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Revista Pan-Amazônica de Saúde

versão impressa ISSN 2176-6215versão On-line ISSN 2176-6223

Resumo

BOTELHO, Gabriel Izan Santos et al. Imunorreatividade das células dendríticas nas lesões foveolares da hanseníase dimorfa. Rev Pan-Amaz Saude [online]. 2013, vol.4, n.2, pp.19-25. ISSN 2176-6215.  http://dx.doi.org/10.5123/S2176-62232013000200003.

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, sendo caracterizada predominantemente por lesões dermatológicas e neurológicas. As formas de hanseníase tuberculoide e virchowiana são denominadas polares e consideradas estáveis. Entre esses polos, existe a forma dimorfa, caracterizada por uma instabilidade imunológica em que as manifestações clínicas são variáveis. Esta forma apresenta uma lesão com área de pele sã circundada por área infiltrada, nomeada de lesão foveolar. O objetivo deste estudo foi analisar o padrão imunorreativo das células dendríticas na área de pele aparentemente sã da região central e da borda infiltrada da lesão foveolar na hanseníase dimorfa. Trata-se de um estudo transversal e analítico. Utilizaram-se os marcadores CD1a e FXIIIa para a contagem das células dendríticas nas amostras de pele. Obteve-se predominância de células CD1a+ e FXIIIa+ na borda da lesão foveolar em comparação com a área central da lesão. O predomínio de células dendríticas na borda da lesão foveolar pode ser justificado pelo padrão de resposta inflamatória e imunológica ao M. leprae. A distribuição do M. leprae pode estar concentrada nesta região, promovendo uma maior exposição antigênica. Por meio da comparação entre o centro e a borda da lesão foveolar obteve-se uma diferença quantitativa que permite indicar uma função elementar das células dendríticas na resposta ao M. leprae e, consequentemente, no curso da doença.

Palavras-chave : Hanseníase Dimorfa; Imunoistoquímica; Células dendríticas.

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