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Epidemiologia e Serviços de Saúde
versão impressa ISSN 1679-4974versão On-line ISSN 2237-9622
Resumo
ESTIMA, Nathalie Mendes et al. Descrição das notificações de atendimento antirrábico humano para profilaxia pós-exposição no Brasil, 2014-2019. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2022, vol.31, n.2, e2021627. Epub 25-Maio-2022. ISSN 1679-4974. http://dx.doi.org/10.1590/s2237-96222022000200002.
Objetivo:
Analisar os atendimentos antirrábicos humanos de profilaxia pós-exposição no Brasil.
Métodos:
Estudo descritivo utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no Brasil, de 2014 a 2019.
Resultados:
Foram notificados 4.033.098 atendimentos antirrábicos, com média de 672.183 ao ano. Houve maior percentual de atendimentos em pessoas do sexo masculino (n = 2.111.369; 52,4%), menores de 19 anos de idade (n = 1.423.433; 35,3%), residentes em área urbana (n = 3.386.589; 88,1%), agredidas por cães (n = 3.281.190; 81,5%) e com mordeduras (n = 3.575.717; 81,9%), principalmente em mãos e pés (n = 1.541.201; 35,3%). A conduta profilática mais frequente foi observação e vacina (n = 1.736.036; 44,2%). A conduta profilática foi adequada em 57,8% (n = 2.169.689) e inadequada em 42,2% (n = 1.582.411) dos casos.
Conclusão:
Apesar das condutas profiláticas adequadas, foram observadas indicações inadequadas que, quando insuficientes, podem acarretar casos de raiva humana e, quando desnecessárias, desperdícios, inclusive desabastecimento de imunobiológicos.
Palavras-chave : Raiva; Profilaxia Pós-Exposição; Vacinas Antirrábicas; Epidemiologia Descritiva; Saúde Pública.