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Informe Epidemiológico do Sus

versão impressa ISSN 0104-1673

Inf. Epidemiol. Sus v.6 n.3 Brasília set. 1997

 

http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16731997000300001

EDITORIAL

 

Este número do IESUS reproduz para as unidades de serviços de saúde em todo o país parte das propostas contidas no "II Plano Diretor de Epidemiologia da ABRASCO: Período 1995-1999", em cuja elaboração participaram segmentos da comunidade acadêmica e de serviços. Tal documento revela sua atualidade no presente momento, ao serem discutidos os novos rumos para a implementação do Sistema Único de Saúde. Ao reproduzir-se a parte do documento relativa à inserção da epidemiologia nos serviços de saúde, pretende-se retomar as discussões sobre a aplicação das recomendações nele contidas.

O momento atual é o de integração das áreas onde se desenvolvem as ações de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância ambiental. O fortalecimento de todo o setor de saúde pública depende, em grande parte, da articulação entre essas três áreas, visando a normatização e a promoção de ações integradas em todo o território nacional. Para tanto, faz-se necessário o aperfeiçoamento do instrumental de cada um dos sistemas, constituído pelas respectivas bases de dados informatizadas. O INFORME traz, neste número, a síntese de algumas das iniciativas nesse sentido, especificamente voltadas aos dados de importância epidemiológica: o trabalho apresentado no Seminário sobre Mortalidade Infantil no Nordeste do Brasil, em Recife, de 24 a 26 de setembro de 1996; o relatório final da Oficina de Trabalho realizada em Goiânia, de 11 a 16 de agosto de 1997, coordenada pelo Centro Nacional de Epidemiologia sobre a Normatização dos Bancos de Dados Gerenciados pelo CENEPI; o relatório final da Oficina de Trabalho realizada em Águas de Lindóia/São Paulo, de 25 a 26 de agosto de 1997, coordenada pela ABRASCO, sobre Compatibilização das Bases de Dados em Saúde e o relatório final da Oficina de Trabalho realizada em Brasília/DF, de 17 a 18 de setembro de 1997, sob condução do Ministério da Saúde e da OPAS, para implantação da Rede Integrada de Informações para a Saúde (RIPSA).

Apresenta-se a seguir o trabalho desenvolvido sob demanda da Coordenação de Apoio ao Desenvolvimento da Epidemiologia (COADE/CENEPI), sobre o Diagnóstico Macrorregional das Endemias Prevalentes nas Regiões Norte e Nordeste do País. Tal trabalho teve como ponto de partida a demanda por critérios "de serviço" para o programa de capacitação em pesquisa operacional do convênio da FNS com o CNPq, visto que apenas os critérios acadêmicos seriam insuficientes para uma adequada seleção dos candidatos. Estes, por condições estabelecidas no Convênio, deveriam ter atuação nas regiões Norte e Nordeste (área de abrangência dos projetos), sobre endemias prevalentes no quadro regional. Na definição dos critérios relevantes sob o ponto de vista dos serviços de saúde foram selecionados quatro tópicos: a importância epidemiológica do quadro nosológico com o qual o candidato iria trabalhar, as condições de trabalho em termos de descentralização dos serviços (municipalização) e em termos da informatização dos dados epidemiológicos e, finalmente, as perspectivas para os serviços de controle das endemias, em função de avanços tecnológicos na área de prevenção e terapêutica. Para a configuração do critério por doença, todas as coordenações e gerências técnicas nacionais da FNS foram visitadas, e foi estudado o modus operandi de cada uma delas, o que resultou no relatório aqui apresentado. A importância desse trabalho deve-se, primeiramente, ao seu ineditismo: durante muito tempo, devido à concepção "campanhista" em saúde, as ações de normatização e controle foram se desenvolvendo de forma fragmentada em áreas de atenção a doenças ou agravos. Embora cada uma dessas áreas tivesse a sua visão sobre a realidade geográfica, não havia ainda sido produzida uma análise macrorregional, que permitisse uma visão georreferenciada nessa amplitude. Em segundo lugar, o trabalho oferece um rico painel dos problemas que representam verdadeiros desafios para a melhoria dos serviços de saúde voltados às necessidades da população.