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Revista Paraense de Medicina

Print version ISSN 0101-5907

Rev. Para. Med. vol.20 no.4 Belém Dec. 2006

 

JORNADA CIENTÍFICA DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ – DEZEMBRO/2006

 

Fatores de risco relacionados à positividade de marcadores sorológicos para o vírus da hepatite "B" em puérperas

 

 

Daniela Maria Raulino da Silveira; Vitória Carvalho Cardoso; Eliete da Cunha Araújo; Manoel do Carmo Pereira Soares

 

 

INTRODUÇÃO: segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de dois bilhões de pessoas já estiveram em contato com o vírus da hepatite B, sendo que 325 milhões são portadores crônicos. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) estima que pelo menos 15% da população já esteve em contato com o vírus. Na Amazônia, a hepatite B é endêmica e a maioria das pessoas desconhece seu estado de portador, constituindo-se, portanto, em elo importante na cadeia epidemiológica. Quanto mais jovem for o indivíduo infectado, maior a probabilidade de evolução para a forma crônica.
OBJETIVO: identificar os fatores de risco relacionados à infecção pelo vírus da hepatite B em puérperas.
METODOLOGIA: estudo transversal, realizado em 200 puérperas, cujos partos ocorreram na FSCMPA, período de 1o de junho a 17 de agosto de 2004. Após esclarecimento sobre a pesquisa, solicitava-se o consentimento e assinatura da paciente. Coletaram-se 5 ml de sangue periférico e preenchia-se um formulário contendo variáveis demográficas e epidemiológicas. Os testes sorológicos foram realizados no Setor de Hepatologia do Instituto Evandro Chagas.
RESULTADOS: os marcadores sorológicos foram positivos em 9,5% da amostra; 42,1% das pacientes eram adolescentes; 47,4% eram procedentes do interior; 10,5% eram analfabetas; 21,1% tinham alguma atividade remunerada; 42,1% não tinham relacionamento sexual estável; 36,8% ganhavam até um salário mínimo mensal; 52,6% nunca usaram preservativos, ou, às vezes; 36,8% tinham mais de um parceiro sexual; 5,3% consumiam maconha; 15,8% foram submetidas à transfusão de sangue; 52,6% foram submetidas à cirurgia (cesárea); 63,2% fizeram tratamento dentário e o marcador sorológico mais prevalente foi o Anti HBs.
CONCLUSÃO: desde que, a região Amazônica é considerada área endêmica para hepatite B, faz-se necessário a realização de outros estudos para melhor conhecimento da patologia em nosso meio.

Descritores: hepatite B em puérperas, marcadores sorológicos.

 

Fonte Financiadora: Instituto Evandro Chagas.

 

Universidade Federal do Pará
Instituto Evandro Chagas
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

 

Trabalho apresentado na Jornada de Trabalhos Científicos da FSCMP, em 15.12.2006.