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Informe Epidemiológico do Sus

versão impressa ISSN 0104-1673

Inf. Epidemiol. Sus v.10  supl.1 Brasília  2001

http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732001000500013 

 

Estudo comparativo da eficácia das técnicas de ultrabaixo volume e termonebulização no controle de aedes aegypti *

 

 

Heloísa Helena Garcia da SilvaI; Ionizete Garcia da SilvaI; Sócrates Siqueira de SouzaII; Viviany Pires GuimarãesIII; Carmeci Natalina EliasII; Jamilton de Freitas PimentaIII

IDepartamento de Microbiologia, Imunologia, Parasitologia e Patologia - IPTSP/UFG
IISuperintendência de Ações Básicas de Saúde - SESGO
IIIPós-graduação em Medicina Tropical - IPTSP/GO

Correspondência para

 

 


 

 

Delineamento do Problema

As ações de combate ao Aedes aegypti baseiam-se fundamentalmente na aplicação de produtos químicos, tanto na fase larvar quanto na fase adulta. Já é evidente, porém, que o uso exacerbado e indiscriminado destes levou à seleção natural de insetos e, conseqüentemente, ao aparecimento de gerações resistentes e à crescente poluição ambiental. Tornou-se necessária a busca de novas metodologias de aplicação e/ou modificações nas já existentes. Por essa razão, realizou-se estudo comparativo entre as técnicas de ultrabaixo volume (UBV) e termonebulização (FOG), correlacionadas às variáveis existentes nos locais de aplicação, visando à definição de uma delas para uso no combate ao Aedes aegypti.

 

Metodologia

Realizaram-se 12 testes simultâneos com a cipermetrina, na dose aproximada de 3g/ha, aplicada em UBV e FOG. Para cada metodologia, as variáveis avaliadas, relacionadas ao mosquito, foram: sexo (macho, fêmea) e dieta (alimentado e jejum). Usaram-se quatro gaiolas, uma para cada variável, que foram colocadas em um cabide, pendurado em ponto centralizado do cômodo e outro cabide no quintal. Os mosquitos ficaram expostos ao inseticida durante uma hora, na áreateste. Posteriormente, foram levados ao laboratório e transferidos para gaiolas de repouso, onde ficaram sob observação por 24 horas. Utilizaram-se 100 mosquitos como controle para cada teste, colocados a aproximadamente 2km da área-teste. A análise de variância e o teste de Tukey foram usados, ao nível de significância de 5%, para comparação da mortalidade entre as técnicas e as barreiras.

 

Resultados

Verificou-se que a mortalidade do Aedes aegypti pela técnica de UBV, no intradomicílio, foi 82, 74 e 86%, respectivamente, para casas com barreiras artificial, natural e sem barreiras; na mesma seqüência, a mortalidade para o peridomicílio foi de 95, 93 e 99%. Com a técnica de FOG, a mortalidade observada no intradomicílio foi de 19%, aproximadamente, para todos tipos de barreiras. No peridomicílio, na mesma seqüência das barreiras, a mortalidade foi de 39, 27 e 96%. A mortalidade final para UBV e FOG foi de 87 e 37%, respectivamente. Constatou-se que sexo e estado nutricional dos mosquitos interferiram no índice de mortalidade do mosquito. A mortalidade dos machos foi significativamente maior do que a das fêmeas, sendo os insetos alimentados, em ambos os sexos, significativamente mais tolerantes do que aqueles em jejum (p<0,05).

 

Conclusões

A avaliação da cipermetina aplicada em UBV e FOG, analisada pelas variáveis - barreiras naturais (plantas), artificiais (muros, paredes e similares) - apontou a UBV como a metodologia mais adequada para uso nas cidades, nas quais essas barreiras predominam. Eficácia das Técnicas de Ultrabaixo Volume e Termonebulização

 

 

Correspondência para:
Heloísa Helena Garcia da Silva
Departamento de Microbiologia, Imunobiologia e Patologia
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública. Universidade Federal de Goiás
Caixa Postal, 131
Goiânia - GO
CEP: 74.001-970
E-mail: ionizete@iptsp.ufg.br

 

 

*Apoio financeiro: Organização Pan-Americana da Saúde-OPAS/Programa de Erradicação do Aedes aegypti-PEAa