OBJETIVO:

Analisar o perfil clínico-epidemiológico e a distribuição espacial dos casos notificados de febre de chikungunya em gestantes, bem como a repercussão imediata da doença nos recém-nascidos, no município de Belém, estado do Pará, Brasil, nos anos de 2016 a 2018.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Este é um estudo descritivo, ecológico e transversal, que utilizou dados secundários presentes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da Secretaria Municipal de Saúde de Belém. Foram descritas variáveis clínicas e epidemiológicas dos casos, seguidas de análises estatísticas e geoestatísticas.

RESULTADOS:

Das 52 gestantes com febre de chikungunya, houve predomínio de pardas (61,5%), da faixa etária de 20 a 29 anos (48,1%) e com o ensino médio completo (36,6%). Além disso, os casos apresentaram, principalmente, febre, mialgia, exantema e artralgia. O maior percentual de recém-nascidos nasceu de parto cesáreo. Houve ainda a predominância de recém-nascidos a termo e maior proporção de neonatais com peso adequado. A doença apresentou um padrão de distribuição espacial heterogênea nos bairros de Belém, com densidade muito alta em gestantes residentes em Ponta Grossa, Agulha, Parque Guajará, Guamá e Canudos.

CONCLUSÃO:

Observou-se uma distribuição desigual da doença em diferentes bairros de Belém, evidenciando a importância de políticas de saúde pública direcionadas para grupos de risco e áreas de maior incidência, visando à prevenção e ao controle da febre de chikungunya em gestantes.

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