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Informe Epidemiológico do Sus

versão impressa ISSN 0104-1673

Inf. Epidemiol. Sus v.10  supl.1 Brasília  2001

http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732001000500005 

 

Aspectos da capacidade vetorial de Aedes aegypti na transmissão de dengue no Distrito Federal no ano de 2001

 

 

Monique Britto KnoxI; Cristiane de OliveiraI; Maria do Socorro Laurentino de CarvalhoI; Nicolas DegallierII

IDiretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal-DIVAL
IIInstituto de Pesquisa para o Desenvolvimento [Institut de Recherche pour le Développement] - IRD

Correspondência para

 

 


 

 

Delineamento do Problema

O vetor da dengue, Aedes aegypti, foi identificado pela primeira vez no Distrito Federal, em 1986, com casos alóctones da doença a partir de 1991. Em 1997, os primeiros casos autóctones ocorreram e isolou-se o vírus dengue 1 no Distrito Federal. No segundo semestre de 2000, notificaram-se 13 casos de dengue autóctones na Estrutural (Guará). O estudo de aspectos da capacidade vetorial do Aedes aegypti poderia explicar questões da transmissão do agente no Distrito Federal.

 

Metodologia

Nas regiões administrativas do Guará, Samambaia e Plano Piloto, o trabalho realizou-se de fevereiro até junho de 2001 no horário de 8 às 12 horas, com três servidores para o levantamento de dados, assim como para a captura de mosquitos em repouso por 15 minutos com distribuição de ovitrampas no peri e intradomicílio. Foram levantados dados, tais como número de residentes na casa e pessoas com dengue e data do início dos sintomas. Após o período de uma semana, retornava-se para coleta de isca humana durante uma hora e retirada das ovitrampas. Os mosquitos capturados foram triados, identificados e as fêmeas dissecadas, com envio do tórax e abdômen para a Virologia do LACEN. As palhetas positivas das ovitrampas foram acompanhadas da eclosão de ovos até a fase adulta.

 

Resultados

Pesquisaram-se 363 residências na localidade da Estrutural, corrrespondendo a uma área de 34,8ha, cerca de 30% da área total ocupada pela invasão no Guará. Cada residência apresentou uma média de quatro pessoas, com uma taxa de infectados por dengue de 14,8%. A taxa de captura horária de Aedes aegypti foi igual a 0,15 fêmeo/homem/hora. A densidade de mosquitos adultos fêmeos por casas trabalhada foi de cerca de 0,38. O número de mosquitos fêmeos coletado foi maior no mês de março. Quanto à idade fisiológica, constatamos uma maior prevalência na técnica de repouso (60%) do que em isca humana (40%), provavelmente pela captura no período matutino, em que a taxa de paridade foi maior nas fêmeas coletadas em repouso (71,2%). A densidade de ovos amostrados nas ovitrampas foi de 41,6%, acrescido pela presença constante de depósitos potenciais com água em 95% das casas pesquisadas.

 

Conclusões

Aspectos da capacidade vetorial do dengue na Estrutural indicam que a transmissão está sendo feita provavelmente no intradomicílio, constituída de uma população de mosquitos mais velha e menos agressiva. A densidade relativamente alta dos ovos nas ovitrampas indica que continua o nível de infestação, ainda que o controle químico seja contínuo, conjugado pela manutenção de depósitos potenciais pela população.

 

 

Correspondência para:
Monique Britto Knox
SQS-206 - Bloco G - Apto 302
Asa Sul - Brasília - DF
CEP: 70.252-070
E-mail: monique5@uol.com.br