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Epidemiologia e Serviços de Saúde

versión impresa ISSN 1679-4974versión On-line ISSN 2237-9622

Epidemiol. Serv. Saúde v.20 n.1 Brasília mar. 2011

http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000100016 

RESUMO

 

Prêmio Rede de Formação de Recursos Humanos em vigilância em Saúde

 

Transmissão vertical: um estudo epidemiológico da infecção pelo HIV/aids e sífilis congênita no Estado do Ceará de 2001 a 2007

 

 

Lucinadja Gomes SilvaI; Jane Cris de Lima CunhaII - orientadora

IDepartamento de Atenção Básica, Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília-DF, Brasil
IIUniversidade Estadual do Ceará, Fortaleza-CE, Brasil

 

 

OBJETIVO: avaliar as características epidemiológicas da infecção pela sífilis congênita e HIV/Aids transmitida verticalmente, identificando os aspectos sociais, assistenciais e epidemiológicos envolvidos com a sua transmissão das doenças no período de 2001 a 2007.
METODOLOGIA: foi realizado um estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. Os dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), nos anos de 2001 a 2007. A população de estudo foi composta de casos de sífilis congênita em crianças menores de um ano e de Aids em menores de cinco anos, residentes no Estado do Ceará, ambos da categoria transmissão vertical. As variáveis de interesse específicas para cada caso foram selecionadas, relacionadas com os aspectos sociais, assistenciais e epidemiológicos envolvidos com a transmissão destas doenças. A morbidade hospitalar foii calculada a partir da proporção do número de internações das infecções em estudo, em relação ao total de internações por doenças infecciosas e parasitárias. Foi verificado o custo despendido (R$) para cada tipo de internação. Estas informações foram obtidas com base no programa Tabnet/Datasus/SIH. Para análise utilizou-se estatística descritiva, sob a forma de tabela, quadros, mapas e gráficos de valores absolutos e relativos.
RESULTADOS: em relação à transmissão materno-infantil da sífilis, observou-se um aumento da incidência de casos, que passou de 0,25/1.000NV (2001) para 3,36/1.000NV (2007). Constatou-se que 58% das mães não haviam concluído o ensino fundamental e que apenas 73% haviam realizado pré-natal; 46% tiveram diagnóstico de sífilis na gravidez e 58% dos parceiros não foram tratados para infecção. Observou-se que algumas variáveis contidas na ficha de notificação/investigação de casos apresentavam percentuais significativos como ignorado/branco, comprometendo a análise dos dados. Foram analisados 74 casos de Aids em crianças menores de cinco anos de idade, específicos da transmissão vertical. Nestes casos não foi possível mensurar variáveis relacionadas com a transmissão vertical, devido à diferença de campos existentes nas fichas de notificação/investigação, não permitindo a comparação dos dados coletados do SinanW com o Sinan-NET. No que se refere à morbidade hospitalar, dentre as doenças infecciosas e parasitárias, a sífilis representou 1,70% das internações, enquanto que a Aids, 0,10%. As hospitalizações oneraram em cerca de 500 mil reais a saúde pública no Estado.
CONCLUSÃO: as ações de vigilância epidemiológica desenvolvidas ao longo dos últimos anos foram insuficientes para atingir a redução dos casos, bem como a qualidade das informações. Outros fatores como capacitação de técnicos da vigilância e profissionais da atenção em saúde, ampliação da oferta de exames laboratoriais e serviços de referência e o aumento da cobertura de equipes de saúde da família, entre outros, contribuíram para o aumento da captação e notificação/investigação dos casos.