SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.11Avaliação da atividade antibacteriana de plantas medicinais de uso popular: Alternanthera brasiliana (penicilina), Plantago major (tansagem), Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi) e Phyllanthus niruri (quebra-pedra)Acesso a serviços de saúde por ribeirinhos de um município no interior do estado do Amazonas, Brasil índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

  • Não possue artigos citadosCitado por SciELO

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Pan-Amazônica de Saúde

versão impressa ISSN 2176-6215versão On-line ISSN 2176-6223

Resumo

OLIVEIRA, Consuelo Silva de et al. Seguimento de crianças expostas intraútero ao vírus Zika na Região Metropolitana de Belém, Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude [online]. 2020, vol.11, e202000216.  Epub 23-Mar-2020. ISSN 2176-6215.  http://dx.doi.org/10.5123/s2176-6223202000216.

INTRODUÇÃO:

A emergência do vírus Zika (ZIKV), que afetou gravemente o nordeste do Brasil, revelou a ocorrência de malformações congênitas durante a gestação. Atualmente, têm sido registradas alterações que envolvem desde anormalidades físicas, como microcefalia, artrogripose e anomalias cerebrais detectadas por exames de neuroimagem, até alterações de comportamento, como irritabilidade e excitabilidade.

OBJETIVO:

Sob essa perspectiva, procurou-se, por meio do acompanhamento clínico e de exames laboratoriais e de imagem, uma abordagem multiprofissional com ênfase na investigação do desenvolvimento neuropsicomotor, da visão e da audição para a obtenção de informações sobre a infecção materno-fetal.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Para tal, 92 crianças nascidas de mulheres infectadas durante a gravidez pelo ZIKV foram acompanhadas no período de agosto de 2017 a julho de 2018.

RESULTADOS:

Entre os investigados, 55 (59,8%) crianças eram do gênero masculino; 46 (50,0%) mães foram infectadas no segundo trimestre da gestação; duas (2,2%) crianças apresentaram microcefalia ao nascimento e uma (1,1%) apresentou características clínicas compatíveis com microcefalia pós-natal. Ademais, no acompanhamento, constatou-se a existência de alterações de comportamento que podem comprometer o neurodesenvolvimento infantil, como a irritabilidade extrema, com incidência significativa (p < 0,0001), seguida de agressividade e hiperexcitabilidade, apesar de exames de imagens normais.

CONCLUSÃO:

Diante desses achados, reforça-se a necessidade de um acompanhamento multiprofissional sistemático das crianças expostas intraútero, para identificar alterações precoces e tardias associadas ao ZIKV e implementar atividades psicomotoras que possam atenuar as sequelas no neurodesenvolvimento infantil.

Palavras-chave : Zika Vírus; Gravidez; Infecção; Desenvolvimento Infantil; Microcefalia.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português | Inglês | Espanhol     · Português ( pdf ) | Inglês ( pdf ) | Espanhol ( pdf )