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Revista Paraense de Medicina
Print version ISSN 0101-5907
Rev. Para. Med. vol.20 no.2 Belém June 2006
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Clínica e epidemiologia da meningoencefalite tuberculosa de pacientes no Hospital Universitário João de Barros Barreto
Clinic and epidemiology of patients suffering toberculosis meningoencephalitis in João de Barros Barreto University Hospital
Andréa Luzia Vaz Paes; Caroline Contente Verbicaro; Louise Sauma de Oliveira
OBJETIVO: estudar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de meningoencefalite tuberculosa atendidos no HUJBB, período de 1993 a 2003.
MÉTODO: realizado um estudo transversal, do tipo série de casos, utilizando uma amostra de 186 prontuários, analisados quanto ao sexo, idade, presença de contato com doentes bacilíferos, procedência, história prévia de tuberculose, vacinação com BCG, evolução dos pacientes, sinais e sintomas apresentados no decorrer da internação e estágio de evolução da doença apresentado pelos pacientes no momento da admissão hospitalar; realizada a análise estatística dos resultados obtidos.
RESULTADOS: 61,3% dos pacientes eram do sexo masculino; 36% da faixa etária de 0 a 4 anos; 50,5% não apresentaram contato com doentes bacilíferos; 13,4% apresentaram história prévia de tuberculose; 63,4% eram procedentes da região metropolitana de Belém; 62% das crianças acometidas eram vacinadas com BCG; 33,9% evoluíram ao óbito; 34,1% apresentavam de 0 a 4 anos de idade; 95,2% apresentavam febre; 76,3% apresentavam sinais de irritação meníngea e 48,9% foram admitidos no estágio 2 da doença.
CONCLUSÕES: a maioria dos pacientes acometidos pela doença eram do sexo masculino, entre 0 e quatro anos de idade, não apresentaram contato com doentes bacilíferos, nem história prévia de tuberculose, procedentes da região metropolitana de Belém. A maioria das crianças foi vacinada com BCG. Notou-se uma alta taxa de letalidade, sendo que a maioria dos óbitos ocorreram em crianças de 0 a 4 anos de idade. A febre foi o sintoma mais prevalente. Os sinais de irritação meníngea foram os sinais neurológicos mais encontrados. No momento da admissão hospitalar, a maior parte dos pacientes apresentavam-se no estágio 2 de evolução da doença, e a maioria dos óbitos ocorreram em pacientes no estágio 3.
Descritores: meningoencefalite; tuberculose; clínica; epidemiologia.
Trabalho realizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto/UFPA - Belém/Pará.