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Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais

versão impressa ISSN 1981-8114

Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi Cienc. Nat. v.1 n.3 Belém dez. 2006

 

Distribuição espaço-temporal da comunidade zooplanctônica de uma lagoa costeira artificial na região amazônica, Bragança, Pará, Brasil

 

Space-time distribution of zooplankton community in an Amazonian artificial coastal lagoon in Bragança, Pará, Brazil

 

 

Adriano Augusto Vilhena MartinsI; Rauquírio André Marinho da CostaI; Luci Cajueiro Carneiro PereiraII

IUniversidade Federal do Pará. Campus de Bragança. Instituto de Estudos Costeiros. Laboratório de Plâncton e Cultivo de Microalgas. Bragança, Pará, Brasil. (aavmartins@yahoo.com.br) (raucosta@ufpa.br)
IIUniversidade Federal do Pará. Campus de Bragança. Instituto de Estudos Costeiros. Laboratório de Oceanografia Costeira e Estuarina. Núcleo de Estudos Costeiros. Bragança, Pará, Brasil. (cajueiro@ufpa.br)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

No presente trabalho foram estudadas a composição e a variação espaço-temporal da comunidade zooplanctônica da lagoa Salina, no estuário do rio Caeté, Pará, Brasil. As amostras foram coletadas em três estações distribuídas ao longo da lagoa, através da filtração de 400 l de água, utilizando uma rede cônico-cilindrica de plâncton com abertura de malha de 75 µm. Dados referentes à precipitação pluviométrica também foram registrados. As espécies identificadas foram Criptocyclops brevifurca (Copepoda), Ceriodaphnia comuta, Latonopsis australis (Cladocera) e Brachionus sp. (Rotifera). Brachionus sp. foi a espécie mais abundante e C. brevifurca a mais freqüente. As maiores densidades foram registradas durante o período chuvoso, enquanto o menor número de espécies ocorreu nos meses do período seco. A sazonalidade exerceu um importante papel sobre a estrutura da comunidade zooplanctônica estudada.

Palavras-chave: Zooplâncton. Composição. Abundância. Lagoa Salina.


ABSTRACT

The aim of this study was to report the composition and spatial temporal variation of the zooplanktonic community of the 'lagoa Salina', situated in the Caeté river estuary, Pará, Brazil. Samples were collected in three different stations distributed along the logoon through the filtration of 400 l of water in a conical-cilindric plankton net (mesh size of 75 mm). Precipitation data were also recorded. The following species were found: Criptocyclops brevifurca, Ceriodaphnia cornuta, Latonopsis australis and Brachionus sp. The most abundant species was Brachionus sp. and the species most frequent was C. brevifurca. The highest densities were registered during the rainy season and the lowest number of species was observed in the dry season. The seasonality showed an important role on the zooplankton community structure.

Keywords: Zooplankton. Composition. Abundance. Salina lagoon.


 

 

INTRODUÇÃO

As zonas costeiras são áreas amplas situadas entre ambientes continentais e marinhos que possibilitam a coexistência de diferentes ambientes deposicionais, como planícies de maré, deltas, praias, dunas, estuários, lagoas etc. (SOUZA et al., 2005).

No litoral nordeste do Pará, devido à sua localização geográfica e à forte influência dos processos atmosféricos e hidrodinámicos, é possível registrar particularidades morfológicas que se estendem para a costa do Maranhão, denotando um caráter singular para este setor no contexto costeiro brasileiro (HERZ, 1991).

Com característica transgressiva orientada na direção NW-SE e NE-SW, este setor litorâneo aporta grandes reentráncias (baías e estuários) responsáveis por uma configuração extremamente recortada da linha de costa, sendo por esta característica denominada como 'Litoral de Rias' (COSTA et al., 1991).

A planície costeira Bragantina abrange a faixa costeira do município de Bragança, que se estende da ponta do Maiaú até a foz do rio Caeté, perfazendo cerca de 1.570 km2. Dominada pelo regime de macromarés semi-diurna, esta área constitui um ambiente de alta energia (SOUZA FILHO et al., 2004).

Os manguezais desta região formam um dos ecossistemas mais notáveis, no qual processos oceanográficos e meteorológicos controlam a evolução da paisagem (LACERDA et al., 2001). Entretanto, fatores naturais e atividades humanas têm modificado extensivamente este ambiente costeiro (GLASER, 2003; GLASER; DIELE, 2004; KRAUSE; GLASER, 2003).

Entre os impactos registrados na região, pode ser destacado o desmatamento de 20 km de manguezais para a construção da PA-458. Além do desmatamento, a construção da estrada causou impactos secundários, como a secção dos canais de maré, que passaram a funcionar como barragem, provocando, assim, a formação de uma lagoa artificial, denominada lagoa Salina (SOUZA FILHO, 2000; GOCH et al., 2005).

Situada nas adjacências do estuário do rio Caeté, a lagoa Salina não apresenta conexão direta com outros ambientes aquáticos adjacentes, exceto durante os períodos de marés equinociais de sizígia (alturas superiores a 6 m) (GOCH et al., 2005).

Para conhecer melhor este ambiente costeiro tão peculiar, este estudo teve como objetivo a determinação da composição e distribuição espaço-temporal da comunidade zooplanctônica da lagoa Salina, Bragança, Pará, durante os meses de dezembro de 2002 a dezembro de 2003.

 

METODOLOGIA

Área de estudo

A área central de estudo, conhecida como lagoa Salina (Figura 1), está localizada nas adjacências da rodovia PA-458, que liga a sede de Bragança a ilha de Ajuruteua, nordeste do Pará. A lagoa possui 0,19 km2 de área (GOCH et al., 2005), circunferência de 2,3 km e profundidade que não ultrapassa 1,5 m. Os impactos negativos do alagamento da área sobre a vegetação de mangue local são evidentes, visto que os exemplares de Rhyzophora mangle estão todos mortos, ocorrendo apenas a formação de bosques atípicos de siriúba (Avicennia sp.), denominados bosques anões (GOCH, 2002).

 

 

O clima da região, segundo a classificação climática de Köppen, pode ser caracterizado como muito úmido, megatérmico, com sazonalidade bem definida e duas estações características: chuvosa, entre janeiro e junho, e outra seca, entre julho e dezembro. Este fenômeno deve-se, principalmente, ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical na região (SOUZA FILHO; EL-ROBRINI, 1997).

A temperatura do ar apresenta médias entre 25,2 a 26,7oC e uma amplitude de variação entre 20,4 e 32,8oC. As variações diárias de temperatura podem ser superiores aos 10oC no período seco (SOUZA FILHO; EL-ROBRINI, 1997). A umidade relativa do ar oscila entre 80 e 91% (SANTOS; ALVES; MACHADO, 1992).

As taxas anuais de precipitação oscilam entre 2.500 e 3.000 mm, embora estes valores possam apresentar amplas variações, principalmente quando influenciados por fenômenos atmosféricos de grande escala (MARTORANO, 1993).

As amostras foram coletas, mensalmente, por intermédio da filtração de 400 l de água, através de uma rede cônico-cilíndrica de plâncton com 1 m de comprimento, 30 cm de abertura de boca e abertura de malha de 75 µm. Foram amostradas três estações distintas ao longo da lagoa, de dezembro de 2002 a dezembro de 2003. Após coletadas, as amostras foram acondicionadas em frascos de 1 l, contendo 200 ml de formol a 20%, neutralizado com tetraborato de sódio, resultando em uma concentração final de 4%.

O período estudado foi dividido, segundo o regime pluviométrico, em período seco (julho a dezembro) e período chuvoso (janeiro a junho).

Dados mensais sobre o regime pluviométrico da área de estudo foram obtidos a partir de uma estação meteorológica pertencente ao Projeto Mangrove Dynamics and Management (MADAM), situada no município de Bragança.

No laboratório, as amostras foram analisadas com auxílio de lupa estereoscópica (Leica Zoom 2000) e microscópio binocular (Leica DM LB) e identificadas de acordo com Tregobouff e Rose (1957), Boltovskoy (1981), Montú e Gloeden (1986) e Rocha e Matsumura-Tundisi (1976). As amostras com densidades muito elevadas foram fracionadas com auxílio de um subamostrador Folson, em partes de até 1/256 da amostra original.

Os valores de densidade de indivíduos de cada espécie, em cada amostra, foram transformados em ind.m-3 através da seguinte fórmula:

Os valores de pluviosidade, nos diferentes períodos sazonais, foram testados quanto à normalidade e homogeneidade, empregando-se para tal os testes de Bartlett (SOKAL; ROHLF, 1969) e Lilliefors (CONOVER, 1971), respectivamente. Quando não verificados estes pressupostos, os dados foram transformados (logx +1). Nos casos em que foi possível observar este pressuposto, realizou-se uma análise de variância unifatorial (ANOVA), seguida do teste de significância Post-hoc PLSD de Fisher (p<0,05).

 

RESULTADOS

Os valores máximos e mínimos de precipitação pluviométrica ocorreram nos meses de março (764,24 mm) e outubro (0,25 mm). Os meses que apresentaram as mais elevadas taxas mensais de precipitação estiveram compreendidos entre janeiro e maio, perfazendo um total de 2.843,82 mm. Chuvas moderadas foram registradas em dezembro de 2002, junho e julho de 2003, com taxas mensais de 77,63, 84,47 e 61,11 mm, respectivamente. Entre agosto e dezembro de 2003, as taxas mensais foram inferiores a 5 mm, perfazendo um total de 14,41 mm para este período. A taxa total de precipitação pluviométrica, durante o período de estudo, foi da ordem de 3.081,44 mm (Figura 2).

 

 

Os valores obtidos durante o período chuvoso foram significativamente mais elevados (p=0,0012) que os observados durante o período seco, demonstrando, no que concerne ao regime pluviométrico, uma marcante diferenciação sazonal.

Foram registrados representantes dos filos Rotifera e Arthropoda. Apenas um representante do filo Rotifera (Brachionus sp.) foi identificado. Das espécies de Arthropoda identificadas, duas pertencem à subordem Cladocera (Ceriodaphnia cornuta e Latonopsis australis) e uma à classe Copepoda (Criptocyclops brevifurca). A maioria das espécies observadas são representantes do holoplâncton, exceto a espécie L. australis, essencialmente bentônica. Náuplios não identificados foram registrados em quase todos os meses de coleta (Figura 3).

 

 

Entre as espécies abundantes, destacam-se Brachionus sp., com média anual de 43,4% (sendo abundante no período chuvoso e rara no período seco), seguida da C. brevifurca, com 32,6% (sendo pouco abundante em ambos os períodos). As demais espécies foram consideradas raras (Tabela 1).

 

 

Ao longo do período estudado, os organismos identificados apresentaram, para todas as estações de coleta, um padrão similar de ocorrência. Brachionus sp., C. brevifurca e os náuplios foram muito freqüentes, com C. brevifurca presente em 100% das amostras coletadas, enquanto C. cornuta e L. australis foram apenas freqüentes (Tabela 1).

Brachionus sp. apresentou o maior número de indivíduos principalmente no período chuvoso, seguida de C. brevifurca, náuplios, C. cornuta e L. australis (Figura 3). As maiores densidades observadas para Criptocyclops breviurca ocorreram no período seco, sendo os maiores valores obtidos na estação 3, durante os meses de dezembro de 2002 e dezembro de 2003. Para os cladoceros Ceriodaphnia cornuta e Latonopsis australis, as maiores densidades foram registradas na estação 3, nos meses de junho, julho e agosto, enquanto os náuplios atingiram as maiores densidades durante o período chuvoso, alcançando valores máximos em junho, nesta mesma estação.

O menor número de espécies foi observado no mês de novembro de 2003, com apenas uma espécie registrada (Criptocyclos brevifurca). Durante os meses de fevereiro a junho (período chuvoso) e julho e agosto (início do período seco), foi possível observar a presença de náuplios e das quatro espécies identificadas neste estudo. Todas as espécies identificadas distribuíram-se uniformemente nas estações de coleta ao longo do período amostral (Figura 3).

 

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

As lagoas costeiras são ambientes que podem assumir algumas características de estuários, propriamente dito, como as consideráveis variações temporais de fatores ambientais. Castello (1985), em estudos realizados na lagoa dos Patos, verificou que a existência de uma comunicação constante com o mar e a dinâmica de suas águas confere à parte sul da lagoa o caráter de estuário, com grandes variações dos fatores abióticos. Para a lagoa Salina, devido à ausência de uma conexão direta com o mar ou com o estuário, as principais variações dos fatores abióticos ocorrem em decorrência das diferentes taxas de precipitação e da ocorrência das grandes marés (marés equinociais de sizígias), sendo observadas salinidades que variam de 5 (período chuvoso) a 50 (período seco) (GOCH et al., 2005).

Estudos realizados em outras lagoas indicam que o fator sazonalidade é de extrema importância na distribuição dos fatores físico-químicos, como na lagoa Rio Lagartos, México (VEGA-CENDEJAS; SANTILLANA, 2004); lagoa Nakaumi, Japão (ISHUOBI et al., 2000); lagoa Agua-Brava, México (FLOREZ-VERDUGO et al., 1990); entre outros.

Na lagoa Salina, a sazonalidade também exerce um importante papel sobre a composição e abundância das diferentes espécies planctónicas locais. Apenas Criptociclops brevifurca, Ceriodaphnia cornuta, Latonopsis australis e Brachionus sp. foram identificadas durante o período de estudo. Por outro lado, estas espécies também foram registradas em outras lagoas costeiras do Brasil, como a lagoa dos Patos, complexo da baía de Paranaguá, estuário lagunar de Cananéia e rio Paranapanema (MONTÚ, 1978, 1980, 1987; MONTÚ; GLOEDEN, 1986; CASANOVA; HENRY 2004). Neumann-Leitão, Gusmão e Nascimento-Vieira (1994-1995), estudando o zooplâncton do estuário do rio Formoso, classificou a espécie Brachionus plicatilis como uma espécie rara (abundância relativa) e esporádica (freqüência de ocorrência). Possivelmente, o pequeno número de espécies observado no presente estudo está associado às condições extremas de salinidade observadas durante o ciclo anual na lagoa (GOCH et al., 2005), as quais são decorrentes das condições climáticas e do regime pluviométrico observado na região.

As altas densidades registradas, principalmente durante o período chuvoso, também foram observadas por diferentes pesquisadores em outros locais de coleta.

Casanova e Henry (2004), estudando os copépodos dos lagos adjacentes ao rio Paranapanema, registraram valores de densidade oscilantes entre 4,5 x 104 ind.m-3 (período seco) e 1,5 x 105 ind.m-3 (período chuvoso), que atribuíram as elevadas densidades à redução da salinidade e ao aumento da disponibilidade de alimento.

Na lagoa Salina, estes altos valores indicam a existência de uma comunidade dominada por espécies, inicialmente, estrategistas que se adaptaram às condições extremas da lagoa, dando lugar a uma sucessão ecológica bem definida ao longo dos diferentes períodos sazonais.

Por outro lado, no rio Caeté, Peres (1999) registrou baixas densidades de copépodos que variaram de 0,19 a 1,4 x 103 ind.m-3, fato que corrobora com a não existência de conexão direta deste estuário com a lagoa. Caso esta conexão fosse contínua, poder-se-ia esperar uma maior diversidade e densidade de copépodos na lagoa ao longo do ano. De um modo geral, ambientes dinâmicos, como os estuários e ambientes marinhos, por exemplo, apresentam índices elevados de riqueza e diversidade (NEUMANN-LEITÃO; GUSMÃO; NASCIMENTO-VIEIRA, 1994­199595; GUSMÃO et al, 1997), relacionados, principalmente, à inexistência de barreiras físicas permitindo um fluxo contínuo de espécies ao longo destes ecossistemas.

Em lagoas costeiras, a diversidade de espécies zooplanctônicas é, normalmente, baixa devido à existência de barreiras físicas e às severas condições ambientais. O número de espécies identificadas na lagoa Salina demonstra que poucas espécies podem sobreviver sob as condições ambientais observadas neste estudo, uma vez que, no decorrer do ano, a lagoa possui um comportamento diferente entre ambientes estuarinos e ambientes limnéticos (GOCH et al, 2005). Resultados de baixa diversidade foram registrados em áreas semi-fechadas, nas quais os fatores físico-químicos foram limitantes, como no estuário Solís Grande (GÓMEZ-ERACHE; NORBIS; BASTRERI, 2000) e no sul de Portugal (VILLA et al., 1997). No presente estudo, o pequeno número de espécies identificadas não permitiu os cálculos de riqueza e dos índices de diversidade e equitabilidade, visto que estes valores poderiam repercutir em uma interpretação equivocada da estrutura da comunidade zooplanctônica deste ecossistema.

Durante o período estudado, foi possível observar que a comunidade da lagoa Salina está representada por um reduzido número de espécies, o qual está associado, principalmente, ao limitado contato que tem com o ambiente estuarino adjacente e às condições climáticas e hidrodinámicas locais, que influenciam diretamente o regime de salinidade e restringem o número de espécies capazes de se adaptarem às condições extremas desta lagoa. Estudos de larga duração na lagoa Salina podem contribuir para verificar os efeitos destas variáveis sobre a estrutura da comunidade zooplanctônica e para avaliar a influência de fenômenos atmosféricos de larga escala sobre os ciclos anuais de pluviosidade e, conseqüentemente, sobre a riqueza e diversidade específica local.

 

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de Iniciação Científica (CNPq/MADAM) que possibilitou a realização deste trabalho.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido: 10/03/2005
Aprovado: 18/10/2006