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Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais

versão impressa ISSN 1981-8114

Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi Cienc. Nat. v.5 n.3 Belém dez. 2010

 

Pólen da vegetação de restinga de Algodoal/Maiandeua, Pará, Brasil. III. Polygalaceae e Polygonaceae

 

Pollen of the restinga vegetation of Algodoal/Maiandeua, Pará, Brazil. III. Polygalaceae and Polygonaceae

 

 

Flávia Cristina Araújo LucasI; Léa Maria Medeiros CarreiraII; Ely Simone Cajueiro GurgelIII; Thália do Socorro Serra GamaIV

IUniversidade do Estado do Pará. Departamento de Ciências Naturais. Belém, Pará, Brasil (copaldoc@yahoo.com.br)
IIMuseu Paraense Emílio Goeldi. Coordenação de Botânica. Belém, Pará, Brasil (lea@museu-goeldi.br)
IIIMuseu Paraense Emílio Goeldi. Coordenação de Botânica. Belém, Pará, Brasil (esgurgel@museu-goeldi.br)
IVUniversidade do Estado do Pará. Departamento de Ciências Naturais. Belém, Pará, Brasil (thaliagama@gmail.com)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este trabalho aborda o estudo dos grãos de pólen de Polygalaceae e Polygonaceae na ilha de Algodoal/Maiandeua, representadas, respectivamente, pelas espécies Polygala adenophora DC., Pmontícola Kunth, Pspectabilis DC., P variabilis Kunth, Coccoloba latifolia Lam. e C. ramosissima Wedd. Grãos de pólen retirados de botões florais de exsicatas foram acetolisados, medidos, descritos e fotomicrografados em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Os grãos de pólen de Polygalaceae variam de médios a grandes, de subprolatos a prolatos esferoidais, de 9 (-10) (-13) (-16)-colporados, de superfície psilada a perfurada. Os grãos de pólen de Polygonaceae são pequenos, prolatos, 3-colporados, de superfície microrreticulada. Com objetivo de separar as espécies, com base na ornamentação da exina, uma chave foi elaborada.

Palavras-chave: Morfologia polínica. Ecossistemas costeiros. Dicotiledóneas.


ABSTRACT

This study deals on pollen morphology of Polygalaceae and Polygonaceae in the Agodoal/Maiandeua island (coast of Pará State, Brazil), represented, respectively, by the species Polygala adenophora DC., P montícola Kunth, P spectabilis DC., P variabilis Kunth, Coccoloba latifolia Lam., and C. ramosissima Wedd. Pollen grains from flower buttons, obtained from herbarium specimens, were acetholysed, described, measured, and photomicrographed under optical and scanning electron microscope. In the pollen grains of Polygalaceae, the size varies from medium to large, the shape from subprolate to prolate spheroidal, 9 (-10) (-13) (-16)-colporate, psilated to perforate sexine. Polygonaceae shows pollen grains prolate, tricolporate, and microreticulate sexine. An identification key based on exine ornamentation of the pollen of the studied species is given.

Keywords: Pollen morphology. Coastal ecosystems. Dicotyledonous.


 

 

INTRODUÇÃO

A restinga de Algodoal encontra-se no município de Maracanã, nordeste do estado do Pará. Por apresentar expressiva diversidade vegetacional e beleza natural, é considerada Área de Proteção Ambiental (Lei Estadual no. 5.261/90). Neste ecossistema, ocorrem aproximadamente 270 espécies, dentre monocotiledôneas e dicotiledóneas, referentes a 138 gêneros e 81 famílias (Santos & Rosário, 1988).

Como parte integrante dessa vegetação, Polygalaceae e Polygonaceae despertam grande interesse por apresentarem espécies com potencial medicinal, além de outras que se destacam como importantes componentes fitogeográficos, principalmente por ocorrerem em densas populações (Rizzini, 1978). Na restinga de Algodoal/ Maiandeua, são famílias com pouca representatividade em número de espécies, com ocorrências específicas em determinadas áreas (Bastos, 1988; Rosário et al., 2005).

Em relação aos grãos de pólen de Polygalaceae, vários trabalhos foram realizados enfatizando espécies do gênero Polygala, destacando-se, dentre estes, Erdtman (1952), que descreveu sucintamente os de P. abyssinica R. Br. ex Fresen., P aff cordata, P. latifolia Ker Gawl., P. myrtifolia L. e Paff obcordata e em 1969, ilustrou os grãos de pólen de P. serpyllifolia Hose e P. vulgaris L.; Kapp (1969), que investigou a morfologia polínica de Polygala alba Nutt. e Polygala sp.; Salgado-Labouriau (1973) analisou o pólen das espécies do cerrado; Rivas (1978) destacou Polygalaceae por sua expressiva incidência de tipos distintos de grãos de pólen colpados; Roubik & Moreno (1991) investigaram sucintamente o pólen de P. paniculata L.; Carreira e Barth (2003) estudaram os de P. adenophora DC., P. spectabilis DC. e P. variabilis Kunth que ocorrem na canga.

Sobre os grãos de pólen de Polygonaceae, para o gênero Coccoloba, destacam-se os trabalhos de Roubik & Moreno (1991), que analisaram quatro espécies, e Barth et al. (1992), que descreveram 32 espécies brasileiras, utilizando a microscopia de luz e eletrônica de varredura.

Levando em consideração a baixa representatividade das famílias Polygalaceae e Polygonaceae na restinga de Algodoal/Maiandeua, bem como a importância delas na composição florística desse ecossistema, foi investigada a morfologia polínica de P. adenophora DC., P. montícola Kunth, P. spectabilis DC., P. variabilis Kunth (Polygalaceae), Coccoloba latifolia Lam. e C. ramosissima Wedd. (Polygonaceae), a fim de contribuir para o conhecimento da diversidade vegetal que constitui o ambiente de restinga.

 

MATERIAL E MÉTODOS

ÁREA DE ESTUDO

As ilhas de Algodoal/Maiandeua estão localizadas no litoral paraense, município de Maracanã, nordeste do estado do Pará. A área compreende a 'zona fisiográfica do salgado' entre as coordenadas geográficas 0,5o de latitude sul e 37,5o de longitude oeste (Figura 1). Trata-se da região considerada como a mais representativa do ecossistema de restinga no litoral paraense, congregando diversas formações vegetais (Rosário et al., 2005).

 

 

MATERIAL BOTÂNICO

Do material herborizado proveniente de coletas no local de estudo, foram utilizados botões florais adultos, retirados de exsicatas existentes no herbário do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará (MG). A relação das espécies estudadas foi baseada nos levantamentos feitos por Bastos (1988) e Santos & Rosário (1988) (Tabela 1). Os nomes dos autores das espécies foram revisados de acordo com a fonte Missouri Botanical Garden (MOBOT).

 

 

MÉTODOS

As lâminas de pólen foram preparadas segundo o método de acetólise de Erdtman (1952). Para obtenção das medidas, foi utilizado um microscópio ZEISS, no qual foi adaptada uma ocular com escala micrometrada. As medidas dos eixos polar e equatorial foram feitas em 25 grãos de pólen, utilizando-se a objetiva de 40x. Com estes parâmetros, foram calculados a média, variância, desvio padrão e coeficiente de variação das medidas.

As medidas da exina e dos diâmetros dos lúmens foram feitas em dez grãos de pólen, usando-se a objetiva de 100x e, com essas, calculadas somente a média aritmética. Para as observações em microscópio eletrônico de varredura (MEV), os grãos de pólen, após a acetólise, foram deixados por 24 horas em acetona a 50% e posteriormente desidratados em acetona a 100% durante 30 minutos. Uma gota dessa suspensão de acetona com o pólen foi depositada sobre o suporte do MEV e deixada secar por algumas horas a 37 oC, antes de ser metalizada com ouro. As fotomicrografias em MEV foram obtidas em um microscópio eletrônico de varredura ZEISS, modelo DSM - 940.

Nas descrições polínicas, foram usadas a sequência padronizada de Erdtman (1969) e a nomenclatura baseada em Punt et al. (2007).

Nas descrições e nas legendas das figuras, foram usadas as seguintes abreviaturas: DL - diâmetro do lúmen, E - eixo equatorial, MEV - microscopia eletrônica de varredura, ML - microscopia de luz, NEX - nexina, NPC - número, posição e caráter das aberturas, P - eixo polar, P/E - relação entre as medidas dos eixos polar e equatorial, P/MG - Palinoteca do Museu Paraense Emílio Goeldi, VE - vista equatorial, VP - vista polar.

 

RESULTADOS

DESCRIÇÕES POLÍNICAS

Polygala adenophora DC. (Figura 2)

 

 

Grãos de pólen médios, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma subprolata, 9-colporados, de superfície perfurada. A endoabertura é lalongada. P = 41 ± 2,1 (35,1 - 55,8) µm; E = 37 ± 1,7 (27,5 - 45) µm; P/E = 1,20 µm; NPC = 745. A sexina (2,7 µm) é bem mais espessa que a nexina (0,6 µm).

Polygala monticola Kunth (Figura 3)

 

 

Grãos de pólen médios, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma prolata esferoidal, 13-(16)-colporados, de superfície perfurada. A endoabertura é lalongada. P = 43,5 ± 1,8 (38,5 - 50,5) µm; E = 39 ± 1,5 (31,5 - 47,5) µm; P/E = 1,11 µm; NPC = 745. A sexina (2,5 µm) é bem mais espessa que a nexina (0,6 µm).

Polygala spectabilis DC. (Figura 4)

 

 

Grãos de pólen grandes, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma prolata, 10-colporados, de superfície perfurada tanto em ML como em MEV A endoabertura é lalongada. P = 110 ± 1,2 (95,5 - 122,5) µm; E = 78,5 ± 0,8 (66,5 - 84,5) µm; P/E = 1,42 µm; NPC = 745. A sexina (1 µm) é bem mais espessa que a nexina (0,3 µm).

Polygala variabilis Kunth (Figura 5)

 

 

 

Grãos de pólen grandes, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma prolata esferoidal, 10-colporados, zonorados, de superfície psilada. A endoabertura lalongada não foi evidenciada nesta espécie. P = 48 ± 2,2 (38,7 - 56,7) µm; E = 43 ± 1,8 (33,3 - 49,5) µm; P/E = 1,11 µm; NPC = 745. A sexina (1 µm) é bem mais espessa que a nexina (0,4 µm).

Coccoloba latifolia Lam. (Figura 6)

 

 

 

Grãos de pólen pequenos, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma prolata, 3-colporados, de superfície microrreticulada. A endoabertura é lalongada. P = 29 ± 1,5 (24,3 - 33,3) µm; E = 18 ± 1 (18 - 26,1) µm; P/E = 1,61 µm; NPC = 345. A sexina (1,3 µm) é bem mais espessa que a nexina (0,5 µm). DL = 0,65.

Coccoloba ramosissima Wedd. (Figura 7)

 

 

 

Grãos de pólen pequenos, isopolares, de simetria radial, âmbito circular, forma prolata, 3-colporados, de superfície microrreticulada. A endoabertura é circular. P = 25 ± 0,55 (21,6 - 27,9) µm; E = 17 ± 0,73 (13,5 - 21,6) µm; P/E = 1,47 µm; NPC = 345. A sexina (1 µm) é mais espessa que a nexina (0,4 µm). DL = 0,67.

Chave Polínica

1. Grãos de pólen de médios a grandes; subprolatos a prolatos esferoidais; superfície psilada a
perfurada...........................................................................................................2 (Polygalaceae)
Grãos de pólen pequenos; prolatos; superfície microrreticulada........................................5 (Polygonaceae)
2. Grãos de pólen de superfície psilada .................................................................................Polygala variabilis
Grãos de pólen de superfície perfurada....................................................................................................3
3. 13(-16)- colporados.........................................................................................................Polygala monticola
9- ou 10- colporados...............................................................................................................................4
4. 9-colporados................................................................................................................Polygala adenophora
10-colporados................................................................................................................Polygala spectabilis
5. Com endoabertura circular......................................................................................Coccoloba ramosissima
Com endoabertura alongada...........................................................................................Coccoloba latifolia

 

DISCUSSÃO

Foi constatado que os grãos de pólen das espécies de Polygalaceae investigadas neste trabalho são muito semelhantes entre si. Variaram ligeiramente com relação ao número de cólporos, como os observados em Polygala monticola, e quanto à superfície psilada, presente somente em P. variabilis. O padrão relativamente uniforme na morfologia do pólen de Polygalaceae corrobora os comentários de Salgado-Labouriau (1973), que considera a família como estenopolínica. A despeito de Erdtman (1952) ter estudado outras espécies de Polygala, a descrição de grãos de pólen policolporados coincide com as estudadas nesta pesquisa.

Kapp (1969) examinou o pólen de Polygala alba como 9-colporado, destacando aberturas transversais na região equatorial do pólen. Também fez referências a algumas espécies de Polygala que apresentam 21, 24 e 28 colpos. As espécies aqui analisadas exibiram de nove a 16 cólporos, com endoaberturas lalongadas.

Roubik & Moreno (1991) ilustraram Polygala paniculata e citaram a presença de poros lalongados dispostos de forma contínua na região equatorial dos grãos de pólen.

Carreira & Barth (2003) caracterizaram Polygala adenophora como uma espécie cujos grãos de pólen são 8-colporados, de superfície psilada, e a sexina com espessura semelhante a da nexina. Esses dados discordam dos aqui verificados, uma vez que P. adenophora apresentou 9-cólporos e ornamentação perfurada. Por esta razão, sugere-se tratar de heteromorfismo polínico, já que nos grãos de pólen de P. monticola as aberturas vão de 13 a 16. As análises do pólen são também semelhantes para P. spectabilis e P. variabilis, contudo, as endoaberturas lalongadas em P. spectabilis e P. adenophora não foram citadas pelas referidas autoras.

Os dados aqui verificados apontam nítidas semelhanças morfológicas entre as espécies de Polygonaceae, principalmente quanto ao tamanho, forma e tipo de superfície dos grãos de pólen, com exceção da endoabertura lalongada em Coccoloba latifolia e circular em Coccoloba ramosissima.

Barth et al. (1992), ao estabelecerem tipos polínicos baseados na configuração da superfície da exina em análise LO/OL (luz/obscuridade), classificaram os 44 espécimes investigados do gênero Coccoloba em dois tipos polínicos. C. latifolia e C. ramosissima encontram-se no tipo I, para o qual Barth et al. (1992) definiram os seguintes padrões morfológicos: grãos de pólen microrreticulados e reticulados, âmbito circular, forma de prolata esferoidal a subprolata, 3-colporados, com colpos longos e estreitos, e endoaberturas de circular a lalongada. A sexina é constituída por muros simples baculados. Tais observações, de um modo geral, coincidem com as aqui verificadas.

 

AGRADECIMENTOS

Ao laboratório de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), pela permissão de fazer uso do microscópio eletrônico de varredura e ao Laboratório de Microscopia Eletrônica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e à Dra. O. M. Barth, pelas fotomicrografias obtidas no referido MEV do IOC.

 

REFERÊNCIAS

BARTH, O. M., C. M. RIZZINI & R. SCHEEL, 1992. Pollen Morphology of Brazilian Species of the genus Coccoloba P Brown (Polygonaceae). Hoehnea 19(1/2): 65-74.

BASTOS, M. N. C., 1988. Levantamento florístico em uma restinga arenosa litorânea na Ilha de Maiandeua - Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica 4(1): 159-173.

CARREIRA, L. M. M. & O. M. BARTH, 2003. Atlas de pólen da vegetação de canga da Serra de Carajás, Pará, Brasil: 1-112. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém.

ERDTMAN, G., 1952. Pollen Morphology and Plant Taxonomy Angiosperms: 1-588. Almquist & Wikseel, Stockholm.

ERDTMAN, G., 1969. Handbook of Palynology: 1-486. Hafner Publishing Company, New York.

KAPP, R. O., 1969. Pollen and Spores: 1-249. W. M. C. Brown Company Publishers, Dubuque.

PUNT, W., P. P. HOEN, S. BLACKMORE, S. NILSSON & A. LE THOMAS, 2007. Glossary of pollen and spores terminology. Review of Paleobotany and Palynology 143(1-2): 1-81.

RIVAS, C. S., 1978. Polen y Esporas: introducción a la palinología y vocabulario palinológico: 1-219. H. Blume Ediciones, Madri.

RIZZINI, C. T., 1978. Árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de dendrologia brasileira: 1-296. Edgard Gomide Blücher, São Paulo.

ROSÁRIO, A. S., R. S. SECCO, D. D. AMARAL, J. U. M. SANTOS & M. N. C. BASTOS, 2005. Flórula fanerogâmica das restingas do Estado do Pará. Ilhas de Algodoal e Maiandeua. 2 - Família Myrtaceae R. Br (*). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série ciências Naturais 1(3): 31-48.

ROUBIK, W. D. & M. E. J. MORENO, 1991. Pollen and Spores of Barro colorado Island: 1-270. Missouri Botanical Garden, St. Louis.

SALGADO-LABOURIAU, M. L., 1973. Contribuição à Palinologia dos cerrados: 1-291. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro.

SANTOS, J. U. M. S. & C. S. ROSÁRIO, 1988. Levantamento da vegetação fixadora das dunas de Algodoal – Pará. Boletim Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica 1(4): 133-151.

 

 

Endereço para correspondência:
Museu Paraense Emílio Goeldi
Editor do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais
Av. Magalhães Barata, 376
São Braz – CEP 66040-170
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Fax: 55-91-3249-6373
E-mail: boletim.naturais@museu-goeldi.br

Recebido: 03/09/2009
Aprovado: 16/12/2010
Responsabilidade editorial: Anna Luiza Ilkiu-Borges