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Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais

versão impressa ISSN 1981-8114

Resumo

ROSA FILHO, José Souto et al. Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi Cienc. Nat. [online]. 2006, vol.1, n.3, pp.85-96. ISSN 1981-8114.

A estrutura das comunidades macrobentônicas de zonas entre-marés não vegetadas do estuário do rio Caeté, Pará, Brasil foi estudada no período menos chuvoso de 2003. Foram tomadas amostras (n=4) em quatro estações utilizando um corer (0,008 m2, 20 cm de altura). As amostras foram passadas em malha de 0,3 mm e os organismos fixados com formalina salina a 5%. Em cada estação foi coletada uma amostra de sedimento e determinadas a salinidade e temperatura da água. Foram registrados 844 espécimes pertencentes a 17 táxons dos filos Nemertinea, Arthropoda e Annelida. Polychaeta dominou as associações (11 táxons e 87,25% do total de indivíduos). Os táxons mais abundantes foram Mediomastus californienses, Nephtys fluviatilis e oligoquetas Tubificidae. Os valores de abundância e riqueza passaram de 2625 ind.m-2 em P1 para 96625 ind.m-2 em P4 e, respectivamente de 3 para 16 táxons. A análise de agrupamento revelou a formação de três grupos (50% de similaridade). O grupo 1, formado pelas estações P3 e P4, teve alta salinidade (22,6 a 26,5), substrato constituído por areia muito fina, foi o grupo mais rico (13 táxons), diverso (= 1,18) e abundante (= 12220 ind.m-2), sendo dominado por Sigambra grubii. O grupo 2 reuniu as amostras da estação P1, com salinidade de 5,1, substrato silte-arenoso, e registros dos valores mais baixos de riqueza (3 táxons), diversidade ( = 0,67) e abundância (= 665 ind.m-2), cuja espécie mais abundante foi Namalicastys abiuma. O grupo 3, formado pelas amostras da estação P2, teve substrato silte-arenoso e salinidade 3,6. N. abiuma foi a espécie mais abundante nesse grupo, que teve valores intermediários de riqueza (5 táxons), abundância (= 2010 ind.m-2) e diversidade ( = 0,71). É possível concluir que, no médio litoral não vegetado do rio Caeté, o número de espécies é baixo, Annelida é o grupo dominante, a composição específica reflete o gradiente de salinidade e a riqueza, diversidade e abundância aumentam na medida em que se passa do estuário superior para o inferior.

Palavras-chave : Amazônia; Zoobentos; Comunidade de fundos moles; Manguezal.

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