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Epidemiologia e Serviços de Saúde

Print version ISSN 1679-4974On-line version ISSN 2237-9622

Epidemiol. Serv. Saúde vol.32 no.2 Brasília  2023  Epub June 04, 2023

http://dx.doi.org/10.1590/s2237-96222023000200010 

NOTA DE PESQUISA

Distribuição dos casos de tuberculose no Paraná: um estudo ecológico, 2018-2021

Lucas Vinícius de Lima (orcid: 0000-0002-9582-9641)1  , Gabriel Pavinati (orcid: 0000-0002-0289-8219)1  , Andressa Aya Ohta (orcid: 0000-0003-4165-867X)1  , Nelly Lopes de Moraes Gil (orcid: 0000-0002-4790-8396)2  , Débora Regina de Oliveira Moura (orcid: 0000-0002-9091-7941)1  , Gabriela Tavares Magnabosco (orcid: 0000-0003-3318-6748)1 

1Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Maringá, PR, Brasil

2Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Enfermagem, Maringá, PR, Brasil

RESUMO

Objetivo:

analisar a distribuição dos casos de tuberculose no Paraná, Brasil, entre 2018 e 2021.

Métodos:

estudo ecológico, sobre dados secundários oriundos de notificações compulsórias; descrição das taxas de detecção por 100 mil habitantes segundo regiões de saúde do estado; cálculo das variações percentuais entre 2018-2019 e 2020-2021.

Resultados:

foram registrados 7.099 casos, observando-se maiores taxas nas regionais de Paranaguá (52,4/100 mil em 2018-2019; 38,2/100 mil em 2020-2021) e Foz do Iguaçu (34,4/100 mil em 2018-2019; 20,5/100 mil em 2020-2021), e menores em Irati (6,3/100 mil em 2018-2019; 8,8/100 mil em 2020-2021) e Francisco Beltrão (8,5/100 mil em 2018-2019; 7,6/100 mil em 2020-2021); em 2020-2021, houve queda nas variações percentuais dessas taxas em 18 regionais e aumento em quatro, destacando-se, respectivamente, Foz do Iguaçu (-40,5%) e Cianorte (+53,6%).

Conclusão:

foram observadas taxas elevadas nas regionais do litoral e da tríplice fronteira; houve declínio das taxas de detecção no período pandêmico.

Palavras-chave: Tuberculose Pulmonar; Epidemiologia; Saúde Pública; Análise Espacial; Estudos Ecológicos

Contribuições do estudo
Principais resultados Entre os biênios 2020-2021 e 2018-2019, houve queda da detecção da tuberculose em 18 das 22 regionais de saúde do Paraná. Os casos se concentraram nas macrorregiões Norte e Noroeste e nas regionais da fronteira e do litoral do estado.
Implicações para os serviços Tal cenário ameaça o cumprimento das metas nacionais para o fim da tuberculose como problema de saúde pública, tornando necessárias estratégias futuras de controle visando prevenir, diagnosticar precocemente e tratar eficazmente a condição.
Perspectivas Os resultados podem subsidiar o direcionamento de ações efetivas para o controle da tuberculose em regiões de saúde de maior ocorrência, além de evidenciar a necessidade de fortalecer a vigilância e a assistência à saúde em contextos de crise.

INTRODUÇÃO

A tuberculose (TB) é um dos principais problemas de saúde pública e causa de mortes por doenças infeciosas, no mundo.1 Até o advento da pandemia da covid-19 em 2020, quando foram revertidos progressos históricos de controle e enfrentamento de diversas condições de saúde, a TB era a principal causa de mortalidade por um único agente infeccioso, superando a síndrome da imunodeficiência adquirida, (ou aids, como é popularmente conhecida a doença, da sigla em inglês para adquired immunodeficiency syndrome).1)-(3

Em 2019, 7,1 milhões de pessoas foram diagnosticadas com TB no mundo, seguindo-se um declínio dos casos da doença para aproximadamente 5,8 milhões em 2020, número aquém dos 10 milhões esperados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).1 O Brasil e mais 15 países responderam por cerca de 93% dessa queda;4 em 2021, foram notificados no país pouco mais de 68 mil casos, 2,7% deles no estado do Paraná.4

A End TB Strategy, programa lançado pela OMS em 2015, estabeleceu metas ambiciosas para a redução da incidência da infecção em 90% e da mortalidade em 95%, até o final do ano de 2035.5 No Brasil, a saúde pública pactuou recomendações formalizadas pelo Brasil Livre da Tuberculose: Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, programa de ações em saúde lançado no ano de 2017 e revisado em 2021.6

Embora tenham-se alcançado resultados exitosos no caminho pelo fim da TB, o declínio na notificação dos casos observado ainda é insuficiente para atingir as metas nacionais e globais.3) Isso requer mais esforços no sentido de aprimorar a capacidade dos sistemas de vigilância, alcançar os objetivos pactuados e, finalmente, a sustentabilidade no controle da TB.2),(3

Tais esforços (ou sobre-esforços) devem considerar a complexidade de fatores determinantes da infecção, incluindo recursos de saúde disponíveis, nível de escolaridade, renda e ocupação laboral, densidade populacional, condições climáticas e de vida dos brasileiros. O direcionamento de intervenções em saúde e o controle da TB em particular dependem sobretudo da avaliação das populações em seu contexto espacial.7),(8 Nesse sentido, as dimensões continentais do Brasil e a existência de desigualdades regionais implicam a possibilidade de dessemelhanças nos níveis de transmissão da TB, apontando para a importância de estudos com diferentes recortes territoriais.

Este estudo teve por objetivo analisar a distribuição dos casos de TB no estado do Paraná, Sul do Brasil, no período de 2018 a 2021.

MÉTODOS

Estudo ecológico sobre as regiões de saúde do Paraná, desenvolvido com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)/Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acessados em 17 de maio de 2022 pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). A pesquisa se ancora no REporting of studies Conducted using Observational Routinely-Collected Health Data (RECORD).9

As 27 Unidades da Federação (UFs) brasileira encontram-se distribuídas em cinco grandes regiões nacionais: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O Paraná, segundo estimativas do IBGE para 2021, é o estado mais populoso da região Sul, com 11.597.484 habitantes; divide-se em quatro macrorregionais e 22 regionais de saúde pelas quais, mediante essa organização administrativo-sanitária descentralizada, são implantados programas, ações e serviços de saúde voltados à população.10),(11

A população estudada constituiu-se dos casos novos de TB pulmonar notificados no Sinan, levantada entre as categorias “caso novo”, “não sabe” e “pós-óbito” diagnosticadas no período de 2018 a 2021. O recorte do público-alvo teve como marco histórico o Brasil Livre da Tuberculose:6 foram contemplados os registros após a implementação do programa, em 2018, e os registros mais recentes disponíveis no Sinan, na data de acesso dos autores ao banco do sistema.

Foram analisadas as variáveis “ano de diagnóstico” e “região de saúde” de notificação. Os dados foram exportados para o software Microsoft Excel 2016® e as frequências absolutas e relativas estimadas. Realizou-se o cálculo das taxas de detecção (tx) ano a ano, a partir da razão do número de casos sobre a população estimada, para o mesmo período e região de saúde, e o resultado multiplicado por 100 mil habitantes.

Sobre as taxas calculadas, procedeu-se à construção de mapas coropléticos com o uso do software QGIS® em sua versão 3.26.3, tendo como base o shapefile com os limites das regiões, acessado no site do Portal Brasileiro de Dados Abertos. A distribuição espacial deu-se pelas quebras naturais, em que foram atribuídas cores definidas em uma escala de tons de cinza: os tons mais escuros corresponderam às maiores taxas, e os mais claros, às menores.

Outrossim, os dados referentes às taxas foram agrupados em biênios. Com base na média aritmética dos anos inscritos nos períodos 2018-2019 e 2020-2021, estimou-se a variação percentual (VP) entre ambos os períodos. Esse cálculo consistiu da subtração entre as taxas do último biênio e do primeiro biênio, seguida pela divisão do valor obtido pelo primeiro biênio, e o resultado multiplicado por 100.

Por se tratar de um estudo que utilizou dados de domínio público, agregados e sem identificação dos participantes, seu projeto foi dispensado de apreciação por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Entretanto, foram cumpridas as normas e diretrizes recomendadas pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 466, de 12 de dezembro de 2012.

RESULTADOS

Entre 2018 e 2021, foram registrados 7.099 novos casos de TB pulmonar no estado do Paraná, distribuídos no período da seguinte forma: 1.883 (26,5%; 16,6/100 mil hab.) em 2018; 1.915 (27,0%; 16,7/100 mil hab.) em 2019; 1.777 (25,0%; 15,4/100 mil hab.) em 2020; e 1.524 (21,5%; 13,1/100 mil hab.) em 2021 (dados não apresentados em tabela ou figura).

Quanto à distribuição espacial, foram observadas maiores taxas de detecção, principalmente, nas macrorregiões Noroeste e Norte do estado. Cumpre pontuar que as regionais de Paranaguá e Foz do Iguaçu apresentaram as maiores taxas para todos os anos analisados, enquanto os menores valores foram encontrados em Irati e Francisco Beltrão (Figura 1).

Sobre a variação percentual das taxas de detecção de TB, notou-se queda em todas as macrorregionais, maior para a Oeste (-22,8%). As regionais também apresentaram variação, havendo queda em 18, com destaque para Foz do Iguaçu (-40,5%), Apucarana (-32,3%), União da Vitória (-29,9%) e Paranaguá (-27,2%), e aumento em quatro, observando-se em Cianorte (+53,6%) o mais expressivo (Tabela 1).

Figura 1 Distribuição espacial das taxas de detecção da tuberculose pulmonar (por 100 mil hab.) segundo regiões de saúde, Paraná, 2018 (A), 2019 (B), 2020 (C) e 2021 (D) 

Tabela 1 Taxas médias de detecção da tuberculose pulmonar (por 100 mil hab.) e variação percentual, segundo macrorregiões e regiões de saúde, Paraná, 2018-2019 e 2020-2021 

Macrorregiões e regiões 2018-2019a 2020-2021a Variação percentual
Leste 16,0 13,9 -12,9
1ª Paranaguá 52,4 38,2 -27,2
2ª Metropolitana 14,4 12,2 -15,2
3ª Ponta Grossa 16,1 20,0 +23,8
4ª Irati 6,3 8,8 +39,2
5ª Guarapuava 9,8 7,8 -20,5
6ª União da Vitória 11,6 8,1 -29,9
21ª Telêmaco Borba 16,5 13,1 -20,5
Oeste 16,6 12,8 -22,8
7ª Pato Branco 7,5 7,6 +1,5
8ª Francisco Beltrão 8,5 7,6 -10,6
9ª Foz do Iguaçu 34,4 20,5 -40,5
10ª Cascavel 15,9 13,7 -14,2
20ª Toledo 12,7 12,0 -5,6
Noroeste 16,1 14,4 -10,1
11ª Campo Mourão 20,6 16,5 -20,0
12ª Umuarama 21,7 17,3 -20,4
13ª Cianorte 7,8 12,0 +53,6
14ª Paranavaí 18,0 17,7 -1,7
15ª Maringá 13,3 12,1 -8,8
Norte 19,3 16,6 -13,6
16ª Apucarana 16,0 10,8 -32,3
17ª Londrina 21,1 19,1 -9,4
18ª Cornélio Procópio 20,9 17,4 -16,6
19ª Jacarezinho 18,7 17,4 -6,8
22ª Ivaiporã 13,9 12,2 -12,0
Paraná 16,7 14,3 -14,3

a) Média aritmética entre os anos.

DISCUSSÃO

A distribuição dos casos de TB demonstrou, entre os anos analisados, maior concentração nas macrorregiões Norte e Noroeste do Paraná, além de altas taxas nas regionais de Paranaguá e Foz do Iguaçu, e baixas em Irati e Francisco Beltrão. Em 2020-2021, houve queda para praticamente todas as regiões no período pandêmico, destacando-se Foz do Iguaçu.

Sabe-se que a TB é uma doença social de aspectos biológicos, cujas ocorrência e transmissão estão atreladas a desigualdade e determinantes socioeconômicos.8),(12),(13 Essas características relacionam-se aos contextos nos quais os indivíduos se inserem, haja vista a alta incidência percebida em áreas de vulnerabilidade.8),(14

No Paraná, evidenciou-se predomínio de casos nas macrorregiões Norte e Noroeste, próximas aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, bem como nas regiões de fronteira com dois países da América do Sul - Argentina e Paraguai - e nas regiões mais próximas ao litoral do estado.

As regiões de fronteira são consideradas áreas marginalizadas, periféricas e com déficit na integração socioeconômica, impactando diretamente na saúde da sociedade.15 Sob o olhar epidemiológico, cumpre considerar as características comuns a essas regiões, especialmente entre cidades gêmeas, como na regional de saúde de Foz do Iguaçu.16) Portanto, a articulação das ações de vigilância entre os países é primordial, uma vez que, para a transmissão do agravo, não há limite territorial.16 O fluxo transfronteiriço intenso no sentido do Paraná reflete a busca por sistemas de saúde mais qualificados, sobrecarregando os serviços e repercutindo negativamente nos indicadores das regiões de saúde fronteiriças, no estado.17

Ademais, a maior detecção pode estar associada a fatores ecológicos. Territórios com altitudes mais baixas, caso da regional de Paranaguá, e temperaturas elevadas, como nas macrorregiões Norte e Noroeste, referem as maiores taxas de notificação de TB.18 Todavia, não há consenso em torno desse tema.

Os resultados também revelaram queda na detecção da doença. A vigilância constitui ação primordial de saúde pública;19),(20 contudo, reconhece-se que sistemas de vigilância frágeis podem levar à subnotificação da TB.21 É possível que tal fragilidade se acentue no contexto da covid-19. Estudos realizados na Índia e em Serra Leoa evidenciaram, respectivamente, redução de 63,3% e 70,0% nas notificações de TB.22),(23

A centralização das ações e dos serviços de saúde no enfrentamento da pandemia trouxe barreiras para o controle de condições preexistentes.24),(25 Disto, apreende-se que a interrupção de atividades assistenciais gerou impactos significativos na detecção e no manejo da TB.26),(27 Nesse cenário, percebe-se que as conquistas pelo controle da TB foram ameaçadas no cenário pandêmico.

É mister pontuar que a pesquisa apresenta limitações. O uso de dados secundários pode estar condicionado a erros no preenchimento e subnotificação/subdetecção dos casos, especialmente em um contexto agravado pela pandemia. Outra limitação deste trabalho refere-se às taxas de detecção calculadas com base em estimativas populacionais, as quais podem não refletir o real quantitativo da população.

Conclui-se que este estudo evidenciou queda da detecção da TB como possível consequência da sobrecarga assistencial e da vigilância epidemiológica, diante da emergência da covid-19. A análise da distribuição espacial apontou para maior detecção dos casos de TB em determinadas áreas do estado do Paraná, sugerindo relações dessas ocorrências com aspectos ecológicos e socioeconômicos.

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FINANCIAMENTO O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/Ministério da Educação (Capes/MEC) - Código de Financiamento 001 .

Editora associada: Amanda Coutinho de Souza - http://orcid.org/0000-0002-6362-8220

Recebido: 07 de Setembro de 2022; Aceito: 13 de Dezembro de 2022

Correspondência: Lucas Vinícius de Lima | lvl.vinicius@gmail.com

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES

Lima LV contribuiu na concepção e delineamento do estudo, análise e interpretação dos resultados, redação e revisão crítica do conteúdo do manuscrito. Pavinati G, Ohta AA, Gil NLM, Moura DRO e Magnabosco GT contribuíram na análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica do conteúdo do manuscrito. Todos os autores aprovaram a versão final do manuscrito e são responsáveis por todos os aspectos da pesquisa, incluindo a garantia de sua precisão e integridade.

CONFLITOS DE INTERESSE

Os autores declararam não haver conflitos de interesse.

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