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Epidemiologia e Serviços de Saúde

versión impresa ISSN 1679-4974versión On-line ISSN 2237-9622

Epidemiol. Serv. Saúde vol.31 no.1 Brasília  2022  Epub 29-Mar-2022

http://dx.doi.org/10.1590/s1679-49742022000100023 

Nota de pesquisa

Prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados, álcool, tabaco e doenças crônicas não transmissíveis em Rio Branco, Acre, 2019: análise comparativa de dois inquéritos epidemiológicos

Prevalencia de consumo de alimentos ultraprocesados, alcohol, tabaco y enfermedades crónicas no transmisibles en Rio Branco, Acre, Brasil, 2019: análisis comparativo de dos encuestas epidemiológicas

Yara de Moura Magalhães Lima (orcid: 0000-0002-5615-0839)1  *  , Fernanda Andrade Martins (orcid: 0000-0001-5699-4567)2  , Alanderson Alves Ramalho (orcid: 0000-0002-7503-1376)1 

1Universidade Federal do Acre, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Rio Branco, AC, Brasil

2Universidade Federal do Acre, Centro de Ciências da Saúde e do Desporto, Rio Branco, AC, Brasil

Resumo

Objetivo

Descrever, comparativamente, as prevalências de doenças crônicas não transmissíveis, consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e tabaco, estimadas pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em Rio Branco, Acre, Brasil.

Métodos

Estudo transversal, sobre dados sociodemográficos, de saúde e estilo de vida de inquéritos realizados em 2019. Foram descritas as prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%), e calculadas as diferenças percentuais.

Resultados

Dos 3.037 indivíduos avaliados, observaram-se prevalências similares com diferença para pessoas de raça/cor da pele parda, entre Vigitel (60,3%; IC95% 56,2;64,3) e PNS (70,8%; IC95% 67,4;73,9). Na estratificação por sexo, diferenças percentuais entre os inquéritos foram observadas para obesidade (masculino= 6,5%; feminino= 0,4%), tabagismo (masculino= 4,0%; feminino= -1,5%) e consumo abusivo de álcool (masculino= 6,9%; feminino= -2,5%), embora com IC95% sobrepostos.

Conclusão

As estimativas avaliadas em ambos os inquéritos foram similares.

Palavras-chave: Inquéritos Populacionais; Estudos Transversais; Monitoramento Epidemiológico; Doença Crônica; Prevalência

Resumen

Objetivo

Comparar la prevalencia de enfermedades crónicas no transmisibles, consumo de alimentos ultraprocesados, alcohol y tabaco, según el Sistema de Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección de Enfermedades Crónicas por Encuesta Telefónica (Vigitel) y por la Encuesta Nacional de Salud (PNS), en Rio Branco, Acre.

Métodos

Estudio transversal, utilizando variables sociodemográficas, salud y estilo de vida de encuestas de 2019. Se describieron prevalencias e intervalos de confianza al 95% (IC95%) y se calcularon diferencias porcentuales.

Resultados

En los 3.037 individuos evaluados, hubo similitud en la prevalencia, con diferencia en raza/color de piel parda en Vigitel (60,3%; IC95% 56,2;64.3) y en PNS (70,8%; IC95% 67,4;73,9). En la estratificación por sexo, se observaron diferencias porcentuales entre las encuestas para obesidad (hombres= 6,5%; mujeres= 0,4%), tabaquismo (hombres= 4,0%; mujeres= -1,5%) y abuso de alcohol (hombres= 6,9%; mujeres= -2,5%), pero con IC95% superpuesto.

Conclusión

Las encuestas arrojaron estimaciones similares.

Palabras clave: Fármacos Inductores del Sueño; Sueño; Salud Mental; Violencia contra la Mujer; Factores Socioeconómicos; Estudio Observacional

Contribuições do estudo

Principais resultados

Comparando-se Vigitel e Pesquisa Nacional de Saúde, em Rio Branco, foram identificadas prevalências similares do consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e tabaco, e de doenças crônicas não transmissíveis.

Implicações para os serviços

Na indisponibilidade de pesquisas presenciais em regiões afastadas e com baixa cobertura de telefonia fixa, como Rio Branco, inquéritos telefônicos podem ser úteis no monitoramento de ações, melhorias no manejo de casos e gestão dos serviços.

Perspectivas

O desenvolvimento de novas pesquisas, que comparem regiões de baixa cobertura de telefonia fixa com aquelas de ampla cobertura, pode auxiliar na elucidação da validade das medidas de monitoramento das doenças crônicas por inquérito telefônico.

Introdução

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são um importante problema de saúde pública no mundo. No Brasil, além de comprometer a qualidade de vida de importante parcela da população e de contribuir para a sobrecarga dos serviços de saúde, as DCNTs estiveram associadas a, aproximadamente, 70% dos óbitos ocorridos em 2016. Inquéritos populacionais, como o do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), auxiliam no monitoramento das DCNTs nos municípios brasileiros, apesar de apresentarem diferenças metodológicas relevantes.1-3

A PNS foi um inquérito de base populacional, com coleta presencial de dados, enquanto o Vigitel realizou-se por contato telefônico e, portanto, implicou menor custo e menor complexidade operacional.

No município de Rio Branco, capital do Acre - uma das capitais brasileiras com menores cobertura de telefonia fixa -, existem preocupações quanto à representatividade dos dados do Vigitel e possíveis vieses decorrentes dessa limitação. Entretanto, a avaliação comparativa das bases de dados de ambos os inquéritos pode contribuir para a melhor compreensão dos problemas metodológicos desses estudos no contexto do município.4

O objetivo deste estudo foi comparar as prevalências de DCNTs, consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e tabaco, estimadas pelo Vigitel e pela PNS em Rio Branco, Acre, Brasil.

Métodos

Estudo transversal com dados secundários coletados no Vigitel e na PNS, no ano de 2019, disponibilizados pelo Ministério da Saúde de forma aberta e integral, nos respectivos sítios eletrônicos.5,6 As duas bases de dados foram acessadas em 4 de maio de 2021.

Rio Branco situa-se na região Norte do Brasil e é o principal centro financeiro, corporativo, político e cultural do estado do Acre, apresentando alto índice de desenvolvimento humano (IDH= 0,727), conforme o último Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, em 2010.7,8 No ano de 2020, Rio Branco tinha uma população de 413.418 habitantes,2 46,2% da população total do estado no período, e ocupava uma área territorial de 8.835,154 km2. Em 2019, 91,8% da população do município residia na zona urbana e, conforme o Censo Demográfico de 2010, a taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade era de 95,1%.7,9 Com relação aos indicadores de saúde, a taxa de mortalidade infantil foi de 11,1 óbitos por 1 mil nascidos vivos em 2019. Em 2020, Rio Branco dispunha de 837 estabelecimentos de saúde, e destes, 232 faziam parte do Sistema Único de Saúde (SUS).7,10

O Vigitel consiste de um inquérito telefônico, realizado em duas etapas: primeiramente, (i) o sorteio sistemático das linhas telefônicas locais, e logo, (ii) a identificação das linhas sorteadas quanto a sua elegibilidade. Não foram elegíveis linhas telefônicas de empresas, inativas ou que não atenderam à ligação realizada. Dessa forma, obteve-se uma amostra probabilística da população adulta (≥18 anos) domiciliada nas capitais brasileiras. Em relação à PNS, trata-se de um inquérito domiciliar, realizado em três estágios: (ii) o sorteio dos setores censitários [unidades primárias de amostragem (UPAs)], (ii) dos domicílios (unidades secundárias) e (iii) de um morador na idade de 15 anos ou mais (unidades terciárias). Mais informações quanto ao método da PNS estão disponíveis em outra publicação.2

Para este estudo, foram elegíveis os entrevistados com idade igual ou superior a 18 anos. Foram excluídos menores de 18 anos, gestantes e mulheres que não sabiam se estavam gestantes. Adicionalmente, foram excluídos os participantes das duas bases (Vigitel e PNS) que não apresentavam registros completos.

As variáveis sociodemográficas analisadas foram sexo (feminino; masculino), faixa etária (em anos: 18 a 24; 25 a 39; 40 a 59; 60 ou mais), raça/cor da pele (branca; preta; amarela; parda; indígena) e escolaridade (em anos de estudo: 0 a 8; 9 a 11; 12 e mais). As variáveis relativas ao estado de saúde foram autorreferidas, com base em diagnóstico anterior, confirmado por médico, de diabetes mellitus (não; sim), hipertensão arterial (não; sim), excesso de peso (não; sim) e obesidade (não; sim). As variáveis de estilo de vida foram tabagismo (não; sim), consumo abusivo de álcool (não; sim), consumo de alimentos ultraprocessados (não; sim) e de refrigerantes (não; sim) (Quadro 1).

Quadro 1 Variáveis da Pesquisa Nacional de Saúde e do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico, 2019 

Variáveis Questões
Vigitel/2019a PNS/2019b Comparação
Sociodemográficas
Sexo Sexo Sexo Perguntas semelhantes
1 ( ) Masculino / 2 ( ) Feminino 1 ( ) Masculino/ 2 ( ) Feminino
Idade Qual sua idade? (só aceita ≥18 anos e <150) ____ anos. Idade (calculada pela data de nascimento). Perguntas semelhantes
A variável foi recodificada conforme idade em anos. A variável foi recodificada conforme idade em anos.
Raça/cor da pele A sua cor ou raça é? Cor ou raça? Perguntas semelhantes
1 ( ) Branca 2 ( ) Preta 1 ( ) Branca 2 ( ) Preta
3 ( ) Amarela 4 ( ) Parda 3 ( ) Amarela 4 ( ) Parda
5 ( ) Indígena 5 ( ) Indígena
Escolaridade do entrevistado(a) A escolaridade considerando as questões: Qual é o curso que frequenta? No banco de dados do Vigitel, já consta o indicador de escolaridade, com as seguintes categorias, em anos de estudo: 0 a 8; 9 a 11; 12 e mais. Para a construção desse indicador na PNS, foram utilizadas as questões apresentadas e, a partir delas, criada uma variável ‘anos de estudo’, em que foi possível categorizá-la para escolaridade compatível com o Vigitel.
Até que série e grau o(a) Sr.(a) estudou? Qual é o ano/semestre/série que ____ frequenta?
1 ( ) Curso primário Qual foi o curso mais elevado que frequentou?
2 ( ) Admissão A duração desse curso que ____ frequentou anteriormente era de?
3 ( ) Curso ginasial ou ginásio Qual foi o último ano/semestre/série que ____ concluiu, com aprovação, nesse curso que frequentou?
4 ( ) 1º grau ou fundamental ou supletivo de 1º grau
5 ( ) 2º grau ou colégial ou técnico ou normal ou científico ou ensino médio ou supletivo de 2º grau
6 ( ) 3º grau ou curso superior
7 ( ) Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado)
8 ( ) Nunca estudou
Qual a última série (ano) que o Sr.(a) completou?
1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )
5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ou +
Atualmente, o(a) Sr.(a) está frequentando algum curso/escola ou leva alguém para algum curso/escola?
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Saúde
Diabetes mellitus Algum médico já lhe disse que o(a) Sr.(a) tem diabetes? Algum médico já lhe deu o diagnóstico de diabetes mellitus? Perguntas semelhantes
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Hipertensão arterial Algum médico já lhe disse que o(a) Sr.(a) tem pressão alta? Algum médico já lhe deu o diagnóstico de hipertensão arterial (pressão alta)? Perguntas semelhantes
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Excesso de peso e obesidade O(a) Sr.(a) sabe seu peso (mesmo que seja um valor aproximado)? (só aceita ≥30 kg e <300 kg) ____ kg Altura, primeira medida: ____ cm; altura, segunda medida: ____ cm; No banco de dados do Vigitel, já consta um indicador de excesso de peso, sendo considerados como IMC >25kg/m2 e obesidade
O(a) Sr.(a) sabe sua altura? (só aceita ≥1,20 m e <2,20 m) ____ m ____ cm Peso, primeira medida: ____ kg; peso, segunda medida: ____ kg; >30kg/m2.
Estilo de vida
Tabagismo Atualmente, o(a) Sr.(a) fuma? Atualmente, o(a) Sr(a) fuma algum produto do tabaco? Perguntas semelhantes
1 ( ) Sim, diariamente 1 ( ) Sim, diariamente
2 ( ) Sim, mas não diariamente 2 ( ) Sim, menos que diariamente
3 ( ) Não 3 ( ) Não fumo atualmente
Consumo abusivo de álcool Para mulheres: nos últimos 30 dias, a Sra. chegou a consumir quatro ou mais doses de bebida alcoólica em uma única ocasião? (quatro doses de bebida alcoólica seriam quatro latas de cerveja, quatro taças de vinho ou quatro doses de cachaça, whisky ou qualquer outra bebida alcoólica destilada) (só para mulheres) Nos últimos 30 dias, o(a) Sr(a) chegou a consumir cinco ou mais doses de bebidas alcoólica em uma única ocasião? (uma dose de bebida alcoólica equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho, uma dose de cachaça, whisky ou qualquer outra bebida alcoólica destilada) A PNS considera cinco ou mais doses para ambos os sexos.
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Para homens: nos últimos 30 dias, o Sr. chegou a consumir cinco ou mais doses de bebida alcoólica em uma única ocasião? (cinco doses de bebida alcoólica seriam cinco latas de cerveja, cinco taças de vinho ou cinco doses de cachaça, whisky ou qualquer outra bebida alcoólica destilada)
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Consumo de alimentos ultraprocessados Agora vou listar alguns alimentos industrializados e gostaria que o(a) Sr.(a) me dissesse se comeu algum deles ontem (desde quando acordou até quando foi dormir) Agora vamos conversar sobre sua alimentação. Vou fazer algumas perguntas sobre alimentos industrializados que você consumiu ontem. Com base nas questões apresentadas, foi construído um indicador de ‘consumo de cinco ou mais alimentos ultraprocessados no dia anterior’.
a. Refrigerante Ontem, o(a) Sr.(a) tomou ou comeu:
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não a. Refrigerante
b. Suco de fruta em caixa, caixinha ou lata 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não b. Suco de fruta em caixinha ou lata ou refresco em pó?
c. Refresco em pó 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não c. Bebida achocolatada ou iogurte com sabor?
d. Bebida achocolatada 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não d. Salgadinho de pacote ou biscoito/bolacha salgado?
e. Iogurte com sabor 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não e. Biscoito/bolacha doce ou recheado ou bolo de pacote?
f. Salgadinho de pacote (ou chips) ou biscoito/bolacha salgado 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não f. Sorvete, chocolate, gelatina, flan ou outra sobremesa industrializada?
g. Biscoito/bolacha doce, biscoito recheado ou bolinho de pacote 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não g. Salsicha, linguiça, mortadela ou presunto?
h. Chocolate, sorvete, gelatina, flan ou outra sobremesa industrializada 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não h. Pão de forma, de cachorro--quente ou de hambúrguer?
i. Salsicha, linguiça, mortadela ou presunto
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
j. Pão de forma, de cachorro--quente ou de hambúrguer i. Margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados?
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
k. Maionese, ketchup ou mostarda j. Macarrão instantâneo, sopa de pacote, lasanha congelada ou outro prato congelado comprado pronto industrializado?
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não 1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
l. Margarina
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
m. Macarrão instantâneo, sopa de pacote, lasanha congelada ou outro prato pronto comprado congelado
1 ( ) Sim / 2 ( ) Não
Ingestão de refrigerantes Em quantos dias da semana o(a) Sr.(a) costuma tomar refrigerante ou suco artificial? Em quantos dias da semana o(a) Sr.(a) costuma tomar refrigerante? ____ Dias; 0. Nunca ou menos de uma vez por semana. O Vigitel levou em consideração o consumo de refrigerantes e refrescos. A PNS levou em consideração apenas o consumo de refrigerantes. Em ambos os bancos, foi criado um indicador considerando-se como regular o consumo em cinco ou mais dias na semana
1 ( ) 1 a 2 dias por semana
2 ( ) 3 a 4 dias por semana
3 ( ) 5 a 6 dias por semana
4 ( ) Todos os dias (inclusive sábado e domingo)
5 ( ) Quase nunca
6 ( ) Nunca

a) Vigitel: Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico; b) PNS: Pesquisa Nacional de Saúde.

Os dados foram analisados utilizando-se um programa estatístico para amostragem complexa, o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), em sua versão 26.0. Foram estimadas as prevalências das características sociodemográficas, de saúde e estilo de vida, e os intervalos de confiança de 95% (IC95%) totais e estratificados por sexo. As prevalências do Vigitel foram ponderadas (método rake) por estimativas de sexo, idade e escolaridade da população, projetadas para o município de Rio Branco no ano de 2019, objetivando padronizar a distribuição da população entrevistada com a estimada pelo Censo Demográfico.3 Já as estimativas da PNS foram ponderadas pelo peso do domicílio, ajustes das perdas por não resposta, por sexo e distribuição da população total por sexo e idade. Foram calculadas as diferenças em pontos percentuais, considerando-se as proporções de cada uma das amostras, Vigitel e PNS, sendo essa diferença observada pela não sobreposição dos IC95%.1,11,12

Os dados secundários utilizados neste artigo são de uso e acesso público, disponibilizados pelo Ministério da Saúde de forma irrestrita e sem identificações nominais, dispensando-se a necessidade de submissão à apreciação e aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa, para a realização do estudo.

RESULTADOS

Do total de 4.262 indivíduos elegíveis (2.829 do Vigitel e 1.433 da PNS), foram incluídos neste estudo os 3.037 com idade maior ou igual a 18 anos que haviam completado a entrevista (1.812 do Vigitel e 1.225 da PNS). Desses, 52,4% (IC95% 48,3;56,5) e 53,3% (IC95% 48,9;57,7) eram do sexo feminino, respectivamente no Vigitel e na PNS, tendo-se observado uma diferença de prevalências de -0,9% com os IC95% sobrepostos (Tabela 1).

Tabela 1 Prevalências de doenças crônicas não transmissíveis e consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e fumo na população adulta (n=3.037), segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico, Rio Branco, Acre, 2019 

Variáveis Vigitela PNSb Diferença em pontos percentuais
n=1.812 n=1.225
% IC95%c % IC95%c
Sexo
Masculino 47,6 43,5;51,7 46,7 42,3;51,1
Feminino 52,4 48,3;56,5 53,3 48,9;57,7 -0,9d
Idade (em anos)
18-24 17,9 15,3;20,9 18,1 14,8;21,8 -0,2d
25-39 38,1 33,9;42,6 31,3 28,4;34,4 6,8d
40-59 31,6 28,2;35,2 35,0 31,8;38,4 -3,4d
≥60 12,4 10,9;14,0 15,6 13,2;18,2 -3,2d
Raça/cor da pele
Branca 25,9 22,5;29,6 20,5 17,8;23,6 5,4d
Preta 6,7 4,5;9,8 7,6 6,0;9,5 -0,9d
Amarela 0,3 0,2;0,8 0,3 0,1;0,9 0,0d
Parda 60,3 56,2;64,3 70,8 67,4;73,9 -10,5
Indígena 0,8 0,4;1,6 0,8 0,4;1,6 0,0d
Escolaridade (em anos de estudo)
0-8 31,0 26,8;35,6 28,5 23,9;33,6 2,5d
9-11 38,2 34,5;42,0 38,8 33,3;43,0 0,6d
≥12 30,8 27,7;34,1 33,4 29,6;37,5 -2,6d
Diabetes mellitus
Não 95,1 93,6;96,1 93,9 92,4;95,1
Sim 4,9 3,9;6,3 6,1 4,9;7,6 -1,2d
Hipertensão arterial
Não 81,5 78,8;83,9 79,5 76,6;82,1
Sim 18,5 16,1;21,2 20,5 17,9;23,4 -2,0d
Excesso de peso
Não 43,4 39,4;47,5 41,8 38,4;45,3
Sim 56,6 52,5;60,6 58,2 54,7;61,6 -1,6d
Obesidade
Não 76,7 73,0;80,0 79,9 76,6;82,8
Sim 23,3 20,0;27,0 20,1 17,2;23,4 3,2d
Tabagismo
Não 88,1 84,0;91,2 89,3 86,6;91,5
Sim 11,9 8,8;16,0 10,7 8,5;13,4 1,2d
Consumo abusivo de álcool
Não 82,3 78,3;85,8 84,4 81,7;86,8
Sim 17,7 14,2;21,7 15,6 13,2;18,2 2,1d
Consumo de cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no dia anterior à entrevista
Não 85,3 82,4;87,8 87,1 84,3;89,5
Sim 14,7 12,2;17,6 12,9 10,5;15,7 1,8d
Consumo regular de refrigerantes em cinco ou mais dias na semana
Não 87,8 84,5;90,4 89,0 86,6;91,0
Sim 12,2 9,6;15,5 11,0 9,0;13,4 1,2d

a) Vigitel: Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico; b) PNS: Pesquisa Nacional de Saúde; c) IC95%: intervalo de confiança de 95%; d) Sobreposição do IC95% entre Vigitel e PNS.

Encontrou-se diferença entre os inquéritos quanto às prevalências de raça/cor da pele. A prevalência de pessoas de raça/cor parda foi menor no Vigitel (60,3%; IC95% 56,2;64,3), comparada à encontrada pela PNS (70,8%; IC95% 67,4;73,9). Não houve diferença entre prevalências estimadas pelos inquéritos em relação às demais variáveis sociodemográficas, de saúde e estilo de vida, não se tendo observado sobreposições dos valores dos IC95%.

Ao se estratificar as variáveis por sexo, não foram observadas diferenças de prevalência entre o Vigitel e a PNS em nenhuma das variáveis investigadas (Tabela 2). Mesmo havendo sobreposição de IC95%, a diferença da prevalência de obesidade entre os dois inquéritos foi de 3,2%, tendo-se observado prevalência de 6,5%, no sexo masculino, e de 0,4% no feminino.

Tabela 2 Prevalências de doenças crônicas não transmissíveis e consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e fumo, estratificadas por sexo da população adulta (n=3.037), segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico, Rio Branco, Acre, 2019 

Variáveis Masculino Feminino
Vigitela N=631 PNSb N=538 Diferença em pontos percentuais Vigitela N=1.181 PNSb N=687 Diferença em pontos percentuais
% (IC95% c) % (IC95% c) % (IC95% c) % (IC95% c)
Diabetes mellitus
Não 95,9 (93,8;97,1) 93,5 (90,3;95,6) 94,3 (92,3;95,8) 94,2 (92,3;95,7)
Sim 4,1 (2,8;6,1) 6,5 (4,4;9,7) -2,4d 5,7 (4,2;7,7) 5,8 (4,3;7,7) -0,1d
Hipertensão arterial
Não 85,1 (80,9;88,3) 82,6 (78,8;85,8) 78,3 (74,7;81,5) 76,8 (72,7;80,4)
Sim 14,9 (11,6;19,0) 17,4 (14,2;21,2) -2,5d 21,7 (18,5;25,3) 23,2(19,6;27,3) -1,5d
Excesso de peso
Não 42,0 (35,3;49,1) 40,5 (34,6;46,7) 44,6 (40,1;49,2) 43,0 (38,6;47,4)
Sim 58,0 (50,9;64,7) 59,5 (53,3;65,4) -1,5d 55,4 (50,8;59,9) 57,0 (52,6;61,4) -1,6d
Obesidade
Não 76,7 (70,6;81,9) 83,2 (79,0;86,7) 76,6 (72,1;80,7) 77,0 (72,4;81,0)
Sim 23,3 (18,1;29,4) 16,8 (13,3;21,0) 6,5d 23,4 (19,3;27,9) 23,0 (19,0;27,6) 0,4d
Tabagismo
Não 82,9 (74,9;88,7) 86,9 (81,3;91,1) 92,8 (90,2;94,8) 91,3 (88,8;93,3)
Sim 17,1 (11,3;25,1) 13,1 (8,9;18,7) 4,0d 7,2 (5,2;9,8) 8,7 (6,7;11,2) -1,5d
Consumo abusivo de álcool
Não 71,4 (64,0;77,7) 78,3 (73,8;82,3) 92,3 (89,7;94,3) 89,8 (86,7;92,2)
Sim 28,6 (22,3;36,0) 21,7 (17,7;26,2) 6,9d 7,7 (5,7;10,3) 10,2 (7,8;13,3) -2,5d
Consumo de cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no dia anterior à entrevista
Não 83,3 (78,2;87,4) 83,3 (78,7;87,1) 87,2 (83,8;89,9) 90,4 (87,8;92,5)
Sim 16,7 (12,6;21,8) 16,7 (12,9;21,3) 0,0d 12,8 (10,1;16,2) 9,6 (7,5;12,2) 3,2d
Consumo regular de refrigerantes em cinco ou mais dias na semana
Não 85,8 (80,0;90,1) 84,3 (79,8;87,8) 89,6 (85,8;92,4) 93,2 (90,6;95,1)
Sim 14,2 (9,9;20,0) 15,7 (12,2;20,2) -1,5d 10,4 (7,6;14,2) 6,8 (4,9;9,4) 3,6d

a) Vigitel: Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico; b) PNS: Pesquisa Nacional de Saúde; c) IC95%: intervalo de confiança de 95%; d) Sobreposição do IC95% entre Vigitel e PNS.

As diferenças nas prevalências de tabagismo e consumo abusivo de álcool, entre os inquéritos Vigitel e PNS, foram de 4,0% e 6,9% respectivamente, no sexo masculino, e de -1,5% e -2,5% no sexo feminino.

Discussão

A análise dos dados do Vigitel e da PNS de 2019 demonstrou que as prevalências relativas às DCNTs, do consumo de alimentos ultraprocessados, do consumo abusivo de álcool e de tabagismo foram semelhantes, com sobreposição dos IC95% das variáveis analisadas. Apenas a comparação das prevalências do indicador raça/cor da pele mostrou diferença entre participantes de raça/cor parda, entre ambos os inquéritos, possivelmente relacionada a dificuldades de autopercepção e autodeclaração dessa característica.13

A sobreposição dos intervalos de confiança para as prevalências de excesso de peso e obesidade sugerem não haver diferenças na comparação entre os dois inquéritos, e corrobora estudos que sugerem peso e altura autorreferidos como medidas válidas para determinar o estado nutricional.14,15

No presente estudo, não foram observadas diferenças entre as prevalências de tabagismo e consumo abusivo de álcool. Entretanto, outras investigações sugerem que, por se tratar de uma pesquisa sem contato visual, entrevistados por telefone podem se sentir mais à vontade para responder a questões sensíveis, como o consumo de drogas lícitas.16,17

As semelhanças identificadas na prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados e refrigerantes, entre ambos os inquéritos, e na prevalência da maior parte das variáveis avaliadas neste estudo, são similares às de outro estudo que analisou dados dos inquéritos Vigitel e PNS de 2013,12 quando foram comparadas as variáveis relativas a saúde e estilo de vida nas capitais brasileiras.

O presente estudo possui algumas limitações, no que se refere ao método adotado por cada um dos inquéritos, motivo pelo qual as comparações realizadas estão sujeitas a possíveis vieses de informação e seleção. Pode haver viés de seleção no que concerne aos dados do Vigitel, considerando-se a necessidade de cobertura de telefone fixo. Ainda, deve-se ressaltar a possibilidade de viés de informação devido à forma de coleta dos dados do Vigitel, via chamada telefônica, em comparação à forma de coleta da PNS. Contudo, foram utilizados métodos de ponderação e as diferenças das informações nos inquéritos apresentaram sobreposição dos IC95%, podendo-se inferir que os resultados do inquérito telefônico foram semelhantes aos do inquérito presencial. Estes achados reforçam evidências de outros estudos, que não observaram diferenças estatísticas na comparação de parâmetros estimados, a partir de inquéritos telefônicos e presenciais, de doenças crônicas como hipertensão e diabetes mellitus, e variáveis sociodemográficas, como sexo, idade (em anos) e escolaridade.18,19

As estimativas da prevalência de DCNTs, do consumo de alimentos ultraprocessados, do consumo abusivo de álcool e de tabagismo em Rio Branco, no ano de 2019, sobrepuseram-se nos inquéritos do Vigitel e da PNS, sugerindo que, mesmo para regiões mais distantes dos grandes centros e com baixa cobertura de telefonia fixa, caso do município de Rio Branco, os inquéritos telefônicos podem ser uma alternativa mais econômica, quando comparados aos inquéritos presenciais.

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Recebido: 21 de Julho de 2021; Aceito: 07 de Janeiro de 2022

Correspondência: Yara de Moura Magalhães Lima ymagalhaes9@gmail.com.

Editora associada

Thaynã Ramos Flores.

Contribuição dos autores

Lima YMM contribuiu na concepção do estudo, interpretação dos dados, redação do artigo e revisão crítica relevante de seu conteúdo intelectual. Martins FA contribuiu na interpretação dos dados e revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. Ramalho AA contribuiu na concepção, análise, interpretação dos dados e revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. Todos os autores são responsáveis por todos os aspectos do trabalho e garantem a exatidão e integridade de qualquer parte da obra.

Conflitos de interesse

Os autores declararam não haver conflitos de interesse.

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