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Epidemiologia e Serviços de Saúde

versão impressa ISSN 1679-4974versão On-line ISSN 2237-9622

Epidemiol. Serv. Saúde v.20 n.1 Brasília mar. 2011

http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000100014 

RESUMO

 

Prêmio Rede de Formação de Recursos Humanos em vigilância em Saúde

 

Avaliação da frequência de hábitos e comportamentos de risco na população que auto-referiu hipertensão arterial na pesquisa de "Prevalência de fatores de risco das doenças crônicas não transmissíveis no Distrito Federal"

 

 

Édisa Brito LopesI; Maria Martha Jogaib Vieira CaetanoII; Simony Pereira Afonso Ferreira LeiteI; Marina Kiyomi ItoIII - orientadora

ISecretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília-DF, Brasil
IISecretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-RJ, Brasil
IIIFaculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília-DF, Brasil

 

 

OBJETIVO: analisar o perfil epidemiológico dos indivíduos que referiram hipertensão arterial (HAS) neste inquérito.
METODOLOGIA: estudo epidemiológico transversal realizado no ano de 2007. Foram selecionados indivíduos de 18 anos ou mais mediante um procedimento de amostragem aleatória ponderada de conglomerados e multi-estágio representativo do DF. Grávidas e adultos incapazes de responder de forma independente ao questionário foram excluídos do estudo. O questionário apresentou perguntas sobre situação socioedemográfica, de estado de saúde e de comportamento. Peso corporal, altura e circunferência abdominal foram aferidos durante a aplicação do questionário. Realizaram-se duas aferições independentes das pressões sistólica e diastólica, no meio e ao final da entrevista, e análise de glicemia em jejum. Os dados foram codificados e inseridos no banco de dados do programa Epi Info versão 6.0 onde suas frequências brutas foram analisadas. No presente estudo foi realizado um recorte na base de dados do projeto VIVA SAÚDE DF para os indivíduos que referiram HAS. Os indivíduos que referiram HAS foram classificados em hipertensos controlados e não controlados com base na segunda medida de pressão arterial realizada.
RESULTADOS: dos 2.518 indivíduos que participaram e tiveram a pressão arterial aferida na pesquisa 27,8% referiram HAS. Entre os indivíduos hipertensos, as maiores proporções foram observadas nas íaixas etárias de 60 e mais anos, 38,8%. Entre os que referiram HAS e que tiveram os níveis pressóricos aferidos no momento da entrevista, 37,6% apresentaram níveis pressóricos controlados. Em 65,0% dos indivíduos obesos a pressão arterial estava elevada no momento da entrevista. Não houve associação entre obesidade e descontrole da pressão arterial (OR=1,33; IC95%: 0,96-1,84; p=0,08). Diabetes foi referido por 17,5% dos hipertensos. A análise da glicemia revelou que 45,7% estavam com valores glicêmicos acima de 100mg/dL e em 31,7% observou-se alteração simultânea da pressão arterial e da glicemia em jejum. A razão de chances dos indivíduos com glicemia alterada ter também níveis pressóricos não controlados foi 1,5 vezes maior em relação aos indivíduos com glicemia controlada (OR=1,55; IC95%: 1,08-2,21; p=0,01). 77,6% fazem uso regular de medicamentos, dos quais 62,7% apresentaram níveis pressóricos não controlados no momento da entrevista. A adoção da atividade física foi relatada por 5,6% dos hipertensos com PA controlada e 2,7% dos não controlados. Esta prática apresentou associação limítrofe com o controle da HAS (OR=0,46; IC95%: 0,19-1,09; p=0,05). O hábito de adicionar sal no prato e o hábito de fumar não apresentaram associação com o controle da pressão arterial.
CONCLUSÃO: Os resultados apontam que a prevalência de hipertensão na população adulta do Distrito Federal é semelhante à média nacional e que, como encontrado em outros estudos, o seu controle não é efetivo, mesmo entre aqueles que fazem uso de tratamento medicamentoso, associado ou não às demais formas de controle desta doença. Fica evidenciada a necessidade de realizar outros estudos para se conhecer melhor a estrutura e funcionamento dos serviços de saúde e identificar as fragilidades do sistema no diagnóstico, tratamento e acompanhamento da HAS.