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Revista Pan-Amazônica de Saúde

versão impressa ISSN 2176-6215versão On-line ISSN 2176-6223

Rev Pan-Amaz Saude v.1 n.2 Ananindeua jun. 2010

http://dx.doi.org/10.5123/S2176-62232010000200016 

ARTIGO ORIGINAL | ORIGINAL ARTICLE | ARTÍCULO ORIGINAL

 

Fauna flebotomínica (Diptera: Psychodidae) da Serra do Tepequém, Município de Amajari, Estado de Roraima, Brasil

 

Phlebotominae fauna (Diptera: Psychodidae) of the Serra do Tepequém, Municipality of Amajari, Roraima State, Brazil

 

Fauna flebotomínica (Diptera: Psychodidae) de la Serra do Tepequém, Município de Amajari, Estado de Roraima, Brasil

 

 

Jaime de Liege Gama NetoI; Rui Alves de FreitasII; Janderson Melo BaimaIII; Mahedy Araújo Bastos PassosII

IMuseu Integrado de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. Universidade Estadual de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil
IIInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde, Manaus, Amazonas, Brasil
IIIMuseu Integrado de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil

Endereço para correspondência
Correspondence
Dirección para correspondencia

 

 


RESUMO

Com o objetivo de investigar a presença de vetores de Leishmania e inferir sobre o risco de transmissão de leishmanioses a humanos, foi feito um levantamento de flebotomíneos em área endêmica para leishmaniose tegumentar americana na Serra do Tepequém, localizada no Município de Amajari, Estado de Roraima, Brasil. Os flebotomíneos foram capturados no período de agosto de 2008 a maio de 2009, utilizando-se quatro armadilhas luminosas tipo CDC instaladas a um metro de altura do solo, no interior de floresta primária. Foram capturados 2.230 espécimes distribuídos em 11 subgêneros, quatro grupos de espécies e 38 espécies. Lutzomyia eurypyga foi a espécie mais abundante, representando 72% dos flebotomíneos capturados. O encontro de L. anduzei, L. ayrozai, L. antunesi, L. davisi, L. fíaviscutellata, L. hirsuta, L. paraensis, L. squamiventris squamiventris, L. ubiquitalis e L. umbratilis, vetores comprovados ou suspeitos de leishmânias na Região Amazônica, indica risco de transmissão da doença a humanos na área de estudo. Registram-se pela primeira vez no Estado de Roraima as espécies L. georgii e L. longipennis.

Palavras-chave: Phlebotominae; Psychodidae; Leishmaniose.


ABSTRACT

Our study aimed to investigate the presence of vectors of Leishmania and to study the transmission risks of leishmaniasis to humans. Thus, a survey forthe occurrence of sand flies in an endemic area for American cutaneous leishmaniasis was conducted in Serra do Tepequém, City of Amajari, Roraima State, Brazil. The sand flies were captured from August 2008 to May 2009 using four CDC light traps installed 1 m above the ground levei and inside the primary forest. A total of 2,230 specimens were captured. They were distributed into 11 subgenera, four groups of species and 38 species. Lutzomyia eurypyga was the most numerous species, accounting for 72% of ali captured sand flies. The occurrence of L. anduzei, L. ayrozai, L. antunesi, L. davis, L. flaviscutellata, L. hirsuta, L. paraensis, L. squamiventris squamiventris, L. ubiquitalis and L. umbratilis, either proven orsuspected vectors of leishmania in the Amazon Region, indicates risk of transmission of the disease to humans in the study area. For the first time, the species L. georgii and L. longipennis were found in Roraima State.

Keywords: Phlebotominae; Psychodidae; Leishmaniasis.


RESUMEN

Con el objetivo de investigar Ia presencia de vectores de Leishmania e inferirsobre el riesgo de transmisión de leishmaniasis a humanos,fue realizado un levantamiento de flebótomos en área endêmica para leishmaniasis tegumentar americana en la Serra do Tepequém, localizada en el Municipio de Amajari, Estado de Roraima, Brasil. Los flebótomos fueron capturados en el período de agosto de 2008 a mayo de 2009, utilizando para el lo cuatro trampas luminosas del tipo CDC instaladas a 1 m de altura del suelo, al interiorde bosque primário. Fueron capturados 2.230 especímenes distribuídos en 11 subgéneros, cuatro grupos de espécies y 38 espécies. Lufzomyia eurypyga fue la espécie más abundante, representando un 72% de los flebótomos capturados. El hallazgo de L. anduzei, L. ayrozai, L. antunesi, L. davisi, L. flaviscutellata, L. hirsuta, L. paraensis, L. squamiventris squamiventris, L. ubiquitalis y L. umbratilis, vectores comprobados o sospechosos de leishmanias en la Región Amazônica, indica riesgo de transmisión de la enfermedad a humanos en el área de estúdio. Se registran por primera vez en el Estado de Roraima las espécies L. georgii y L longipennis.

Palabras-clave: Phlebotominae; Psychodidae; Leishmaniasis.


 

 

INTRODUÇÃO

Os flebotomíneos são pequenos dípteros hematófagos representados, no Novo Mundo, pelos gêneros Brumptomyia França e Parrot, 1921, Lutzomyia França, 1 924 e Warileya Hertig, 194824. O gênero Lutzomyia possui importância médica por conter as espécies comprovadas ou suspeitas de serem vetores de Leishmania Ross, 1903, agente etiológico das leishmanioses humanas16.

No Brasil, uma das formas comuns de leishmaniose é a leishmaniose tegumentar americana (LTA) que ocorre em surtos epidêmicos ligados à derrubada das matas, à exploração desordenada da floresta e às atividades humanas ligadas à agricultura10. Dentro desse contexto, as formas de interação do homem com o meio ambiente são elementos importantes para a aquisição da infecção, que ocorre quando os humanos são picados por fêmeas de flebotomíneos infectadas, que transmitem o parasito no momento do repasto sangüíneo16.

Em Roraima, a Serra do Tepequém, habitada por uma população humana de pouco mais de 500 habitantes, passou por um avançado processo de degradação ambiental em conseqüência do garimpo de diamantes, instalado a partir de 1930 e que perdurou até meados de 1997. Com a proibição do garimpo e legalização das terras públicas, as atividades econômicas se voltaram para a piscicultura, pecuária e turismo, levando a uma ocupação desordenada das terras e a um crescente contato dos humanos com a floresta, aumentando o risco de desencadeamento de um surto epidêmico de LTA naquela localidade3.

Dada a falta de informações sobre os vetores de Leishmania spp presentes na Serra do Tepequém, e o fato da mesma estar situada em uma região endêmica para LTA, fez-se um levantamento preliminar da fauna de flebotomíneos, com o objetivo de observara presença de espécies, comprovadas ou suspeitas, vetores de Leishmania a humanos e inferir sobre o risco de desencadeamento de um surto de LTA na localidade.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

A Serra do Tepequém está situada no Município de Amajari, em área limítrofe do Estado de Roraima com a Venezuela, numa zona de transição entre campos e florestas primárias, e, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Roraima, constitui uma área endêmica para a LTA. Geograficamente, localiza-se a cerca de 200 km, por estrada, a noroeste da capital, Boa Vista, entre o rio Amajari, ao norte, e a ilha de Maracá, ao sul.

A paisagem local é composta por áreas de cerrado e floresta amazônica, com uma altitude de aproximadamente 1.200 m acima do nível do mar, no seu ponto mais alto. A vegetação mostra-se bastante modificada em decorrência das ações antrópicas, com manchas de florestas sendo encontradas apenas nas nascentes ou nas quedas d'água e florestas primárias se concentrando nas áreas de menor declive, situadas na encosta oeste, formando um elo com a mata que circunda a Serra do Tepequém6.

As capturas de flebotomíneos foram realizadas de agosto de 2008 a maio de 2009 em uma floresta primária situada no sopé da serra (4°14'30,67"N 61°28'50,96"O), a uma altitude de 600 m, na Reserva Particular do Patrimônio Natural pertencente ao Serviço Social do Comércio (SESC/RR). Para a captura, foram utilizadas quatro armadilhas luminosas tipo CDC instaladas a 1 m de altura do solo, que funcionaram durante quatro noites consecutivas a cada mês, no intervalo das 18 às 8 h, totalizando 16 amostras mensais, independentes do padrão lunar.

Os flebotomíneos capturados foram conservados em álcool a 70%, clarificados em KOH a 10%, observados ao microscópio óptico e identificados de acordo com as chaves de identificação propostas por Young e Duncan24 e Freitas e Barrett13. Após a identificação, uma amostra dos flebotomíneos foi montada em lâmina permanente e depositada na Coleção de Invertebrados do Museu integrado Roraima (MIRR).

 

RESULTADOS

Foram capturados 2.230 espécimes de flebotomíneos, sendo 1.256 machos e 974 fêmeas, distribuídos entre 38 espécies do gênero Lutzomyia. O predomínio foi do subgênero L. (Psychodopygus) Mangabeira, 1941 (oito espécies), seguido de L. (Nyssomyia) Barreto, 1962 e L. (Evandromyia) Mangabeira, 1941 (cinco espécies), L. (Lutzomyia) França, 1924; L. (Trychopygomyia) Barretto, 1962 e L. (Psathyromyia) Barretto, 1962 (três espécies), L. (Trychophoromyia) Barretto, 1962 e Grupo Migonei Theodor, 1965 (duas espécies). Os demais subgêneros e/ou grupos de espécies foram representados apenas por uma espécie cada (Tabela 1).

 

 

A espécie mais abundante foi L. (Trichophoromyia) eurypyga Martins, Falcão & Silva, 1962, com 72% dos espécimes capturados, seguida de L. (Nyssomyia) anduzei (Rozeboom, 1942) com 11,7%, L. aragaoi (Costa Lima, 1932) com 2,5%, L. (Nyssomyia) richardwardi (Ready e Fraiha, 1981) com 1,5%, L. saulensis (Floch e Abonnenc, 1944) com 1,3% e L. (N.) umbratilis com 1,3%. As demais espécies, juntas, representaram 9,7% do tota da amostra.

 

DISCUSSÃO

A fauna flebotomínica encontrada na Serra do Tepequém mostrou-se muito semelhante às encontradas em outras áreas de floresta primária da bacia amazônica brasileira11, com várias espécies comprovadas ou suspeitas de transmitirem leishmânias aos humanos na Região Amazônica, tais como, L. anduzei, L. antunesi, L. ayrozai, L. davisi, L. fíaviscutellata, L. hirsuta, L. paraensis, L. panamensis, L. squamiventris squamiventris, L. ubiquitalis e L. umbratilisu16.

Não existe na literatura registro de infecção natural por Leishmania spp em L. eurypyga, que foi a espécie mais abundante nas nossas coletas. Ressalta-se que, apesar de não ter importância médica, a L. eurypyga pertence ao mesmo subgênero que L. ubiquitalis, espécie vetor de L. (Viannia) lainsoni Silveira et al, 1987, na bacia amazônica brasileira16, e tem sido freqüentemente coletada em locais de transmissão de LTA no Município de Manaus, Estado do Amazonas, sendo importante o desenvolvimento de estudos que esclareçam uma possível participação de L. eurypyga na epidemiologia da LTA na Região Amazônica5.

A segunda espécie mais abundante, L. anduzei, é vetor secundário de Leishmania (Viannia) guyanensis Floch, 19544, e tem sido freqüentemente capturada em maior abundância em armadilhas luminosas quando comparada com L. umbratilis em outras localidades da Região Amazônica12,22.

Encontrar-se L. umbratilis, vetor principal de L. (V.) guyanensis, já era esperado, tendo em vista ser uma espécie de ampla distribuição na Região Amazônica, encontrada associada a bases de árvores em áreas de floresta primária16,19,7. Apesar de pouco freqüente, a ocorrência de L. umbratilis na Serra do Tepequém deve ser vista como um sinal de alerta, uma vez que o contato com essa espécie em áreas de floresta geralmente resulta na transmissão de Leishmania (V.) guyanensis aos humanos18,17

Ressalta-se que a baixa freqüência de L. umbratilis pode ser decorrente das coletas terem sido realizadas apenas ao nível do solo, e as fêmeas adultas desta espécie preferirem realizar a hematofagia à noite, nas copas das árvores4,20,19. O modelo de armadilha utilizado também pode ter contribuído para a baixa freqüência de L. umbratilis nas nossas amostras, pois armadilhas luminosas têm uma desvantagem, por amostrarem preferencialmente fêmeas de alguns grupos, tais como as de Psychodopygus, que são altamente fototrópicas2.

O encontro de L. fíaviscutellata também se reveste de importância epidemiológica por ser o principal vetor da Leishmania (Leishmania) amazonensis Lainson & Shaw, 1972, na Amazônia brasileira15. Apesar de apresentar uma baixa antropofilia14, L. fíaviscutellata pode realizar a hematofagia tanto nos ambientes silvestres quanto nos domésticos21, podendo transmitir a Leishmania aos humanos até mesmo em ambientes peridomiciliares, quando instalados próximos à mata na localidade de estudo.

Com relação às espécies do subgênero Psychodopygus (L. ayrozai, L. davisi, L. hirsuta, L. paraensis, L. panamensis e L. squamiventris squamiventris), muito embora tenham uma distribuição restrita a áreas silvestres e raramente sejam encontradas em ambientes domésticos8, não se pode descartar a possibilidade de surgimento de casos de leishmaniose a partir do contato dos humanos com essas espécies na área de estudo, por terem comportamento zoofílico e picarem o homem em áreas de floresta9. Destaca-se a presença de L. davisi que, recentemente, foi encontrada naturalmente infectada com L. (V.) braziliensis (Vianna, 1911) Matta, 1916 na Serra dos Carajás (Pará), e que pode ser uma espécie importante na transmissão da LTA na Amazônia brasileira23.

A comparação dos nossos dados mostrou que duas espécies - L. georgii Freitas & Barrett, 2002 e L. longipennis Barretto, 1946 - foram coletadas pela primeira vez, representando novos registros9,1 e elevando para 78 o número de espécies de Lufzomyia conhecidas presentes no Estado de Roraima.

 

CONCLUSÃO

Face à presença de várias espécies de flebotomíneos com potencial para atuarem como vetores de Leishmania spp na área de estudo, o crescente contato dos humanos com ambientes de floresta primária na Serra do Tepequém pode aumentar a possibilidade de aparecimento de casos de leishmanioses humanas. E, portanto, altamente recomendável que eventuais manejos dos ecossistemas locais utilizem medidas que minimizem a possibilidade de contato homem-floresta, evitando, dessa forma, o desencadeamento de surtos de LTA na localidade.

Adicionalmente, recomendam-se estudos mais aprofundados que contemplem também os aspectos parasitológicos e avaliem as taxas de infecções por Leishmania nas espécies comprovadas ou suspeitas de serem vetores, a fim de que seja avaliado o verdadeiro risco a que estão expostos tanto os moradores locais quanto os turistas que constantemente freqüentam a Serra do Tepequém.

 

AGRADECIMENTOS

A Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de Roraima (FEMACT/RR) e ao SESC/RR pelo apoio logístico. Ao Programa de Pesquisas Prioritárias para o SUS pelo apoio financeiro. Ao dr. Eloy Guillermo Castellón Bermúdes pela revisão científica do manuscrito.

 

REFERÊNCIAS

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23 Souza AAA, Silveira FT, Lainson R, Barata IR, Silva MGS, Lima JAN, et al. Fauna flebotomínica da Serra dos Carajás, Estado do Pará, Brasil, e sua possível implicação na transmissão da leishmaniose tegumentar americana. Rev Pan-Amaz Saúde. 2010 jan-mar;1(1):45-51.         [ Links ]

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Correspondência / Correspondence / Correspondência:
Jaime de Liege Gama Neto
Museu Integrado de Roraima,
Laboratório de Entomologia
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes (Parque Anauá) s/n°,
Aeroporto CEP: 69.300-000 Boa Vista, Roraima, Brasil
Tel.: (95) 3623-1733
E-mail:jaimebio@hotmail.com

Recebido em / Received / Recibido en: 27/4/2010
Aceito em / Accepted / Aceito en: 17/6/2010