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Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Humanas

versión impresa ISSN 1981-8122

Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi Cienc. Hum. v.4 n.1 Belém abr. 2009

 

 

Três contribuições de Emílio Goeldi (1859-1917) à arqueologia e etnologia amazônica

 

Three contributions of Emil Goeldi (1859-1917) to amazonian archaeology and ethnology

 

 

Nelson SanjadI; João Batista Poça da SilvaII

IMuseu Paraense Emílio Goeldi. Coordenação de Comunicação e Extensão. Belém, Pará, Brasil (nsanjad@museu-goeldi.br)
IIUniversidade Federal do Pará. Casa de Estudos Germânicos. Belém, Pará, Brasil (joaopoca@hotmail.com)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O texto apresenta três contribuições do zoólogo suíço Emílio Augusto Goeldi (1859-1917) à arqueologia e etnologia amazônica, publicadas em alemão entre 1900 e 1906, quando era diretor do Museu Paraense, em Belém (PA), Brasil. A primeira é um artigo de divulgação científica sobre a descoberta da cerâmica Cunani, ocorrida em 1895, no norte do Amapá, Brasil. A segunda expõe os achados arqueológicos do Museu Paraense na foz do Amazonas, área identificada como prioritária para pesquisas do gênero, incluindo as cerâmicas encontradas em Maracá (AP) e na ilha de Marajó (PA), e as estatuetas líticas originárias do Baixo Amazonas. A terceira descreve o uso dos machados de pedra pelos índios Baikiri. As três contribuições comprovam o interesse de Goeldi pelo estudo da cultura material e pela compilação de dados que permitissem um melhor arranjo dos troncos etnolinguísticos indígenas, fazendo a junção, de maneira bastante habilidosa, dos recursos intelectuais proporcionados, na época, pela etnologia, pela arqueologia e pela linguística.

Palavras-chave: Emílio Augusto Goeldi (1859-1917). Museu Paraense Emílio Goeldi. Coleções arqueológicas. Arqueologia amazônica. Etnologia amazônica.


ABSTRACT

The paper presents three contributions of the Swiss zoologist Emil August Goeldi (1859-1917) to Amazonian archaeology and ethnology published between 1900 and 1906, in German, when Goeldi was the director of Paraense Museum, in Belém, Brazil. The first paper is a scientific divulgation article about the Cunani pottery, discovered in 1895 in the north of the Amapá state, Brazil. The second paper deals with archaeological artifacts found in the mouth of Amazon River, an important area for this kind of research, including the pottery found in Maracá, in the Amapá state, and in the Marajó Island, in Pará State, plus the lithic statues from the Lower Amazon. The third paper describes the use of lithic axes by the Baikiri Indians. These contributions show Goeldi's interest in the study of material culture and data compilation for the improvement of the knowledge about the Amazonian ethnolinguistics stems, proposing an ingenious union of intellectual resources provided by ethnology, archaeology and linguistics at that time.

Keywords: Emil August Goeldi (1859-1917). Emilio Goeldi Museum of Para. Archaeological collections. Amazonian archaeology. Amazonian ethnology.


 

 

Em 1894, o zoólogo suíço Emílio Augusto Goeldi (1859- 1917) assumiu a direção do Museu Paraense, fundado em 1866. Com o apoio do governo do estado do Pará, promoveu uma reforma na instituição, que mudou por completo seu perfil, sua estrutura e sua agenda da pesquisa. Goeldi concentrou as atividades do antigo museu na história natural e na etnografia, embora tenha priorizado, na divisão de recursos e de cargos, a zoologia e a botânica (Sanjad, 2005; 2006). Ainda assim, Goeldi executou, de acordo com as expectativas do governo e de intelectuais paraenses, como José Veríssimo (1857-1916) e o Barão do Marajó (1832-1906), algumas investigações de cunho antropológico.

A principal delas decorre de uma expedição realizada em 1895 ao litoral norte do Amapá, no contexto da disputa entre Brasil e França por parte do território da antiga Guiana Brasileira (Sanjad, 2005). Nessa ocasião, Goeldi e sua equipe encontraram em Cunani, por acaso, poços artificiais contendo grande quantidade de cerâmica indígena, que se tornaram conhecidos mundialmente em 1900 graças à publicação da memória "Excavações archeologicas em 1895" (Goeldi, 1900a), contendo a descrição do local do achado e do material, ilustrada com estampas cromolitográficas ressaltando as formas, as cores e os motivos decorativos. A questão da origem étnica dessas cerâmicas foi o principal ponto explorado por Goeldi. O zoólogo comparou a cerâmica local com a tipologia empregada por João Barbosa Rodrigues (1842- 1909) para analisar os vestígios da necrópole Miracangüera, descoberta por ele no Amazonas. Goeldi também balizou sua narrativa pelos escritos de Henri Coudreau (1859-1899), considerados pelo zoólogo pouco precisos, sobretudo com relação à provável origem dos índios de Cunani. Para Coudreau, seriam Tupi. Para Goeldi, Aruak.

Alguns anos antes, o diretor do Museu Paraense já havia manifestado seu interesse pela diversidade etnolinguística da Amazônia, para ele, pouco estudada e valorizada por antropólogos e historiadores. O assunto foi tema de uma conferência ministrada no museu em 1896, publicada dois anos depois no "Boletim do Museu Paraense de História e Ethnographia" (Goeldi, 1898). Em "O estado actual dos conhecimentos sobre os índios do Brasil, especialmente sobre os índios da foz do Amazonas no passado e no presente", o zoólogo dialoga com as obras de Karl Phillip von Martius (1794-1868), Karl von den Steinen (1855-1929) e Paul Ehrenreich (1855-1914), sobretudo no que diz respeito à identificação de troncos etnológicos. Segundo Goeldi, a partir da obra do primeiro, os dois últimos estariam realizando uma "reforma radical" nos estudos sobre os índios brasileiros, que incluía a associação entre antropologia física, lingüística e etnologia na análise das tribos já conhecidas e das recém-descobertas, bem como a revisão da "Tupi-mania", ou seja, do nivelamento cultural feito pelos religiosos missionários a partir das línguas Tupi e do pouco interesse que os historiadores demonstraram em pesquisar povos de outros troncos lingüísticos, "como se eles não formassem factor e elemento integrante entre os componentes do conjunto etnológico dos aborígines brasílicos" (Goeldi, 1898, p. 402).

Goeldi adotou o sistema proposto por Steinen, composto pelos troncos Tupi, Gê, Karaíba, Nu-Aruák, Karajá, Pano, Miranha, Guaycurú e pelos "restos" do grupo Goytacás (Puri). Com base nessa divisão, esboçou um programa de trabalho para o Museu Paraense, cujo objetivo era "resolver pontos de interrogação, juntar material novo, original, (...) ganhar provas que permitam uma opinião, um julgamento pessoal e independente pró ou contra [as doutrinas etnológicas em voga]" (Goeldi, 1898, p. 409). Esse julgamento foi antecipado no mesmo texto, quando Goeldi apresentou e analisou o material arqueológico existente no museu, tal qual um "arquivo escrito em barro" (Goeldi, 1898, p. 410), proveniente do Marajó, norte e sul do Amapá e Baixo Amazonas (Faro e Trombetas), defendendo sua origem Aruak. Dessa maneira, Goeldi defendia, também, a prioridade de coleta e de investigações voltadas para esse grupo com vistas a complementar o quadro social brasileiro.

Ambos os textos, publicados em português, são bem conhecidos dos leitores brasileiros e também dos estrangeiros, devido à ampla divulgação e distribuição que o próprio Goeldi fazia das publicações do Museu Paraense. Restam, contudo, da lavra do zoólogo suíço, três textos antropológicos publicados em alemão, todos de acesso mais difícil. O primeiro é um excerto da memória sobre as descobertas de Cunani, intitulado "Altindianische Begräbnishöhlen im südlichen Guyana und in den selben vorgefundene kunstvolle Töpfereiprodukte" (Cavernas funerárias artificiais de índios hoje extintos no sul da Guiana e a cerâmica ali encontrada) e publicado no mesmo ano na revista de divulgação científica "Die Schweiz", de Zurique (Goeldi, 1900b). Os dois últimos foram apresentados no 14o. Congresso Internacional de Americanistas, realizado em Stuttgart no ano de 1904, sob a presidência de Steinen. Ambos foram publicados nos anais do congresso, dois anos depois.

Em "Altindianische Begräbnisurnen und merkwürdig Ton- und Steinidole aus der Amazonas-Region" (Urnas funerárias de povos indígenas extintos e curiosos ídolos de barro e pedra da região amazônica), Goeldi expõe os achados arqueológicos do Museu Paraense na foz do Amazonas, área identificada como prioritária para pesquisas do gênero. Descreve as urnas funerárias encontradas em Maracá, identificadas com povos caraíbas; compara os ídolos de cerâmica do Marajó com as estatuetas Carajá, acreditando que o uso daqueles poderia ser compreendido por analogia com a função social das estatuetas; e apresenta três ídolos de pedra, os quais seriam representações míticas da luta do ser humano com as forças da natureza, próximas, segundo Goeldi, da cultura Nahua, localizada na América Central (Goeldi, 1906a).

Nesse texto, Goeldi informa que estava preparando duas outras memórias sobre arqueologia e etnologia amazônica, ilustradas com dez estampas cada. As memórias nunca foram impressas, mas as estampas sim. Foram apresentadas publicamente pelo próprio Goeldi durante o congresso, que a elas se remete com freqüência no texto. Essas estampas litográficas, atualmente conservadas no Arquivo Guilherme de La Penha, do Museu Goeldi, foram conhecidas, ao longo de um século, por muito poucas pessoas. Alguns pesquisadores as citaram, outros as reproduziram em obras com acesso restrito (Fonseca Junior, 2004, 2007; Ferreira, 2007), mas nunca haviam sido, efetivamente, publicadas. Na tradução que segue adiante, as estampas foram incluídas e organizadas tal como Goeldi as citou no texto, independentemente de sua numeração. As dez primeiras, elaboradas a partir de fotografias originais de Goeldi, se referem à planejada obra sobre as cerâmicas de Maracá (AP), descobertas em 1896 por Aureliano Pinto de Lima Guedes (Guedes, 1897). As outras dez, elaboradas a partir de fotografias tiradas por Gottfried Hagmann (1874-1946), foram elaboradas para a memória que trataria dos ídolos amazônicos, incluindo cerâmicas da ilha de Marajó, artefatos líticos do Baixo Amazonas, cerâmicas Carajá e fragmentos de cerâmica tapajônica. No seu conjunto, as estampas permitem vislumbrar a qualidade do pensamento de Goeldi, pois organizam uma narrativa visual bastante sofisticada e coerente - e que prescinde de maiores descrições textuais.

Por sua vez, em "Über den Gebrauch der Steinaxt bei jetzt lebenden Indianern Südamerikas, speziell Amazoniens" (Sobre o uso dos machados de pedra de índios sul-americanos, especialmente amazônicos, atualmente existentes), Goeldi dialoga diretamente com Steinen, lembrando do momento em que conhecera pessoalmente o etnólogo alemão, na década de 1880, quando este apresentou na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro os resultados de sua expedição ao Xingu. Segundo Goeldi, a forma como havia sido descrito o uso dos machados de pedra pelos índios Baikiri deveria ser revista em razão das informações que coletara no Museu Paraense. Em vez de passar semanas, e mesmo meses, golpeando uma única árvore, os índios, na verdade, retiravam a casca e o córtice, promoviam o ressecamento da árvore e consorciavam o uso do fogo e do machado para o esmagamento do tronco junto à linha de corte. Executavam esse serviço de forma "habilidosa" e com um "senso prático" que não se coadunavam com o "papel estúpido de alguém que desperdice irrefletidamente suas forças e golpeie por meses sem se dar conta de seus recursos" (Goeldi, 1906b, p. 443).

Os três textos, pelo valor científico e histórico que possuem, seguem, pela primeira vez, traduzidos para o português neste número do "Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas". Eles permitem não apenas um melhor conhecimento do pensamento de Goeldi, com freqüência analisado de maneira enviesada ou reducionista por antropólogos e historiadores, como também do corte efetuado pela etnologia alemã do final do século XIX, com a qual Goeldi dialogava, com relação às interpretações recorrentes no Brasil sobre a etnologia e a formação social do país, balizadas por questões raciais geralmente vinculadas aos debates sobre a escravidão, a necessidade de mão de obra para a lavoura, a identidade do povo brasileiro, a miscigenação e a possibilidade de desenvolvimento e civilização nos trópicos (Ventura, 1991; Maio e Santos, 1996; Lima, 1999; Sanjad, 2009).

O próprio diretor do Museu Paraense fez questão de demarcar o tipo de debate que lhe interessava, desqualificando as discussões antropológicas existentes no Brasil. Segundo Goeldi, a maioria das coleções etnográficas formadas no país, particulares ou em museus públicos, era um "mero aglomerado fragmentário, debaixo do domínio do cego acaso". Isso demonstrava que a etnografia no Brasil ainda não era uma ciência e que era necessário sair desta "fase embrionária" estudando-se "metodicamente uma tribo depois da outra, debaixo dos múltiplos pontos de vista de sua historia, de sua atual residência e extensão, do seu número, dos seus costumes em paz e em guerra, da sua vida doméstica e expedicionária, do seu intelecto e de suas crenças, dos seus utensílios e armas, da sua configuração física, da sua língua, etc., etc. É preciso demorar-se entre eles, para obter-se um estudo monográfico aprofundado e uma coleção etnológica completa (...)" (Goeldi, 1895, p. 222-223). Essa posição, do ponto de vista metodológico, é próxima dos autores que formam o que hoje denominamos escola etnológica alemã (Coelho, 1993; Sanjad, 2001; Drude, 2005).

Os trabalhos antropológicos de Goeldi, tanto os que seguem neste número do Boletim quanto os demais, confirmam que o debate que interessava ao zoólogo era direcionado para o estudo da cultura material e para a compilação de dados que permitissem um melhor arranjo dos troncos etnolinguísticos indígenas, fazendo a junção, de maneira bastante habilidosa, dos recursos intelectuais proporcionados, na época, pela etnologia, pela arqueologia e pela linguística.

A tradução dos textos foi feita por João Batista Poça da Silva diretamente do alemão. Enfrentou-se, obviamente, as dificuldades inerentes à tarefa, como as mudanças ocorridas no interior da língua alemã no final do século XIX, com o abandono progressivo da escrita gótica (incluindo os sinais gráficos) e de algumas construções sintáticas; as características que a língua alemã assumiu no norte da Suíça, terra natal de Emílio Goeldi; e o próprio estilo formal do zoólogo. As notas de rodapé foram incluídas pelos autores dessa introdução.

Existe uma charge sobre o alemão falado na Suíça, que compara a fala de um homem da Alemanha - contínua e sinuosa - com a de um suíço - irregular e fragmentada, como o relevo dos Alpes. Essa charge poderia muito bem ilustrar a variante utilizada por Goeldi em suas produções científicas, mesmo quando tenta utilizar o Hochdeutsch (alto alemão). O 'estilo' suíço foi o maior desafio enfrentado no trabalho de tradução. O modo de organizar o pensamento e de verbalizálo numa língua estrangeira é condição indispensável para bem falar, ouvir, escrever e ler nessa língua, ou seja, para adentrar no idioma. Até tornar a produção e recepção em alemão algo espontâneo e automático, o tradutor trilhou um longo e difícil caminho, ao qual se soma o fato do alemão de matriz suíça utilizado por Goeldi ter mais de cem anos. Seria algo como se no dia de hoje um estrangeiro aprendesse português e, a partir dessa língua, quisesse entender o espanhol de Luís de Cervantes num acesso de coloquialidade.

É verdade que os textos científicos são mais fáceis de entender no alemão formal do que os textos jornalísticos publicados em revistas com versão mais coloquial - por incrível que pareça. Goeldi alia a essa verdade a utilização do dialeto suíço, que poderia ser entendido como uma língua distinta, apenas vista de relance nos cursos de alemão mundo afora. Nesse sentido, o trabalho de tradução foi desafiador, principalmente por exigir a habilidade de coadunar a variante padrão do alemão às exigências da linguagem científica.

 

REFERÊNCIAS

COELHO, Vera Penteado (Org.). Karl von den Steinen: um século de antropologia no Xingu. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 1993.

DRUDE, Sebastian. A contribuição alemã à Lingüística e Antropologia dos índios do Brasil, especialmente da Amazônia. In: ALVES, J. J. A. (Org.). Múltiplas Faces da História das Ciências na Amazônia. Belém: EDUFPA, 2005. p. 175-196.

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FONSECA JR., João Aires. Do Século XIX ao XX: cartas e publicações sobre os ídolos de pedra amazônicos. História e-História, 06 de agosto de 2007. Disponível em http://www.historiahistoria.com.br/materia.cfm?tb=arqueologia&id=9. Acesso em 5 de abril de 2009.

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GOELDI, Emílio. Über den Gebrauch der Steinaxt bei jetzt lebenden Indianern Südamerikas, speziell Amazoniens. In: Internationaler Amerikanisten-Kongress, Vierzehnte Tagung, Stuttgart 1904. V. II. Berlin: W. Kohlhammer, 1906b. p. 441-444.

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VENTURA, Roberto. Estilo Tropical. História Cultural e Polêmicas Literárias no Brasil, 1870-1914. São Paulo: Companhia das Letras, 1991

 

 

Endereço para correspondência:
Museu Paraense Emílio Goeldi
Editor do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Av. Magalhães Barata, 376
São Braz – CEP 66040-170
Belém - PA - Brasil
Caixa Postal 399
Telefone/fax: 55-91-3249-1141
E-mail:boletim@museu-goeldi.br

Recebido: 06/04/2009
Aprovado: 20/04/2009