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Revista Paraense de Medicina

versão impressa ISSN 0101-5907

Rev. Para. Med. v.22 n.1 Belém mar. 2008

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Fatores relacionados às dificuldades no aleitamento materno entre mães adolescentes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará*

 

Related factors associated to breastfeeding difficulties among adolescent mothers of "Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará".*

 

 

Rosa de Fátima da Silva Vieira MarquesI; Izabella Cristina Cristo CunhaII; Mayra Gonçalves AragónII; Victor Soares PeixotoII

IProfessora da UEPA, com mestrado em Pediatria pela UNIFESP-EPM
IIGraduandos do Curso de Medicina da UEPA

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVO: verificar os fatores que influenciam na dificuldade de amamentar entre mães adolescentes inscritas no Programa de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
MÉTODO: estudo transversal, baseado em entrevistas com 151 mães adolescentes participantes no período de setembro a dezembro de 2005. Procurou-se enfatizar as dificuldades na amamentação, e alguns fatores. Para análise da significância foi utilizado o teste Qui-Quadrado, com nível á=0,05.
RESULTADOS: um percentual de 41,7% das mães relatou possuir dificuldade na amamentação.
CONCLUSÃO: o maior número de filhos é fator determinante para diminuir as dificuldades na amamentação. Idade, número de consultas no pré-natal, grau de escolaridade e fonte de informação sobre aleitamento não tiveram influência no aparecimento de dificuldades que possam surgir.

DESCRITORES: aleitamento materno; fatores socioeconômicos; adolescente.


SUMMARY

OBJECTIVE: identify the factors that influence on difficulties that adolescent mothers signed at the exclusive breastfeeding support program (PROAME) at "Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará" have to breastfeed their children.
METHOD: a transversal study was made with 151 adolescent mothers participating of the Program, interviewed between September and December of 2005. Emphasis was on difficulties on breastfeeding and the elements associated to those difficulties. Chi-Square was used to test statistical significance at á=0,05 level.
RESULTS: 41,7% of the mothers reported difficulties on breastfeeding.
CONCLUSION: the number of children of the mother was a determining factor to overcome such difficulties. Age, number of medical examinations during pregnancy, level of education and information sources about breastfeeding did not have influence on the difficulties that mothers had when breastfeeding their children.

KEY WORDS: Breast Feeding, Adolescent.


 

 

INTRODUÇÃO

A amamentação é de fundamental importância durante a maternidade.1,2 Contudo, as taxas de aleitamento materno exclusivo encontram-se bem inferiores ao considerado ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS),3,4,5 sendo apenas 35% da população mundial infantil alimentada, exclusivamente, pelo leite materno dos 0 a 4 meses de idade.4

No Brasil, se tem buscado a intervenção nas taxas de aleitamento materno através, entre outras, do desenvolvimento de programas ambulatoriais que incentivem a amamentação exclusiva até os seis meses de idade1, a exemplo do Programa de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME), estando um localizado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA).1,6

As peculiaridades existentes na vida de mães adolescentes podem determinar agravantes que influenciam, negativamente, na gravidez, parto,2,8,9 e conseqüentemente, na prática da lactação.7 Portanto, o aumento do número de mães adolescentes torna-se um fator preocupante diante da falta de preparo e orientação destas mães em relação à maternidade.7

A favor da boa prática da amamentação está o acesso à informação, o qual influencia tanto na decisão de amamentar quanto na duração da mesma.1,3 As diversas dificuldades tornam as mães vulneráveis, o que implica na pouca ou nenhuma habilidade em levar adiante a amamentação, submetendo seu filho ao desmame precoce.1,3,10

O conhecimento dessas dificuldades essencial para o reconhecimento de mães e bebê que necessitem apoio extra na amamentação5, principalmente entre as mães adolescentes.

Neste estudo se busca identificar as dificuldades na amamentação entre mães adolescentes, as fontes de informação sobre aleitamento e algumas características dessas mães, como maneira de melhor determinar as causas possíveis fatores que possam estar envolvidos com tais empecilhos.

 

OBJETIVO

Verificar os fatores que influenciam na amamentação entre mães adolescentes inscritas no PROAME-FSCMPA.

 

MÉTODO

Estudo transversal realizado com 151 mães adolescentes, regularmente matriculadas no Programa de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME) da FSCMPA. A faixa etária de estudo foi definida com base no critério adotado pela Organização Mundial da Saúde, como sendo a adolescência o período compreendido entre 10 a 19 anos, levando-se em consideração a idade da mãe no momento do parto. Todavia, a idade mínima encontrada foi de 14 anos.

O PROAME da FSCMPA funciona com consultas pré-agendadas, de segunda à sexta feira, nos turnos da manhã e da tarde. Além disso, toda primeira sexta feira do mês, as mães concluintes dos 6 meses de programa recebem um certificado em alta festiva.

As entrevistas foram realizadas no decorrer de 3 meses, de setembro a dezembro de 2005. As mães foram entrevistadas, aleatoriamente, na unidade nos dias de consulta e/ou alta festiva. Foi feito um levantamento prévio, a partir do livro de registro, das mães adolescentes inscritas no programa. Os dados encontrados, então, foram cruzados com as agendas médicas, identificando os dias de consultas com mães adolescentes.

As participantes foram esclarecidas quanto ao caráter espontâneo da entrevista, ao sigilo das informações, importância dos objetivos e finalidade da pesquisa, tendo sido solicitado assinar o termo de consentimento esclarecido, que no caso das menores de 18 anos de idade, foi assinado pelos seus representantes legais.

A realização das entrevistas foi feita a partir da aplicação de protocolo de pesquisa padronizado, no qual se procurou enfatizar a existência de dificuldade na amamentação e a fonte de informação sobre aleitamento antes do parto.

Procurou-se saber ainda a idade, escolaridade das mães; se a mesma realizou pré-natal, identificando-se o número de consultas, além do número de ordem do filho.

Todos os dados protocolados foram referentes ao filho que estava inscrito no programa no momento da entrevista.

Após a coleta, os dados obtidos foram transferidos a um banco de dados, sendo assim submetidos à revisão para identificar erros, omissões de respostas e deficiências na legibilidade de registro. Já as respostas de perguntas abertas foram padronizadas em categorias, identificando seus significados comuns.

Verificou-se o percentual que identificasse as mães adolescentes que possuíam alguma dificuldade na amamentação. As outras variáveis foram, então, cruzadas com a dificuldade na amamentação, a fim de se determinar sua interferência.

O número médio de mães adolescentes matriculadas mensalmente no PROAME serviu de base para o cálculo do tamanho da amostra. Estimou-se a população total para o ano de 2005, e calculou-se o valor mínimo amostral para o período da pesquisa através da fórmula para distribuição normal, aproximada para binomial, admitindo-se a probabilidade de sucesso de 50%.

Utilizou-se a técnica de amostragem aleatória para a composição do n calculado, com abordagem para entrevistas em diversos dias e horários.

Após coleta das informações, os dados foram inseridos no programa Epi-Info, versão 6.04, e as tabelas e gráficos construídos no Microsoft Excel 2000.

O teste utilizado para análise da significância dos resultados encontrados foi o Qui-Quadrado (÷2), admitindo-se o nível de á = 0,05 (5%), por meio do software BioEstat 3.0.

 

RESULTADOS

A pesquisa constatou que 41,7% das mães entrevistadas afirmaram apresentar algum tipo de dificuldade no decorrer da amamentação de seus filhos.

 

 

DISCUSSÃO

Dentre as mães entrevistadas, 41,7 % relataram ter encontrado algum tipo de dificuldade no decorrer da amamentação de seus filhos, índice relativamente alto quando comparado ao encontrado por Carvalhaes e Correa (2003)5, onde a freqüência de mães ou filhos com comportamento de dificuldade no puerpério variou de 18% a 34%. Essa diferença pode ser explicada por uma ocorrência mais elevada de dificuldades para amamentar em mães adolescentes nos primeiros dias, segundo Frota e col. (2004)2.

Os problemas de dificuldades na pega e posição inadequada foram os mais encontrados nesta pesquisa o que concorda com Carvalhaes e Correa (2003)5. Sanches e col. (2004)12 afirmam que o posicionamento inadequado da mãe e do bebê dificulta a relação entre a boca da criança e o mamilo, o que interfere na pega e extração do leite, demonstrando que as dificuldades na amamentação geralmente não são isoladas, muitas se apresentando como conseqüência da outra.

Esse mesmo autor afirma ainda que seja importante observar as condições das mamas, pois fissuras e ingurgitamento mamário podem dificultar intensamente a amamentação, além de causar dor, a qual, segundo Giugliani (2004)10, é relevante causa para o abandono desta prática.

É importante ressaltar o elevado percentual de mães que relataram "leite insuficiente" nesta pesquisa. Mamadas pouco eficientes podem ser resultado de má pega, uma vez que não há o esvaziamento completo da mama. Assim, o bebê perde principalmente o leite posterior, mais rico em energia,1,12 ficando com fome, agitado e querendo mamar repetidas vezes. Por fim, o bebê pode acabar recusando o peito, o que incute na mãe a idéia de que seu leite é "fraco", ocasionando o desmame1,10,12.

O "pouco leite", ou "sem leite" é tabu disseminado muitas vezes por fatores sociais e culturais muito fortes. É essencial que as orientações durante a gravidez e no decorrer da amamentação sejam no âmbito de auxiliar a mãe no ganho de autoestima e confiança de que seu próprio leite é capaz de garantir a saúde e bem estar do seu filho.

A respeito do conhecimento sobre aleitamento materno, a maioria das mães, independente de possuírem dificuldade ou não, obtiveram informação sobre amamentação advindo do pré-natal, unidade de saúde ou profissional da área (TABELA II), concordando com Frota e col. (2004)2 e Lamounier e col. (2003)7. Isso comprova a presença do profissional de saúde na vida das mães.9,11

 

 

Contudo, o fato de terem recebido informações sobre amamentação durante o prénatal não influenciou nas dificuldades apresentadas pelas mães. O tempo do pré-natal, também, não foi estatisticamente significativo (TABELA IV). Mesmo, mães que tinham mais de seis consultas, o preconizado pelo Programa de Humanização do Pré-natal do Ministério da Saúde,14 apresentaram dificuldades.

 

 

Ramos e col. (2003)15 justificam a discrepância entre presença de pré-natal e dificuldades pelo confronto entre a informação que é dada e a realidade de cada mãe. Assim, é provável que apesar do recebimento da informação sobre o aleitamento e do grande valor dado ao profissional médico, tais orientações não estejam sendo assimiladas e aceitas pelas pacientes. Percegoni e col. (2002)1 relatam a incapacidade de mães que realizaram pré-natal em prevenir e resolver os problemas da amamentação, considerando-os muitas vezes normais. É preciso ser enfocado o possível surgimento de dificuldades, de como contorná-las e, principalmente, como incutir novos valores à vida dessas mães. A informação unicamente não é suficiente. É preciso ter compreensão e apoio de profissional habilitado para ajudá-la, se necessário.11,15

O maior número de filhos apresentou-se como variável determinante de menores dificuldades na amamentação, estando, estatisticamente, associados (TABELA V). Percegoni e col. (2002)1 e Susin e col. (1998)3, entretanto, não obtiveram associação estatística entre presença de filho anterior e maior conhecimento da técnica correta de amamentação.

 

 

Os dados encontrados podem ser justificados pela experiência anterior da maternidade, que confere maior confiança e até mesmo a adaptação a amamentar, mesmo sem o conhecimento da técnica adequada. Essas mães associam a própria experiência para evitar os distúrbios da primeira vez, o que foi relatado muitas vezes no decorrer das entrevistas.

Não foi encontrada relação estatística entre idade e dificuldade ao amamentar (TABELA III). Comparando-se as faixas etárias entre as adolescentes entrevistadas, observou-se que as de maior idade relataram com mais freqüência, possuir dificuldades no aleitamento de seus filhos. É possível que estas mães tenham uma melhor percepção de dificuldades e identificação de problemas, enquanto as mais novas, pela própria imaturidade, não os assimilam, passando assim, de forma imperceptível.

 

 

Quanto ao grau de escolaridade foi interessante notar que nenhuma mãe estava cursando ensino superior, o que se devia muitas vezes por interrupção dos estudos em decorrência da gravidez associado ou não a atrasos por repetições. Percegoni e col. (2002)1, Susin e col. (1998)3 e Lamounier e col. (1998)16 encontraram em seus trabalhos associação entre escolaridade e conhecimento sobre aleitamento materno, o que tornariam as mães com graus de ensino mais elevados, mais propensas a praticar amamentação exclusiva, inclusive aumentando as chances de evitar dificuldades comuns. Contudo, neste trabalho, não foi encontrada a mesma relação (TABELA VI). Pode-se aferir que mais importante do que o grau de escolaridade são as orientações que as mães recebem sobre amamentação.

 

 

É de grande preocupação o fato de as dificuldades na amamentação ainda estarem presentes, mesmo com a realização do prénatal e recebimento de informação sobre aleitamento. É essencial a orientação logo no começo da amamentação, uma vez que as primeiras experiências tornam-se rapidamente hábitos bem definidos, difíceis de mudar.10 Portanto, é importante uma avaliação das mamadas nesse período por parte dos profissionais de saúde, para assim corrigir as dificuldades precocemente,5,12 o que prolongaria o tempo de amamentação materna exclusiva.

O acesso à informação já é observado, contudo, a partir de agora, é essencial que seja averiguada a qualidade da informação e a forma como é repassada, a fim de que o ensinado se torne prática real do dia-a dia das mães.

Pesquisas adicionais devem ser realizadas no âmbito de determinar outras variáveis que possam estar interferindo no aleitamento materno de maneira que se possa reconhecê-las e intervir, a fim de se obter uma prática de aleitamento de qualidade.

 

CONCLUSÃO

Verificou-se que o maior número de filhos é fator determinante de menos dificuldades na amamentação entre mães adolescentes inscritas no PROAME-FSCMPA.

A idade, número de consultas no prénatal, grau de escolaridade e fonte de informação sobre aleitamento não tiveram influência no aparecimento das dificuldades.

 

REFERÊNCIAS

1. Percegoni N, Araújo RMA, Silva MMS, Euclydes MP, Tinoco ALA. Conhecimento sobre aleitamento materno de puerpérias atendidas em dois hospitais de Viçosa, Minas Gerais. Rev. Nutr. 2002; 15(1):29-35.

2. Frota DALF, Marcopito LF. Amamentação entre mães adolescentes e não-adolescentes, Monte Carlos, MG. Rev. Saúde Pública. 2004; 38(1):85-92.

3. Susin LRO, Giugliani ERJ, Kummer SC, Maciel M, Benjamin ACW, Machado DB e col. Uma estratégia simples que aumenta os conhecimentos das mães em aleitamento materno e melhora as taxas de amamentação. J. Pedriatr. 1998; 74(5): 368-75.

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5. Carvalhaes, MABL, Correa, CRH. Identificação de dificuldades no início do aleitamento materno mediante aplicação de protocolo. J. Pediatr. 2003, 79(1):13-20.

6. Barbosa HHMM, Silva APSS, Israel CCC, Lima RC, Oliveira TM, Medeiros VG. Perfil de mães participantes do Programa de Aleitamento Materno Exclusivo da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. In: III Jornada de Trabalhos Científicos do Curso de medicina - UEPA, 2003, Belém. III Jornada de Trabalhos Científicos do Curso de medicina - UEPA, 2003.

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8. Lima CTB, Feliciano KVO, Carvalho MFS, Souza APP, Menaból JBC, Ramos LS e col. Percepções e práticas de adolescentes grávidas e de familiares em relação à gestação. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2004; 4(1):71-83.

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10. Giugliani ERJ. Problemas comuns na lactação e seu manejo. J. Pediatr. 2004(supl 5):147-54.

11. Giugliani ERJ, Lamounier JA.Aleitamento materno: uma contribuição científica para a prática do profissional de saúde. J. Pediatr. 2004; 80(supl 5):117-8.

12. Saches MTC. Manejo clínico das funções orais na amamentação. J. Pediatr. 2004; 80(supl 5):155-62.

13. Bueno LGS, Keiko MT. Aconselhamento em amamentação e sua prática. J. Pediatr. 2004; 80(supl 5):126-30.

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15. Ramos CV, Almeida JAG. O aleitamento materno: como é vivenciado por mulheres assistidas em uma unidade de saúde de referência na atenção materno infantil em Teresina, Piauí. Rev. Bras. Saúde Matern. 2003; 3(3):315-21.

16. Lamounier JÁ, Leão Ennio. Uma estratégia para aumentar a prática da amamentação. J. Pediatr. 1998; 74(5):355-6.

 

 

Endereço para correspondência:
Dr. Rosa de Fátima da Silva Vieira Marques
Universidade do Estado do Pará,
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Rua Perebebuí no 2623 Marco
Belém, PA - Brasil
Telefone: (91) 3277-2288
E-mail:alvimar@amazon.com.br

 

 

*Trabalho realizado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.