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Informe Epidemiológico do Sus

Print version ISSN 0104-1673

Inf. Epidemiol. Sus vol.11 no.4 Brasília Dec. 2002

http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732002000400001 

EDITORIAL

 

A trajetoria do informe epidemiologico do SUS

 

 

Jarbas Barbosa da Silva Junior

Editor Geral - IESUS

 

 

O Informe Epidemiológico do SUS (IESUS) foi criado em 1992 após a constituição do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI). O número 1, de junho de 1992, trazia na sua apresentação que o IESUS era “o resultado inicial de um esforço do CENEPI em organizar e divulgar de forma mais ampla algumas informações epidemiológicas acumuladas de forma compartimentalizada em vários órgãos do Ministério da Saúde”. A periodicidade era mensal e visava implementar uma das atribuições do CENEPI, a de “conformar, organizar e difundir a informação epidemiológica para todos os níveis do SUS”.

Com este contexto e com a missão estabelecida, o IESUS publicava séries de dados das doenças e agravos de notificação, e ainda os dados de internações hospitalares dos setores públicos e conveniados do SUS, estes últimos, divulgados até 1996; ainda fazia a difusão de artigos que, em geral, analisavam os dados de alguma situação epidemiológica relevante para o país, como por exemplo, a ocorrência de cólera no Brasil, publicada no primeiro número. Nesse primeiro período, o IESUS assumia um caráter híbrido, entre um boletim de divulgação de dados epidemiológicos e uma revista de difusão de artigos.

Ao longo de sua trajetória, e da trajetória do CENEPI e do SUS, a publicação passou por algumas transformações, tanto de conteúdo quanto de projeto gráfico. Passaram a freqüentar, cada vez mais assiduamente, as páginas do IESUS, os artigos de caráter científico, uns encaminhados espontaneamente por profissionais que viam no Informe uma oportunidade de divulgar conhecimentos para a grande clientela dos serviços e alguns outros solicitados pelo CENEPI a especialistas que, com sua experiência profissional, muito contribuíram para enriquecer a publicação. Já em 1997, a linha editorial passou a priorizar a publicação desses artigos. No final desse ano, o IESUS foi indexado nas bases – LILACS – Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde e na ADSaúde – base bibliográfica da Universidade de São Paulo.

Em 1998, o Corpo Editorial passou a ser constituído por um grupo de profissionais de excelência nas áreas de Epidemiologia e Saúde Pública e teve seu corpo de relatores oficialmente constituído, a partir de convite a vários profissionais das diversas áreas do conhecimento, que passaram a integrar o Corpo de Consultores do CENEPI. Também em 1998, a mala direta passou por um processo de reestruturação, com a incorporação de instituições e pessoas físicas e atualização de cadastros. Hoje, o Informe está atingindo todos os municípios brasileiros, com uma tiragem ampliada para 25.000 exemplares, constituindo-se na revista científica de maior circulação no país.

Para consolidar ainda mais seu caráter científico e aperfeiçoar a disseminação de informações epidemiológicas para os serviços de saúde, em 1999, foram introduzidas várias transformações:

a) O IESUS adotou um novo projeto gráfico, em tamanho A4, cuja capa utilizava o símbolo do SUS como ele-mento visual, associando a publicação ao desenvolvimento da epidemiologia dentro do sistema de saúde;

b) Adotou-se também a formatação típica de publicação científica, voltada para divulgar análises, estudos e dados técnicos e científicos, destinados prioritariamente aos profissionais de saúde, cumprindo um dos objetivos do Centro Nacional de Epidemiologia – CENEPI/FUNASA, de difusão do conhecimento epidemiológico;

c) As tabelas com os dados das Doenças de Notificação Compulsória passaram a ser divulgadas, exclusivamente, pelo Boletim Epidemiológico, que também estava disponível via Internet;

d) O Informe passou a trabalhar com artigos originais nas seguintes linhas temáticas: avaliação de situação de saúde; estudos etiológicos; avaliação epidemiológica de serviços, programas e tecnologias e avaliação da vigilância epidemiológica; artigos de revisão sobre temas relevantes para a saúde pública; e ainda relatórios de reuniões ou oficinas de trabalho; comentários; notas; e artigos reproduzidos; e

e) Passou-se a adotar as normas de Vancouver para as Referências Bibliográficas, que foram traduzidas e reproduzidas no volume 8, número 2 de 1999, de forma a orientar os leitores do IESUS de forma direcionada ao novo padrão científico da revista. As normas de Vancouver passaram a ser o marco orientador também para a condução ética editorial da publicação e para a condução de processos administrativos.

Essas modificações fizeram parte do processo de aprimoramento do Informe Epidemiológico do SUS e da melhor defi-nição do papel de cada uma das publicações do CENEPI.

Atendendo à necessidade de aprimoramento contínuo da publicação, o Informe Epidemiológico do SUS passará, a partir do seu primeiro número de 2003, por uma profunda mudança, a começar pelo título da revista que será modificado para representar melhor a principal missão da revista: a divulgação da epidemiologia aplicada nos serviços de saúde e a divulgação do conhecimento epidemiológico para os profissionais que atuam no SUS. Essa mudança atende também à competência do gestor federal na área de epidemiologia, que é o desenvolvimento da epidemiologia nos serviços de saúde do SUS. Além de mudanças gráficas; haverá a incorporação de novos conteúdos para fortalecer o papel da publicação.

Assim, este número marca a etapa final da trajetória do IESUS. Confiamos que a publicação cumpriu a sua finalidade e consolidou-se como um instrumento de divulgação da epidemiologia no SUS. A continuidade da publicação, por meio de novo formato e com os novos desafios, visa atender ao permanente processo de fortalecimento da epidemiologia de serviços e do próprio SUS.