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Revista Pan-Amazônica de Saúde
versão impressa ISSN 2176-6215versão On-line ISSN 2176-6223
Rev Pan-Amaz Saude v.6 n.3 Ananindeua set. 2015
http://dx.doi.org/10.5123/s2176-62232015000300011
RESUMO DE TESE E DISSERTAÇÃO
Citotaxonomia de triatomíneos: a citogenética como ferramenta no estudo do complexo Triatoma brasiliensis e do subcomplexo Brasiliensis*
Cytotaxonomy of triatomines: cytogenetics as a tool in the study of Triatoma brasiliensis complex and Brasiliensis subcomplex
Citotaxonomía de triatominos: la citogenética como una herramienta en el estudio del complejo Triatoma brasiliensis y subcomplejo Brasiliensis
1Laboratório de Biologia Celular, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil
As análises citogenéticas têm-se mostrado como importantes ferramentas para o estudo da taxonomia dos triatomíneos, importantes vetores da doença de Chagas. Dessa forma, a utilização de técnicas citogenéticas poderá esclarecer a problemática existente na classificação atual das espécies que compõem o subcomplexo Brasiliensis (Triatoma brasiliensis, T. melanica, T. juazeirensis, T. sherlocki, T. lenti, T. petrochii, T. tibiamaculata, T. vitticeps e T. melanocephala), principais espécies vetoras na Região Nordeste do Brasil. Essas espécies foram agrupadas apenas com base em dados morfológicos e na distribuição geográfica e diferem das espécies agrupadas, com base em características monofiléticas, no complexo T. brasiliensis (T. b. brasiliensis, T. b. macromelasoma, T. melanica, T. juazeirensis e T. sherlocki). Assim, o presente trabalho teve como objetivo descrever os aspectos citogenéticos de T. lenti, T. sherlocki, T. melanocephala e T. vitticeps, com o intuito de avaliar a posição desses vetores no subcomplexo Brasiliensis e analisar uma possível relação de T. lenti, T. melanocephala e T. vitticeps com o complexo T. brasiliensis. Análises citogenéticas clássicas (orceína lacto-acética, impregnação por íons prata e bandamento C) e moleculares (hibridização in situ - FISH) foram realizadas em machos adultos. T. lenti e T. sherlocki apresentaram muitas características cromossômicas em comum, como o número de cromossomos (2n = 20A + XY), a disposição da heterocromatina constitutiva nos autossomos (uma ou ambas as extremidades dos cromossomos) e a disposição das regiões organizadoras nucleolares (RONs) (um par de autossomos). Esses insetos foram diferenciados por meio de marcações observadas nas espermátides, o que foi proposto como ferramenta citotaxonômica diagnóstica. T. melanocephala e T. vitticeps apresentaram o mesmo número de cromossomos (2n = 20A + X1X2X3Y) e as mesmas características durante a espermatogênese. No entanto, esses vetores puderam ser diferenciados pela disposição dos blocos heterocromáticos, pela disposição das RONs e pela análise da espermiogênese. Assim, com base nessas características, corroboramos a posição de T. lenti e T. sherlocki no subcomplexo Brasiliensis e propomos a exclusão de T. melanocephala, T. vitticeps e T. tibiamaculata, por apresentarem fragmentação do cromossomo sexual X e se aproximarem dos triatomíneos da América do Norte. Além disso, embora análises moleculares devam ser realizadas, os dados citotaxonômicos suportam o agrupamento de T. lenti como sexto membro do complexo T. brasiliensis.
Palavras-chave: Triatoma lenti; Triatoma melanocephala; Triatominae.
*Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biologia Animal do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, sob orientação da prof.a dr.a Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira, para obtenção do título de Mestre em Biologia Animal, em 28 de fevereiro de 2014. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.
Recebido: 29 de Janeiro de 2015; Aceito: 13 de Março de 2015