÃO:
observou-se elevada ocorrência de casos de microcefalia, e relato de sinais e sintomas compatíveis com infecção por vírus Zika na gestação.
Palavras-chave : Microcefalia; Zika Vírus; Prevalência; Recém-nascido; Epidemiologia Descritiva.