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Revista Brasileira de Pneumologia Sanitária

versión impresa ISSN 1982-3258

Rev. Bras. Pneumol. Sanit. v.15 n.1 Rio de Janeiro dic. 2007

 

APRESENTAÇÃO

 

Revista Brasileira de Pneumologia Sanitária - um novo nome e novos propósitos para a mesma publicação

 

Revista Brasileira de Pneumologia Sanitária – new name and aims for the same magazine

 

 

Gilmário M. Teixeira

Editor

 

 

Ao apresentarmos, em 1993, a publicação oficial do Centro de Referência Prof. Helio Fraga, sob a nova denominação de Boletim de Pneumologia Sanitária, não imaginávamos que, passados apenas catorze anos, voltaríamos a anunciar um novo nome para o periódico: REVISTA BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA SANITÁRIA.

Algumas considerações poderão ser feitas acerca da mudança. É provável que a substituição do vocábulo Boletim por Revista remeta à sua primitiva categoria – a Revista do Serviço Nacional de Tuberculose. É provável também que esteja implícita a idéia de possibilitar maior amplitude e independência, se considerarmos a acepção dos termos Boletim, como periódico que divulga documentos de entidade oficial ou privada, e Revista, como publicação especializada, com o objetivo de difundir artigos originais e outros trabalhos. Mas, antes que nos percamos em meio a novos argumentos, é preferível focalizarmos alguns fragmentos da história.

Como preâmbulo, cumpre dizer que se trata de uma entidade pertencente a um órgão do Ministério da Saúde, situação que levou seus criadores a expressarem essa vinculação no nome do periódico. Em 1957, Lourival Ribeiro da Silva, sanitarista e médico-escritor, ao criar nossa publicação, a denomina de Revista do Serviço Nacional de Tuberculose (SNT), órgão do então Ministério da Educação e Saúde que ele, à época, dirigia. Em seu primeiro número, sob a responsabilidade de uma Comissão de Redação integrada por Lourival Ribeiro da Silva, Fernando Seidl e Ismar Chaves da Silveira, manifesta o propósito central de publicar trabalhos elaborados pelos técnicos do SNT. O artigo em francês que inaugura essa edição, de autoria do próprio Lourival, intitula-se "Aspects cliniques et epidemiologiques de la chimiothérapie ambulatoire dans la tuberculose pulmonaire". As matérias se distribuem sob as seguintes seções: Doutrina, Colaboração especial, Tradução, Sessões clínico-patológicas de publicações estrangeiras renomadas, Comentário bibliográfico, Movimento médico, Fatos e figuras.

Em 1970, a transformação do SNT em Divisão Nacional de Tuberculose (DNT), cujo diretor era Laurênio Lins de Lima, impõe a mudança do nome da publicação, em julho desse mesmo ano, para Revista da Divisão Nacional de Tuberculose. Integram o corpo editorial Lourival Ribeiro da Silva, como redator-responsável; Ismar Chaves da Silveira, como redator-chefe e Fernando Seidl, como redator. A revista mantém os mesmos objetivos e feição gráfica e se estrutura em Editorial, Artigos originais, Notas pneumológicas, Registro bibliográfico, Notícia, Fatos e figuras.

Uma nova reforma ministerial, a de 1976, que, no particular da Pneumologia, buscava a ampliação de seu espectro para atender a todas as doenças pulmonares de interesse sanitário, levou a Divisão Nacional de Tuberculose a converter-se em Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária (DNPS). Assim, em 1978, estando Almir José de Oliveira Gabriel à frente da DNPS, circula com nova fisionomia e sob a denominação de Revista da Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária, o mesmo periódico criado em 1957, tendo Jayme dos Santos Neves como editor e Ismar C. da Silveira e Antonio Ignácio Ferreira Santos como redatores.

A DNPS desaparece, graças a mais uma alteração estrutural do Ministério da Saúde, condição que leva o periódico a ter outra designação, dessa vez com mudança de categoria. Deixa, então, de ser Revista para surgir, em 1987, como Boletim da Campanha Nacional Contra a Tuberculose (CNCT), organismo dirigido por Germano Gerhard Filho. Integram o corpo editorial Gilmário M. Teixeira, como editor e Miguel Aiub Hijjar, José do Vale Pinheiro Feitosa e Sônia Natal Ribeiro, como editores adjuntos.

Em 1990, extinta a CNCT, o Boletim tem mais uma vez que mudar sua titulação. Em 1993, surge sob o nome de Boletim de Pneumologia Sanitária, sem, entretanto, expressar no título a vinculação, apesar de ser publicação oficial do Centro de Referência Prof. Helio Fraga, instituição criada em 1984, por Germano Gerhardt Filho, no âmbito da CNCT. O Boletim tem Gilmário M. Teixeira como editor e Maria José Procópio de Oliveira e Moema Elisabeth Wotzasek Costa como editores adjuntos.

A REVISTA BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA SANITÁRIA, que ora estamos apresentando, é a mesma revista criada por Lourival Ribeiro em 1957, que sucede, na denominação, às cinco acima listadas e continua uma publicação oficial do Centro de Referência Prof. Helio Fraga - dirigido por Miguel Aiub Hijjar e vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Surge, casualmente, no ensejo de seu cinqüentenário e estará dividida em quatro seções permanentes – Editorial, Artigo original, Artigo de revisão, Informe - e outras, eventuais - Relato de caso, Correspondência, Educação continuada, que serão abertas na medida em que sejam recebidas matérias correspondentes a esses temas.

Dentre os propósitos da Revista, merecem destaque a procura de indexação, o enriquecimento do conteúdo, a modernização da estrutura, a ampliação do horizonte científico dentro da especialidade e o aumento da clientela distribuída pelo território nacional e países de língua portuguesa ou espanhola. Tudo isso, sem afastar-se de seu objetivo precípuo: discutir e difundir as políticas públicas de saúde e manter atualizados os profissionais da área.

Esperamos que a Pneumologia Sanitária - verdadeiramente um enfoque brasileiro destinado a abrigar as doenças pulmonares objeto das ações de saúde pública - tome essa Revista como um instrumento para discussão, formulação de projetos, desenvolvimento científico, divulgação de pesquisas básicas e operacionais, educação continuada, engajando-se, assim, no esforço mundial para encontrar meios mais capazes de reduzir a carga do prejuízo humano, social e econômico determinado pelas doenças respiratórias.